casas de apostas lol-Beijocasas de apostas lolrepórter da ESPN é assédio, não “beijo fraternal”

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Jessica Dias foi vítima de crime de importunação sexual, mas culpado já foi solto
9 set 2022 - 05h00

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Precisamos chamar as coisas pelos nomes que elas realmente têm. O famoso “dar nome aos bois”, como simplifica o ditado popular. O que aconteceu com a repórter Jessica Dias, da ESPN, na noite de quarta-feira (7), antes da partida Flamengo x Vélez Sarsfield foi assédio. Importunação sexual.

Torcedor do Flamengo beija repórter da ESPN Jéssica Dias durante entrada ao vivo
Torcedor do Flamengo beija repórter da ESPN Jéssica Dias durante entrada ao vivo
Foto: ESPN

Argumentar que foi um “beijo fraternal”, como fez a defesa do torcedor Marcelo Benevides Silva, é um desrespeito com todas as mulheres. Ele violentou Jessica como mulher e como profissional.

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Se o ato e a justificativa já enojam, o depoimento da repórter aponta que houve mais. O “beijinho” no rosto foi só o que a televisão mostrou.

"Antes tiveram muitos xingamentos e importunação porque o ao vivo demorava. Pedi calma e para que não ficasse xingando, não precisava. Vieram os 'pedidos de desculpa' com alisamentos nos ombros e um beijo no local. Eu estava prestes a ser chamada para o link e mantive a posição, existe uma logística que exige concentração. Outra tentativa de beijo no ombro. Me esquivei e meu câmera chamou a atenção dele", descreveu nas suas redes sociais.

O papel da equipe de filmagem que acompanhava Jessica foi fundamental. Diferente do que vemos muitas vezes, com homens se eximindo de situações de machismo, misoginia e até assédio, como neste caso, eles conseguiram segurar o torcedor que beijou a repórter e, de acordo com informações da ESPN, pediram a PMs que o levassem para a delegacia.

Acompanhado do filho, Marcelo tevecasas de apostas lolprisão decretada no Juizado Especial Criminal ainda na quarta, e na quinta-feira (8) pela manhã foi transferido para a Cadeia Pública José Frederico Marques,casas de apostas lolBenfica, na Zona Norte do Rio. À tarde, porém, a Justiça do Rio mandou soltar o assediador.

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Foram menos de 24 horas de punição para o homem que, sem permissão, beijou Jessica Dias na frente das câmeras. Milhares de pessoas assistiram à cena de importunação sexual; clubes, jornalistas e emissoras emitiram nota de repúdio, mas somente Jessica foi vítima do crime.

Jéssica e mais 72% das mulheres, que de acordo com a pesquisa A Mulher na Comunicação -casas de apostas lolforça, seus desafios, realizada pela a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), sofreram assédio no trabalho.

“Eu não queria beijo, não queria carinho, não queria passar 3hcasas de apostas loluma delegacia. Eu só queria trabalhar". 

O desabafo de Jessica é, certamente, o desabafo de inúmeras outras mulheres que são assediadas diariamente no ambiente de trabalho,casas de apostas lolcasa, no transporte público, nas ruas ecasas de apostas loltodos os lugares, e muitas vezes não denunciam, seja por medo, seja por desacreditarem que haverá uma punição justa.

Fica então, mais uma vez, a pergunta: até quando veremos esses casos se repetirem?

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Fontes de referência

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