a2 bets-De 'Brasil-mania' a 'Brasil-náusea', país encolhe e vive seu pior momento no G20

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Em contraste com entusiasmo internacional vividoa2 bets2008 e 2009, quando grupo ganhou relevância, delegação brasileira chega a cúpula na Alemanha desgastada por crise política e econômica.
7 jul 2017 - 05h45
(atualizado às 07h26)
Brasil deve ter pior desempenho econômico do G20 por terceiro ano consecutivo, segundo o FMI
Brasil deve ter pior desempenho econômico do G20 por terceiro ano consecutivo, segundo o FMI
Foto: BBC News Brasil

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Depois de quase desistir de comparecer à cúpula anual do G20, na Alemanha, o presidente Michel Temer, denunciado por corrupção passiva, chegou a Hamburgo, Alemanha, sem o brilho de quase uma década atrás, quando a ascensão do grupo coincidiu com o auge de visibilidade do país no mundo.

Foi no final de 2008, logo após o estouro da bolha americana, que o G20, formado pelas principais economias desenvolvidas e emergentes, evoluiu de um grupo de discussão financeira para um fórum de chefes de Estado e governo.

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Seu fortalecimento,a2 betscontraponto ao G8 - formado pelos países mais ricos do mundo e a Rússia - seguiu-se à percepção de que não seria possível encontrar saídas para a turbulência econômica sem a participação das grandes nações emergentes, como China, Índia e Brasil, que apresentavam altas taxas de expansão do PIB.

Mas se naquela época o Brasil despertava admiração mundial ao conciliar forte crescimento com redução da desigualdade de renda, agora o país chama atenção pela persistência da crise econômica, pela profusão de escândalos de corrupção e pela confusão política sem saída rápida aparente, observam especialistasa2 betspolítica externa ouvidos pela BBC Brasil.

A expectativa, segundo projeções do FMI, é que o país apresente o pior desempenho econômico do grupo pelo terceiro ano consecutivo.

"Os anos de 2008 e 2009 eram o momento da 'Brasilmania', com a estátua do Cristo Redentor decolando do topo da montanha do Corcovado na capa da revista inglesa The Economist. Agora, acho que estamos numa fase de 'Brasil-náusea', colocando para fora problemas como populismo político, irresponsabilidade fiscal e um sistema de economia política de compadrio", afirma Marcos Troyjo, diretor do BricLab da Universidade de Columbia, nos EUA.

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Carisma

Hoje também alvo de denúncias, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou protagonismo naquela época com seu carisma. No segundo encontro do G20,a2 bets2009,a2 betsLondres, chegou a ser chamado pelo então presidente americano Barack Obama de "o cara" e "o político mais popular da terra".

Já o presidente Temer tende a não atrair a atenção dos colegas na Alemanha, na opinião do especialistaa2 betsAmérica Latina e presidente emérito do centro de pesquisas Inter-American Dialogue Peter Hakim.

"Temer não terá muita voz ou influência na reunião. O Brasil não desempenha hoje nenhum papel importante nos assuntos econômicos mundiais. A crise de governo, os retrocessos econômicos e os escândalos de corrupção fizeram com que a maioria dos principais países do mundo e agências internacionais se tornasse cautelosa sobre manter relações próximas com o Brasil."

Apesar disso, Hakim considera importante que Temer tenha revistoa2 betsdecisão de faltar à cúpula.

"Sua ausência teria sido pior. Ele teria deixado clara uma dessas duas coisas: ou que o Brasil estáa2 betstamanha turbulência que seria impossível viajar para o que ainda é considerado uma reunião de chefes de Estado de importância central ou que o presidente temia ser evitado pelos outros líderes presentes", avalia.

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Para especialistas, ida de Temer para a cúpula é positiva, mas não deve ter grande efeito no protagonismo do país
Foto: BBC News Brasil

Já a professora do Instituto de Relações Internacionais da USP Maria Antonieta Lins vê uma "faca de dois gumes": se por um lado a ausência de Temer seria negativa, tampoucoa2 betspresença é positiva, afirma.

Ela atribui a crise econômica que se arrasta há três anos aos erros do governo de Dilma Rousseff, mas considera que hoje a crise política é o maior entrave para a recuperação.

"A presença do Temer (no G20) é extremamente nefasta para o Brasil. A imagem dele está completamente desgastada nacionalmente e internacionalmente. Eu acompanho a imprensa internacional todos os dias, ele é uma figura praticamente ridicularizadaa2 betstodos os continentes", lamenta.

