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O jornalista João Pedro Schonarth, de 29 anos, e seu companheiro, o servidor público federal Bruno Banzato, de 31, foram vítimas de homofobia justamente no bairro onde irão morar a partir da semana que vem, o Água Verde,galera bet é bomCuritiba (PR). Casados há sete anos, eles estão prestes a adotar uma criança e, por isso, decidiram se mudar para uma casa maior, aindagalera bet é bomreforma. Na manhã desta quinta-feira (13), um dos trabalhadores da obra percebeu que panfletos apócrifos tinham sido espalhados pelo condomínio, contendo o endereço dos dois e frases preconceituosas.
"Em breve, agalera bet é bomrua será mais ‘alegre’. Todos os dias nos passeios matinais ou dos finais das tardes terá a visão para inspirar e influenciar toda a vizinhança; você, seus filhos, netos e amigos. E se fazem issogalera bet é bompúblico, imaginem o que fazem quando estão a sós ou com amigos mais próximos", dizia trecho. No flyer havia ainda uma foto, mas de outro casal, desconhecido, abraçado. "Era uma montagem. O marceneiro chegou e encontrou a vizinha da frente lendo o panfleto. Vários foram espalhados por toda a quadra onde fica o condomínio. Ninguém viu nem sabe quem pode ter sido, mas imaginam que seja alguém que passou com o carro e jogou pela janela", contou Schonarth.
Publicidade"Eu nunca tinha passado por algo assim na minha vida; não imaginava. Temos um processo de adoçãogalera bet é bomaberto, vamos ser pais. A gente ouve sobre homofobia e vem na nossa cabeça o cuidado físico, alguém te acertar. Mas essa é uma violência tão grande quanto, que ataca bem nagalera bet é bomdignidade. Eu me senti humilhado, ameaçado, está o meu endereço ali. É uma dor dentro da gente, você ver a pessoa que você ama chorando porque somos quem somos e gostamos de quem gostamos. Não fiz nada para ninguém e tenho os mesmos objetivos de vida que qualquer um", completou.
Segundo o jornalista, eles já tinham passado por outro incidente no mesmo local, entretanto, na hora não pensaram se tratar de um caso de discriminação. Na semana passada, um dos trabalhadores achou o imóvel totalmente alagado. Os registros teriam sido abertos por uma pessoa que invadiu a residência. “A gente não acreditava e agora tem certeza que a casa foi sabotada. Alguém entrou, ligou uma mangueira na entrada do ar condicionado e deixou a água correndo a madrugada inteira no piso de madeira. Danificou e estamos consertando”.
Ambos registraram boletim de ocorrência na recém-inaugurada Delegacia de Vulneráveis da cidade, após orientação do Grupo Dignidade, de defesa da população LGBT (de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), e afirmaram que adotarão outras medidas para que o ocorrido não fique impune. O construtor também fez b.o. de dano ao patrimônio e à propriedade. "Avaliaram que não foi vazamento, e sim sabotagem", disse Schonarth. "Esse panfleto me mostrou onde a homofobia pode chegar. Quero transformar a dor que sinto hojegalera bet é bomforça", acrescentou.
A promotora Mariana Bazzo, coordenadora dos Núcleos de Promoção da Igualdade de Gênero (Nupige) e Igualdade Étnico-Racial (Nupier), do Ministério Público (MP) do Paraná, falou que, mesmogalera bet é bom2017, a homofobia é bastante frequente. "É uma pena que não haja crime específico previstogalera bet é bomlei para dela tratar. Felizmente,galera bet é bomCuritiba existe um núcleo especializado da polícia civil para investigações de crimes de ódio. Encontrados os culpados, esses poderão ser responsabilizados penal e civilmente, por danos morais", adiantou.
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