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BRASÍLIA - Quando a Polícia Federal prendeu numa madrugada de julho, no interior paulista, quatro hackers suspeitos de invadir celulares de autoridades, um delegado voltava ao centro da cena política. De forma discreta, Luiz Flávio Zampronha de Oliveira, de 45 anos, comandou a Operação Spoofing - contra os hackers -, após liderar as investigações do mensalão, há 14 anos, e enfrentar períodos de "geladeira" ou comandar postos burocráticos.
Após a prisão dos hackers que invadiram celulares do ministro da Justiça, Sérgio Moro, de procuradores e até do presidente Jair Bolsonaro, a polícia escalou o diretor do Instituto Nacional de Criminalística, Luiz Spricigo Junior, e o coordenador-geral de Inteligência, João Vianey Xavier Filho, como porta-vozes da Spoofing. Zampronha não foi visto. "Ele sempre foi low profile", disse o adido da PFthe dog house slotLondres, Sandro Torres Avelar, da mesma turma de Zampronha no curso de formação de delegados.
PublicidadeNo início da carreira, Zampronha trabalhou na Corregedoria da PF. Mas virou referência ao se especializar no combate ao crime do colarinho-branco. Fez cursos no FBI e no Departamento de Segurança Interna dos EUA. Não raro, é chamado a analisar propostas de alteração no Código Penal. Costuma defender punições mais severas. "O criminoso é um ser racional, ele lida com custos e benefícios", disse ele a deputados durante audiência na Câmara,the dog house slot2016.
Desgaste
Apesar de ter ocupado cargos de confiança na PFthe dog house slotdiferentes governos, Zampronha passou um período na "geladeira". Diante de um desgaste público com a direção da polícia, foi parar na Divisão de Combate ao Crime contra o Patrimônio, que não é "vitrine" na corporação. Depois, foi chefiar a Coordenação de Controle de Serviços e Produtos, posto ainda menos badalado responsável por fiscalizar e dar alvará a empresas de transporte de valores e vigilância privada.
O desgaste começouthe dog house slot2012, às vésperas do julgamento do mensalão, esquema, segundo o Ministério Público, de compra de apoio político durante o governo Lula. Em entrevista ao Estado, o delegado criticou a "soberba" do Ministério Público e apontou "erros"the dog house slotdenúncias contra petistas. "Foi uma denúncia para a galera", afirmou à época. Imediatamente, a PF, comandada por Leandro Daiello, cobrou explicações e a Corregedoria abriu processo disciplinar.
No Supremo, o então relator do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, cobrou providências: "Vejam como as coisas são bizarras no nosso país. Um delegado preside um inquérito e quando ele (o inquérito) já se transformouthe dog house slotação penal, ele vai à imprensa e diz que 'fulano não deveria ter sido denunciado'. Em qualquer país decentemente organizado, o delegado estaria, no mínimo, suspenso". Sem saber, Barbosa previra a punição.
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