"Então, (sua ida ao G20) parece ser essa pessoa fingindo que está tudo normal, sendo que ele pode ser processado a qualquer momento, sair do posto. É uma coisa um pouco patética, infelizmente."

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Ao chegar ao hotela2 betsHamburgo, Temer disse,a2 betsbrevíssima fala a jornalistas, "que não existe crise econômica no Brasil" e que crise política não atrapalhaa2 betsparticipação no G20.

Enquanto outros líderes aproveitam o G20 para realizar encontros bilaterais, a previsão divulgada pelo governo é de que Temer realize passagem relâmpago por Hamburgo e retorne ao Brasil cedo no sábado, perdendo a última sessão de trabalho da cúpula que trata de empoderamento da mulher, digitalização e emprego.

Na lanterna

Apesar da turbulência, a expectativa é que Temer mantenha o tom que tem usadoa2 betscompromissos internacionais, buscando passar otimismo com a recuperação da economia brasileira - que vinha mostrando sinais de retomada antes do agravamento da crise política,a2 betsmaio, causado pela delação do grupo JBS dentro da Lava Jato.

Segundo as projeções do FMI para o crescimentoa2 bets2017, o Brasil caminha para o terceiro ano consecutivo na lanterna econômica do G20, considerando os 19 países que integram o grupo (o vigésimo integrante é a União Europeia).

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Espera-se que, após acumular queda de 7,2% nos últimos dois anos, a economia brasileira fique estagnadaa2 bets2017.

Os demais países crescerama2 betsmédia 5% na soma de 2015 e 2016 - alta puxada por outras nações emergentes, como Turquia (9%), Indonésia (10%), China (14%) e Índia (15,3%), embora mesmo nações desenvolvidas também tenham registrado desempenho bem melhor que o Brasil no período, como Estados Unidos (4,25%) e Reino Unido (4%).

A expectativa é que neste ano os 19 cresçam,a2 betsmédia, 2,5%.

Focoa2 betsTrump

A programação dos dois dias da cúpula prevê debates sobre assuntos que vão de terrorismo a desenvolvimento sustentável, passando por comércio global, migração, empoderamento da mulher e parcerias com a África.

A grande expectativa é sobre como será a atuação do novo presidente americano, Donald Trump, que faza2 betsestreia no G20. Seu discurso de hipervalorização dos Estados Unidos - cujo slogan é "America First" (Américaa2 betsprimeiro lugar) - tende a aumentar os impasses dentro do grupo multilateral.

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Os principais pontos que devem gerar embates entre Trump e a anfitriã do evento, a chanceler alemã Angela Merkel, são política climática e comércio internacional.

Contrariando a defesa histórica do G20, ao menos na teoria, pelo aumento do livre comércio, o presidente americano acredita que mais protecionismo é necessário para alavancar a indústriaa2 betsseu país.

Ele também anunciou recentemente que não pretende cumprir o acordo de Paris, assinado na Conferência da ONU sobre o Clima,a2 betsque 195 países se comprometeram com o objetivo de impedir que a temperatura média global suba mais de 2°C.

Já Merkel dissea2 betsdiscurso no Parlamento alemão na semana passada, que "quem quer que acredite que os problemas deste mundo possam ser resolvidos pelo isolacionismo e pelo protecionismo está cometendo um grande erro".

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Divergências

Além do isolacionismo americano, há também o britânico, após a aprovação da separação do Reino Unido da União Europeia, o Brexit.

"A divisãoa2 betsassuntos como comércio, mudança climática e migração pode levar ao primeiro fracasso de uma cúpula do G20 desde seu inícioa2 bets2008", afirma John Kirton, codiretor do Grupo de Estudos do G20, ligado à Universidade de Toronto.

"Isso vai depender da disposição do imprevisível Trump e do esforço de Merkel para conduzir as negociações para pontos de maior convergência, como crescimento inclusivo, geração de empregos, combate à corrupção."

"Mesmo que Merkel tenha uma estratégia para isso, não sabemos se Trump estará no 'clima' de concordar", ressalta.

Outra grande expectativa é sobre o primeiro encontro entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, que também ocorrerá à margem do G20.

Enquanto outros líderes aproveitam o G20 para realizar encontros bilaterais, a previsão divulgada pelo governo brasileiro é de que Michel Temer realize passagem relâmpago por Hamburgo e retorne ao Brasil cedo no sábado, perdendo a última sessão de trabalho da cúpula que trata de empoderamento da mulher, digitalização e emprego.

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Os países-membros do G20, incluindo a União Europeia, representam cerca de 65% da população mundial e 85% da economia global.

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