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O Movimento Passe Livre (MPL) criticou a violência com que foi reprimida a manifestação de ontem (12)casa de aposta profissionalSão Paulo e prometeu continuar lutando contra o aumento das passagens de ônibus e metrô na capital. Os preços do transporte público subiram de R$ 3,50 para R$ 3,80. “Defenderemos nosso direito à cidade e à manifestação. Se a polícia aumenta a repressão, aumentamos a resistência. Não vamos sair da luta até que caia a última catraca”, diz comunicado divulgado hoje (13) pelo MPL.
Sobre a ação da Polícia Militar, o movimento diz que a manifestação foi reprimida antes mesmo de sair da concentração. “A violência da polícia, que deixou mais de dez presos – sendo que um morador de rua foi ferido no pé por uma bala de verdade – mostra a verdadeira política de [Geraldo] Alckmin e [Fernando] Haddad: defender o lucro dos empresários a qualquer custo”, diz a notacasa de aposta profissionalreferência ao governador do estado e ao prefeito da capital.
PublicidadeDe acordo com o movimento, pelo menos 20 manifestantes foram feridos por estilhaços de bombas e balas de borracha e precisaram ser encaminhados a hospitais da região. Um deles é o estudante de arquitetura Gustavo Camargo, que teve fratura exposta no polegar direito. Segundo a mãe do jovem, Ana Amélia Camargo, o rapaz, de 19 anos, foi atingido por uma bomba lançada pela polícia e passou ontem por uma operação. “A cirurgia foi para limpar. A preocupação inicial era de não infeccionar. Amanhã que eles vão ver como reconstituir o dedo”, disse Ana Amélia.
Ainda não se sabe se Gustavo conseguirá recuperar plenamente os movimentos da mão. “Os médicos disseram que, quando é bomba, estilhaça muito os ossos”, acrescentou Ana Amélia, que pretende acionar o Estado judicialmente. “Para que pelo menos eles não façam mais isso. Foi uma violência horrível", afirmou.
Os manifestantes começaram a se concentrar às 17h de ontem na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, região central da capital. Eles pretendiam seguir até o Largo da Batata, na zona oeste, passando pelas avenidas Rebouças e Faria Lima. No entanto, o policiamento autorizou a manifestação apenascasa de aposta profissionaldireção ao centro.
Por volta das 19h30, parte dos manifestantes tentou driblar o forte policiamento para seguircasa de aposta profissionaldireção ao Largo da Batata, correndo no sentido da Avenida Rebouças, momentocasa de aposta profissionalque a polícia começou a disparar bombas de gás lacrimogêneo, de efeito moral, e a bater com cassetetes nos manifestantes.
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