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A Defensoria Pública de São Paulo obteve relatos que indicam que policiais militares chegaram a ameaçar matar até mesmo crianças durante as ações da Operação Escudo na Baixada Santista, litoral do estado. As informações são da jornalista Mônica Bergamo da Folha de S.Paulo.
Os depoimentos foram prestados ao órgão por pessoas que foram testemunhas de alegados abusos cometidos por agentes da polícia. As declarações foram incluídastop casas de apostasuma ação judicial que solicitava que o uso de câmeras corporais pelos policiais militares fosse obrigatório durante as operações.
PublicidadeUm morador informou à Defensoria que, no dia 31 de julho, estava a caminho de uma padaria quando testemunhou policiais abordando crianças que estavam brincandotop casas de apostasum campo de futebol. Os policiais as questionaram sobre a possível localização de traficantes na área.
"Como se recusaram a informar o solicitado, [os policiais] mandaram que se jogassem no canal caso não quisessem morrer. O canal recebe água de esgoto e mangue. Nenhuma criança se afogou porque logotop casas de apostasseguida foram socorridas por suas genitoras", aponta um trecho do depoimento
Outro relato mostra o medo constante dos moradores da Baixada Santista. Conforme uma testemunha, sempre que a polícia sobe o morro, "morre pessoas".
"A polícia tem que fazer o trabalho dela, e não tirar vidas. Eu tenho criança pequena e tem tiroteio na hora que nossos filhos estão na escola. Tem um cadáver lá no chão, e a polícia não deixa nem ver quem é", afirmou o depoente à Defensoria.
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