esportes da sorte com-Interviresportes da sorte combriga de casal pode salvar vida, diz juíza

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Magistrada que atuaesportes da sorte comcasos de violência doméstica afirma interferência de vizinhos costuma ter resultado positivo
6 ago 2018 - 18h41
(atualizado às 19h04)

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A advogada Tatiane Spitzner, 29, foi encontrada morta no dia 22 de julho após cair do quarto andar do prédio onde morava,esportes da sorte comGuarapuava, no Paraná. Seu marido, o professor Luís Felipe Manvailer, 29, é suspeito de tê-la matado e foi indiciado por feminicídio - quando uma mulher é morta pela condição de ser mulher.

Câmeras de segurança do prédio registraram uma sequência de agressões do marido antes da morte da advogada, na garagem e no elevador do edifício. No entanto, quando a polícia foi chamada, já era tarde. A BBC News Brasil ouviu Teresa Cristina Cabral Santana, juíza integrante da Coordenadoria Estadual da Mulheresportes da sorte comSituação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário do Estado de São Paulo, para saber qual é o papel de vizinhos e do condomínio em casos desse tipo.

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Ela diz que é comum que não haja qualquer intervenção, mas que, quando há, ela dá resultados. "Intervenção pode salvar uma vida", diz a juíza.

"Intervenção pode salvar uma vida", diz juíza que atuaesportes da sorte comcasos de violência doméstica
"Intervenção pode salvar uma vida", diz juíza que atuaesportes da sorte comcasos de violência doméstica
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

BBC News Brasil - A advogada Tatiane Spitzner foi agredida seguidamente pelo marido numa área pública do prédio. Não sabemos exatamente qual foi o comportamento dos vizinhos, mas tudo indica que não houve tentativa de intervenção. Em geral, qual é o comportamento dos vizinhosesportes da sorte comcasos de violência doméstica?

Teresa Cristina Cabral Santana - A observação dos casos que acompanho e pesquisas mostram que,esportes da sorte comgeral, os vizinhos não intervêmesportes da sorte combrigas de casal. O que a literatura nos traz é que isso acontece por motivos culturais, é o velho ditado: "em briga de marido e mulher não se mete a colher". As pessoas se negam a comparecer na delegacia para prestar depoimento, se negam a ser testemunha das vítimas. De ordinário, a violência acontece no âmbito doméstico. As pessoasesportes da sorte comgeral acham que vai passar, que logo mais a briga vai acabar. Mas não vai, não passa.

BBC News Brasil - Essa intervenção surte que tipo de efeito?

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Santana - A violência acontece longe do olhar estranho. Em geral, o agressor tende a parar quando há uma intervenção. Ela é profícua e precisa acontecer. Quando a pessoa percebe que está sendo observada, que tem testemunhas, que tem alguém que possa contar o que aconteceu, a tendência é parar ou diminuir, pelo menos.

"Em geral, a violência doméstica faz barulho", diz a juíza. "Há objetos quebrados. Tem uma série de coisas que vizinhos podem fazer"
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

BBC News Brasil - Como e quando vizinhos devem interviresportes da sorte comcasos de briga de casal?

Santana - As pessoas se perguntam por que a vítima não reage. Temos que questionar por que houve a agressão, e não por que ela não reagiu. A vítima da violência doméstica, inserida no ciclo da violência, não consegue reagir. Muitas desenvolvem até síndrome do desamparo aprendido [situaçãoesportes da sorte comque vão sendo retiradas condições psicológicas para que a pessoa reaja]. Numa situação extrema,esportes da sorte comque a mulher está sendo agredida, a intervenção tem que acontecer. Não é algo que o casal tem que resolver sozinho, entre quatro paredes. Bater na porta, chamar o porteiro, o síndico.

BBC News Brasil - Quais são os sinais de que é urgente intervir?

Santana - Um pedido de socorro, por exemplo, não pode ser ignorado. Em geral, a violência doméstica faz barulho. Há objetos quebrados. Tem uma série de coisas que vizinhos podem fazer: acender e apagar a luz, bater na porta, tocar o interfone. Pode-se avisar, chamar porteiro ou segurança para irem junto. No mínimo, os vizinhos têm que chamar a polícia. Se você ouve um pedido de socorro, não pode esperar para ver o que vai acontecer.

A juíza acha que condomínio tem obrigação moral de agir
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

BBC News Brasil - Nem sempre há polícia perto. Também há lugares onde ela tem dificuldade de entrar, comoesportes da sorte comalgumas favelas controladas por criminosos. O que fazer então?

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Santana - Não podemos desistir das instituições. É preciso acreditar que algum caminho vai dar certo.

BBC News Brasil - E o condomínio, qual o papel dele?

Santana - Como qualquer cidadania, tem obrigação de intervenção ética, social, moral de evitar que uma morte aconteça. Criminalmente, não sei se procederia [responsabilizar o condomínio na Justiça].

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Fontes de referência

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