whatsapp 1xbet-Mulheres trans ainda são tratadas como homens no esporte

whatsapp 1xbet

Caso de nadadora, que foi alvo de ataques após pódio nos EUA, não é incomum dentro do ambiente esportivo
29 mar 2022 - 02h32
(atualizadowhatsapp 1xbet31/3/2022 às 10h21)

whatsapp 1xbet de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar

A imagem de Lia Thomas, nadadora norte-americana, isolada de suas concorrentes no pódio da NCAA, tradicional liga universitária americana, é um retrato do que mulheres trans enfrentam no dia a dia do esporte. Elas sofrem com a exclusão, com o preconceito e, principalmente com o medo de serem impedidas na profissão, mesmo estando aptas a competir. Este é o caso de Lia, campeã das 500 jardas livre da NCAA.

As agressões, ainda que silenciosas, causam feridas emocionais que dificilmente são cicatrizadas. 

Publicidade

“O que aconteceu com a atleta [Lia Thomas] foi, sim, um ato transfóbico. E a questão é que esse tipo de situação exclusiva, de humilhação, causa um profundo sofrimento no ser humano por trás da atleta. O sentimento de não pertencimento é muito doloroso. Infelizmente, as mulheres trans ainda são vistas como homens neste contexto”, afirmou Paloma Mello, psicóloga do esporte, que atuou na Rio-2016 e trabalha na Secretaria de Cultura, Esportes e Cidadania de São Vicente, SP.

Lia Thomas fez a transição de gênerowhatsapp 1xbet2019
Lia Thomas fez a transição de gênerowhatsapp 1xbet2019
Foto: Reuters/Brett Davis-USA TODAY Sports

O caso de Thomas é apenas um dentro de todo um cenário que exclui as mulheres transgênero do cenário esportivo. O debate, que já existe há mais de 10 anos, ganhou novas diretrizes do COI (Comitê Olímpico Internacional)whatsapp 1xbetnovembro de 2021, que validam a participação delas no ambiente competitivo, sem pressupor que o gênero de nascimento é um fator determinante para ter desempenho melhor. 

Afinal, todas as atletas passam por tratamentos hormonais para disputar competições oficiais. O que conta é a trajetória no esporte. 

O item 5.1 das normas do COI diz o seguinte: "Nenhum atleta deve ser impedido de competir ou deve ser excluído da competição com basewhatsapp 1xbetuma vantagem competitiva injusta não verificada, alegada ou percebida devido a suas variações de sexo, aparência física e/ou status de transgênero”.

Publicidade

"Até que as evidências determinem o contrário, os atletas não devem ser considerados como tendo uma vantagem competitiva injusta ou desproporcional devido às suas variações de sexo."

As orientações recentes conferem aos órgãos reguladores de cada esporte o que pode ser visto como uma vantagem competitiva sobre os demais concorrentes. Além disso, deve ser levadawhatsapp 1xbetconsideração a natureza de cada modalidade. Não pode haver uma fórmula exata para todas as categorias, até porque cada uma possui suas particularidades. 

No entanto, mesmo com o aval do COI, principal órgão regulador do esporte, a todo momento atletas trans são bombardeadas pela mídia, por ataques nas redes sociais e por pessoas que questionam a existência delas neste universo. O sucesso, então, nem se fala. 

Segundo relatos da imprensa local, quase não houve aplausos para Lia Thomas após o anúncio de que era a vencedora da prova. Na sequência, ela ainda foi alvo de insultos de torcedores presentes que não concordavam com awhatsapp 1xbetparticipação na NCAA.

Publicidade

“Tento ignorar isso o máximo que posso. Tento focar na minha natação, no que preciso fazer para estar pronta para as provas. Apenas tento bloquear todo o resto. Significa o mundo para mim estar aqui”, desabafou a atleta à ESPN americana.

Alguns dias depois do evento, o governador da Flórida, Ron DeSantis, emitiu um comunicado refutando a medalha de ouro de Thomas. Ele disse rejeitar o resultado obtido pela nadadora trans e "proclamou" a segunda colocada, Emma Weyant, como campeã.

A exigência da NCAA foi de que a Lia Thomas completasse um ano com o nível de testosterona abaixo do limite de 10nm/l para competir.
Foto: Reuters/Brett Davis-USA TODAY Sports

O trauma emocional enfrentado por Lia estevewhatsapp 1xbetdestaque nos últimos dias, com a divulgação de fotos dela antes da transição e inúmeros comentários ofensivos. Mas este é o panorama quase que diário enfrentado pela maioria das atletas. Muitas acabam abandonando o esporte por conta do fardo que carregam mentalmente.  

“Vemos gente importante, pessoas famosas colocando indignação ao falar sobre a participação de trans no esporte. Mas o que me chama mais a atenção é que as atletas trans acabam se esforçando duas ou até três vezes mais do que uma mulher cis para estarem lá”, ponderou a terapeuta especialistawhatsapp 1xbetsexualidade e questões de gênero, Márcia Lawant Atik.  

Publicidade

“Elas passam por um tratamento rigoroso, sofrem mudanças drásticas no corpo e na mente, e ainda assim conseguem criar resiliência para praticarem o esporte que amam. E eu já ouvi o absurdo de gente falando: ‘Ah, virou mulher para poder competir e ter vantagem’. É por esse tipo de absurdo que essa pauta tem que ser da sociedade e não só das pessoas trans”, acrescentou. 

Inserção trans no esporte brasileiro

Tifanny Abreu é um exemplo local de como a transfobia ultrapassa os limites dos fatores biológicos. O controle da taxa de testosterona da jogadora de vôlei, que atualmente defende o Osasco na Superliga, ficawhatsapp 1xbettorno 0,2 nmol/l há muitos anos - número 50 vezes menor do que o estabelecido pelo COI,whatsapp 1xbet2015. Apesar disso, os questionamentos sobre a participação dela são constantes. 

Tifanny Abreu foi a primeira jogadora trans na Superliga de Vôlei
Foto: João Pires/Fotojump

Jogadoras do mais alto nível brasileiro se mostraram críticas à Tifanny e reforçaram esta opinião diversas vezes a respeito da inclusão de transexuais no vôlei. Como geralmente apresentado nestes discursos, a presença de mulheres trans tira oportunidades de mulheres cis conquistarem vagaswhatsapp 1xbetclubes e terem espaço. 

“Existe uma crença completamente equivocada de que uma pessoa trans tem benefício ou alguma vantagem por ser assim. A verdade é que é totalmente o contrário. Ao invés de um caminho fácil, quando uma pessoa trans decide fazer a transição e ser quem é, muitas portas se fecham”, disparou Paloma Mello. 

Publicidade

“A saída para essa dura realidade é a conscientização. A ignorância ainda é o problema da sociedade que faz com que os preconceitos caminhem de geraçãowhatsapp 1xbetgeração. A inclusão é uma pauta urgente na sociedade… E o esporte é um importante meio de transformação social. Basta ligar os pontos.”


Fontes de referência

  1. walter betesporte
  2. site de apostas sem valor mínimo
  3. esporte santos

Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se