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Existe racismo no Brasil? Por muitos séculos, se dizia que não, que por aqui todos se respeitavam. Só mais recentemente o racismo estrutural do País entrou nas discussões sobre formação escolar, sobretudo após o advento da Lei de Cotas no acesso às universidades públicas.
Para a professora e pesquisadora do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Angela Figueiredo, os coletivos antirracistas, que se multiplicam nas escolas privadas de elite de educação básica, não terão êxito se não saírem da discussão e partirem para a prática da convivência e do exemplo. "Onde estão os professores negros nas escolas de elite? Na escola pública, eu me lembro de professoras do primário e do secundário que eram negras. Elas foram minhas fontes de inspiração. Eu olhava e queria ser como elas, queria saber o que elas sabiam, ter a relação que elas tinham com a vida."
PublicidadeAngela também é coordenadora do Coletivo Angela Davis - um grupo de pesquisa ativista nas áreas de gênero, raça e subalternidade - e da primeira Escola Internacional Feminista Negra Decolonial. A educadora e antropóloga participou este ano da mesa que discutiu sobre "Como construir uma educação antirracista?" no 1.º Festival - LED Luz na Educação.
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Apesar do potencial da escola na formação, como você vê o papel da instituição neste momento?A escola tem sido um espaço de reprodução do conservadorismo e das perspectivas mais normativas. Ao mesmo tempo, é um espaço de disputa. É o que se vê quando se critica um conteúdo que supostamente prega ideologia de gênero nos materiais pedagógicos. Porque, apesar do momento, como já dizia Paulo Freire, a escola pode ser um espaço de transformação. Não é a solução de tudo, mas não pode se manter alheia.
No caso do racismo, é reproduzido na escola?
A escola não é uma ilha de igualdade e democracia. Uma orientanda minha foi a uma cidade majoritariamente negra pesquisar como se constrói o privilégio da brancura. O racismo é introjetado na cabeça da gente. As pessoas reproduzem lógicasmelhores sites para analise de escanteiosque o privilégio da brancura é mantido. Na escola totalmente negra, havia uma única aluna branca, e as pessoas tinham expectativas diferentes sobre ela. Uma empresa foi lá para um concurso de bolsas, e a expectativa era de que a menina branca tivesse o melhor desempenho. Ela não era a melhor, mas havia a expectativa. Porque é um sistema que estrutura nossa sociedade. E olha o perigo: há uma baixa expectativa dos professores com relação aos estudantes negros. Se ninguém tem expectativa, você também tem baixa expectativa sobre você mesmo. Um outro exemplo: uma aluna adepta de uma religião afro chegou usando brancomelhores sites para analise de escanteiosuma sexta e foi completamente rechaçada. Tudo isso mostra as tensões e, como disse, mostram que a escola não é uma ilha de desigualdade e democracia.
Como intervir nisso?
Precisamos trabalhar os professores para ações de sensibilidade, iniciativasmelhores sites para analise de escanteiospequenas escalas. A gente deveria olhar o cotidiano nas escolas. A Lei 10.639 (que tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas redes pública e particular) é rechaçada por professores que demonizam as religiões afro-brasileiras. Por isso, um ponto importante é ter formação continuada de professores, um espaço de aprender e ensinar a transgredir. A escola não pode ser a instituição que mantém regras que já não dialogam com a sociedade. A evasão, tão alta entre os jovens, mostra como o conteúdo não dialoga com o interesse dos alunos.
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