como apostar no campeao da copa do mundo-Vítima de estupro coletivo foi culpabilizada por médico e teve que brigar por aborto legal
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Vítima relembra, no programa Terra Agora, como foi negligenciadacomo apostar no campeao da copa do mundoinstituição de saúde e relata traumas que carregou após violência
Resumo
Uma mulher, que não teve a identidade revelada, contou ao programa Terra Agora que foi vítima de estupro há 13 anos e engravidou. Após o ocorrido, ela andou nas ruas sozinha e ensanguentada até chegarcomo apostar no campeao da copa do mundocasa. Ela conseguiu realizar o aborto legal e hoje está grávida de uma menina.
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A vítima, que pediu para não ser identificada, tinha 20 anos quando sofreu um estupro coletivo. Há 13 anos, ela decidiu ir a uma festa da faculdade que cursava. Foi lá que a mulher sofreu um estupro coletivo. "Eu não me recordo de tudo porque eu fui 'medicada'. Foi o equivalente 'boa noite Cinderela', que eles chamam", iniciou o relato, que foi dado com exclusividade para o programa Terra Agora, apresentado por Cazé Pecini toda quinta-feira, às 17h, no youtube.
Apesar de não se lembrar do número exato de agressores, ela sabe que foi pelo menos três. Durante a agressão, que se iniciou na madrugada e terminou de manhã, eles também usaram objetos para violentá-la. A entrevista teve produção de Aline Andreoni e foi conduzida pela jornalista Luciana Pioto.
Quando a violência acabou, ela foi para casa sozinha e a pé. "Eu estava sem bolsa, sem dinheiro, sem nada", relembrou. Enquanto andava na rua, não recebeu de ninguém, mesmo ensanguentada. "Eu estava com uma blusa rasgada, com sangue, com o rosto cortado, com o nariz sangrando e com a boca toda cortada", contou.
Segundo a vítima, ela mancava na rua e tinha duas costelas quebradas. "Eu não estava bem e ninguém prestou socorro, ninguém perguntou 'quer que chame uma ambulância?', 'quer que chame a polícia?'. Eu sei que eu andei mais ou menos 5 ou 6 km até chegarcomo apostar no campeao da copa do mundocasa", desabafou.
A mulher ainda disse no programa Terra Agora que, após chegarcomo apostar no campeao da copa do mundocasa completamente machucada, a amiga que morava com ela entroucomo apostar no campeao da copa do mundopânico ao ver a situação e a ajudou, chamando a mãe. "Eu fui levada para o hospital e eles chamaram a polícia. Quando é um caso de abuso sexual, eles [os médicos] têm que informar".
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Exclusivo: vítima conta sobre estupro e processo para conseguir aborto legal
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Equipe médica
No hospital, foi atendida por um médico "extremamente grosseiro" que a culpabilizou pelo ocorrido. "'Ah, mas olha a roupa que você está vestida', 'mas você foi na festa sozinha', 'o que você bebeu?", relembrou as falas do profissional.
A mãe decomo apostar no campeao da copa do mundoamiga interrompeu o médico e exigiu uma médica ou enfermeira para conduzir o resto do atendimento e realizar o exame para verificar a existência de lacerações.
"É basicamente para ver se você não está mentindo, porque, segundo o médico, eu poderia ter tido sexo consensual um pouco mais violento com um rapaz e teria me arrependido por estar bêbada. E eu falei que não foi só um rapaz. Daí ele falou, 'está vendo? Por isso você se arrependeu'".
"Ele basicamente afirmava que eu tinha feito sexo grupal e as coisas saíram do meu controle. Quando chegou na enfermeira, ela foi um pouco mais humana", contou a vítima.
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‘Fiquei completamente acuada’, diz vítima de estupro ao relembrar atendimento de médicocomo apostar no campeao da copa do mundohospital
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Descoberta da gravidez
Um tempo depois, quando estava na companhia da mãe, a vítima descobriu que estava grávida. Na época, a mãe comprou um exame de farmácia. "Para a nossa total surpresa, tristreza e depressão, vieram os dois risquinhos. Eu estava de 8 a 9 semanas de gestação", afirmou.
A reação após descobrir a gravidez foi a de tentar se matar. Ela se recusava a chamar o feto por essa nomenclatura e se referia a ele como "coisa". "Eu tinha plena convicção que não queria aquela coisa dentro de mim. Eu não queria que aquilo crescesse mais".
Aborto
A mãe da vítima, então, entroucomo apostar no campeao da copa do mundocontato com uma advogada para que a vítima conseguisse realizar o procedimento de interrupção de gravidez. O hospitalcomo apostar no campeao da copa do mundoque ela estava internada pela tentativa de suicídio não quis fazer o aborto. "Então, foi feito um pedido de urgência", contou.
A vítima e a mãe foram mandadas para o hospital público de Gioânia. "Tentaram me fazer mudar de ideia, que podia dar para a adoção, que eu não precisava nem ver a cara", disse. Mas essa não eracomo apostar no campeao da copa do mundovontade. No dia seguinte, passou pelo procedimento.
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"Depois que acabou todo esse ciclo, foi quando eu voltei pra casa. E comecei a fingir que nada tinha acontecido", afirmou a vítima, que tentou suicídio novamentecomo apostar no campeao da copa do mundo2016 e passou por um longo processo terapêutico.
Hoje, casada e grávida de uma menina, que deve nascercomo apostar no campeao da copa do mundosetembro deste ano, vive um dia de cada vez. Questionada sobre como se sente ao gerar uma menina, ela respondeu: "Eu tinha um verdadeiro pânico de gerar um menino, porque uma menina eu consigo proteger, ensinar".
"Eu tinha medo de gerar um futuro estuprador, entendeu? Porque assim é a mãe das pessoas que me
machucaram. As mães poderiam ser mulheres maravilhosas, que educaram muito bem seus filhos, sabe? Nunca aconteceu nada com eles, nunca ninguém descobriu quem eram. Mas imagina a dor de você saber o tipo de pessoa que seu filho pode ser?", afirmou.