bet 000-Explosãobet 000frente ao STF: 'Grupos extremistas estão ativos' e ataque não foi caso isolado, diz PF

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Um inquérito policial foi instaurado, sob sigilo, e as autoridades trabalham com a hipótese de atentado contra o Estado Democrático de Direito e atos terroristas
14 nov 2024 - 13h38
(atualizado às 13h43)
Corpo foi encontrado próximo à estátua que representa a Justiça,bet 000frente ao STF
Corpo foi encontrado próximo à estátua que representa a Justiça,bet 000frente ao STF
Foto: Reuters / BBC News Brasil

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Após as explosões que aconteceram na noite de quarta-feira (13/11)bet 000frente ao Supremo Tribunal Federal (STF),bet 000Brasília, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que "grupos extremistas estão ativos".

Rodrigues disse que o episódio "não é fato isolado" e está "conectado com várias outras ações que a PF tem investigado no período recente".

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Nesta quinta-feira (14/11), Rodrigues declarou, ainda, que a situação requer que a Polícia Federal e todo o sistema de justiça criminal atuem "de maneira enérgica".

Um inquérito policial foi instaurado, sob sigilo, e as autoridades trabalham com a hipótese de atentado contra o Estado Democrático de Direito e atos terroristas, segundo a PF. O caso também será investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

"Determinei instauração de inquérito policial, que foi inicialmente feito aqui na superintendência da Polícia Federal, e encaminhamento à Suprema Corte,bet 000razão das hipóteses criminais de atos que atentam contra o estado democrático de direito e também de atos terroristas."

Rodrigues disse que "há indícios de um planejamento de longo prazo".

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Um boletim de ocorrência da Polícia Civil do Distrito Federal identificou o homem que morreu como Francisco Wanderley Luiz. Ele próprio lançou artefatosbet 000direção ao STF, segundo as investigações, e depois se deitou sobre um explosivo, que foi detonado.

O diretor da PF afirmou que Wanderley Luiz já estevebet 000Brasíliabet 000outras oportunidades, inclusive no começo de 2023, quando aconteceram ataques à sede dos três poderes por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

"Ainda é cedo dizer se houve participação direta nos atos de 8 de janeiro. Isso a investigação apontará."

Rodrigues disse ainda que os artefatos usados foram construídos de maneira artesanal, mas com grande poder de lesão.

Segundo o diretor, o homem portava ainda um extintor de incêndio carregado de gasolina, que poderia simular um lança-chamas. As autoridades encontraram ainda, no porta-malas de um veículo, fogos de artifício montados e apoiadosbet 000tijolos.

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"Vamos tentar estudar o processo produtivo para tentar identificar a origem desse material explosivo", afirmou.

As autoridades apreenderam um celular e explosivos na casa de Luiz. Ele contou que a equipe fez buscas com um robô antibombas e que, ao abrir uma gaveta para fazer uma busca, houve uma explosão. "O uso do robô salvou a vida de alguns policiais."

Imagens das câmeras de segurança do Supremo mostram o homem identificado como Wanderley Luiz aparece se aproximando do prédio do Supremo. Ele lança algobet 000direção à estátua da Justiça.

Um segurança do STF se aproxima e aborda Wanderley Luiz, que recua. No entanto, pouco depois, ele lança um artefatobet 000direção ao STF. Então lança outro, que explode instantes depois. Em seguida, acende mais um e se deita com a cabeça sobre o explosivo, que é detonado.

Ex-candidato a vereador pelo PL

Francisco Wanderley Luiz era chaveiro no interior de Santa Catarina e concorreu a vereador com o nome de Tiü França
Foto: Reprodução/Youtube / BBC News Brasil

Wanderley Luiz disputou a eleição de 2020 na cidade de Rio do Sul,bet 000Santa Catarina, pelo Partido Liberal (PL), legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro. Mas Wanderley Luiz não conseguiu número de votos suficientes para ser eleito vereador.

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Nas urnas, ele se identificou como Tiü França.

Um perfil no Facebook com esse nome, que não está mais disponível, mostrava uma foto dele dentro do STF e o texto: "Deixaram a raposa entrar no galinheiro (chiqueiro) ou não sabem o tamanho das presas ou é burrice mesmo." Ele também deixou mensagens afirmando ter colocado bombas na casa de um jornalista e políticos.

Em outra mensagem, ele profere mais ameaças. "Cuidado ao abrir gavetas, armário, estantes, depósito de matérias etc. Início 17h48 do dia 13/11/2024...O jogo acaba dia 16/11/2024. Boa sorte!!!"

Entre as mensagens publicadas, havia críticas ao STF. "Tudo o que já foi feito para obtermos melhoriasbet 000nosso País e nada deu resultados!!! É hora de mudarmos os caminhos e ações!!! Onde está o grande problema? No judiciário(STF)."

Crescente preocupação com segurança do STF

A segurança do STF tem sido uma preocupação frequentemente apontada pelo órgão e por seus ministros desde o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quebet 000diversas ocasiões ameaçou descumprir decisões da corte e destratou ministros,bet 000especial Alexandre de Moraes, que vem conduzindo inquéritos que têm como alvo propagadores de notícias falsas e milícias digitais.

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Em protestos bolsonaristas, cartazes e manifestantes muitas vezes pediam o fechamento do STF.

Em 8 de janeiro de 2023, a situação culminou com a invasão e vandalização de prédios na Praça dos Três Poderes por parte de apoiadores de Bolsonaro, que havia sido derrotado na eleição do ano anterior. O STF foi um dos prédios mais destruídos nos ataques.

Moraes já tinha sido ameaçado de morte por pelo menos dois homens, que foram presosbet 0002021.

O ministro afirma também ter sido hostilizado junto com a família no aeroporto de Roma, na Itália,bet 0002023. Um casal e o genro, acusados de xingar Moraes, estão respondendo pelo caso na Justiça.

Em novembro de 2022, após a derrota de Bolsonaro nas eleições, o ministro Luís Roberto Barroso foi abordado de forma hostil por brasileiros nos Estados Unidos. A um deles, que questionava a confiabilidade do sistema eleitoral, Barroso respondeu com a frase "perdeu, mané, não amola", que ganhou as manchetes.

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A Corte tem uma Secretaria de Segurança e policiais próprios, que atuam nas dependências do STF e acompanham os ministrosbet 000viagens oubet 000suas próprias casas. A segurança deles foi reforçada nos últimos anos.

"Até pouco tempo atrás, os ministros do Supremo Tribunal Federal circulavambet 000agendas pessoais e até institucionais inteiramente sós. Infelizmente, nos últimos anos, fomentou-se um tipo de agressividade e de hostilidade que passaram a exigir o reforço da segurançabet 000todas as situações. As autoridades públicas de todos os poderes circulam com esse tipo de proteção sejabet 000eventos privados, sejabet 000eventos públicos", escreveu o presidente do STF, Luís Roberto Barroso,bet 000nota de junho.

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Fontes de referência

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