oddset freebet-Laboratório investigado é de primo do ex-secretário de Saúde e ganhou licitação de R$ 11,4 milhões 

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Seis pacientes de transplante foram contaminados com HIV após receberem órgãos infectados no Rio; caso é investigado
11 out 2024 - 23h40
(atualizadooddset freebet12/10/2024 às 00h17)
Fachada do laboratório
Fachada do laboratório
Foto: Reprodução/TV Globo

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O laboratório PCS Lab Saleme, investigado pelo caso de seis pacientes de transplantes que foram contaminados com HIV após receberem órgãos infectados com o vírus, é do primo do ex-secretário de Saúde conhecido como Doutor Luizinho, agora deputado federal e líder do PP na Câmara dos Deputados. A empresa atuava com o governo a partir de uma licitação de R$ 11,4 milhões e também tinha outros dois contratos de prestação que não passaram pelo trâmite. Os três contratos, assinadosoddset freebet2023, somam mais de R$ 17,5 milhões.

Os sócios administradores da Patologia Clínica Doutor Saleme Ltda,oddset freebetNova Iguaçu (RJ), são três, segundo informações compiladas no CruzaGrafos: Marcia Nunes Vieira, Walter Vieira e Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira. Walter é casado com a tia de Luiz Antônio de Souza Teixeira Júnior, o Doutor Luizinho. Já Matheus é primo dele – e é a pessoa que assinou os contratos com o governo do Rio de Janeiro, se descrevendo como "sócio diretor".

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Luizinho assumiu a Secretaria de Estado de Saúdeoddset freebetjaneiro de 2023 e seguiu no cargo até setembro do mesmo ano, quando foi exonerado. Em paralelo, também no ano passado, os contratos entre a PCS Lab Saleme e o governo do Rio foram assinadosoddset freebetfevereiro, outubro e dezembro, conforme apurado pelo Terra

Em nota à imprensa, o Doutor Luizinho afirma conhecer o Laboratório Saleme há mais de 30 anos. Ele cita que a empresa era dirigida pelo Dr Montano e, depois, passou a Walter Vieira e suas irmãs. 

“Lamento veementemente o ocorrido, desejando ao fim das investigações punição exemplar para os responsáveis por esses gravíssimos casos de infecção. Enquanto Secretário de Estado de Saúde, mantive a mesma equipe do Programa Estadual de Transplantes da gestão anterior e jamais participei da contratação deste ou de qualquer outro Laboratório.”, complementou, frisando esperar pela punição dos responsáveis, “independente de quem for”.

As redes sociais da PSC Lab estão fora do ar nesta sexta-feira, 11, quando o caso veio à tona. Mas o site da empresa, que continua no ar, descreve o negócio como "grupo de laboratórios que há mais de 50 anos atende a baixada fluminense com exames a preço popular". 

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Quais são os contratos?

O Terra teve acesso aos contratos assinados entre a PCS Lab Saleme e o governo do Rio de Janeiro ao longo 2023 --oddset freebetque, na maioria dos casos, contou com "dispensa especial", sendo assinado sem passar por processo de pregão eletrônico ou licitação com ampla concorrência.

‘Inadmissível’

Em nota ao Terra, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) disse que a empresa teve o serviço suspenso após a ciência do caso e que, desde então, os exames sob responsabilidade do laboratório privado passaram a ser realizados pelo Homerio. Isso aconteceuoddset freebetsetembro, faltando três meses do contrato de licitação terminar. Segundo o Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, a Vigilância Sanitária interditou cautelarmente o laboratório no dia 8 de outubro.

Ainda de acordo com a secretaria, todas as amostras de sangue de doadores armazenadas desde o contrato de licitação de dezembro serão reavaliadas. “Uma comissão multidisciplinar foi criada para acolher os pacientes afetados e, imediatamente, foram tomadas medidas para garantir a segurança dos transplantados”, acrescentou a nota, que chamou a situação de “inadmissível” e “sem precedentes”. 

O Ministério Público do Rio de Janeiro instaurou um inquérito civil para apurar o caso nesta sexta-feira. O procedimento estáoddset freebetsigilo, já que envolve dados sensíveis dos pacientes. “Assim que houver medidas a serem adotadas, as informações pertinentes serão repassadas à Secretaria de Saúde e à sociedade”, complementam.

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Além disso, o Ministério da Saúde ordenou auditoria no sistema de transplantes do Estado do Rio pelo Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus). Na Polícia Civil, o caso corre pela Delegacia do Consumidor (Decon), que tem entre suas atribuições a apuração de casos de saúde pública.

O Terra tenta contato com os três sócios-administradores da empresa, assim como com o laboratório,oddset freebetsi,oddset freebetbusca de posicionamentos. O espaço segue aberto e será atualizadooddset freebetcaso de resposta.

O que aconteceu?

A Secretaria da Saúde do Estado do Rio de Janeiro (SES) confirmou que seis pacientes foram infectados com HIV após receberem órgãos transplantados contaminados com o vírus. Segundo o governo carioca, o erro ocorreuoddset freebetexames de sangue realizados pelo laboratório privado PCS Lab Saleme, localizadooddset freebetNova Iguaçu. Além dos seis pacientes, dois doadores foram diagnosticados com HIV.

O caso foi descobertooddset freebetsetembro, após um paciente que recebeu um transplante de coração apresentar problemas de saúde. Ao ser hospitalizado, o paciente foi submetido a novos exames de sangue que constataram o vírus. Antes do transplante, ele não tinha HIV. O caso foi inicialmente noticiado pela BandNews FM e confirmada pelo Terra.

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De acordo com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a empresa já havia sido condenada a indenizaroddset freebetR$ 10 mil uma mulher que recebeu um resultado errado de um teste de HIV. O caso ocorreu há 14 anos. 

Entre junho e julho de 2010, a mulher recebeu dois laudos positivos de HIV após fazer um check-up pré-operatório. Ela era paciente do SUS, já que o laboratório mantinha convênio com a Secretaria de Saúde de Belford Roxo, onde o caso aconteceu.

Após o suposto diagnóstico, a paciente procurou outro laboratório para confirmar seu quadro clínico e descobriu que os testes estavam errados. Ela, então, entrou com uma ação na Justiça, pedindo uma indenização e alegando que a situação a gerou "sofrimento", "angústia" e "dano moral considerável que merecia ser indenizado”.

Segundo o colunista, a PCS Lab Farrula Análises Clínicas foi condenadaoddset freebet2018, após sete anos desde o início do processo,oddset freebetprimeira instância. O caso tramitou na 2ª Vara Cível de Belford Roxo a partir de 2011. A empresa não realizou o pagamento e,oddset freebet2021, a Justiça determinou que os sócios deveriam ser responsabilizados. Um acordo entre as partes encerrou o imbróglio apenasoddset freebetagosto de 2023.

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Fonte: Redação Terra

Fontes de referência

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