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O Ministério Público de São Paulo negociou, por meses, a delação de Antonio Vinícius Lopes Gritzbach, que revelou segredos da facção criminosa paulista PCC e de policiais corruptos. Após a execução de Gritzbach, morto a tiros no Aeroporto Internacional de SP,google betanoGuarulhos, trechos da negociação entre o delator e a Promotoria vieram à tona.
Nos documentos, a defesa de Gritzbach pede o perdão integralde futuras penasgoogle betanoprocessos criminais que ele enfrentava, como duplo homicídio e lavagem de dinheiro. Ele também solicitava o desbloqueio de 15 imóveis, veículos de luxo, lanchas e helicóptero, além da concessão de um visto permanente nos Estados Unidos para o delator e familiares. As informações são da GloboNews.
A defesa de Gritzbach alegava que ele tinha construído o patrimônio negociando imóveis de luxogoogle betanoSão Paulo, ao longo dos anos, antes de se envolvergoogle betanoesquemas de lavagem de dinheiro para o PCC. O contato com a facção surgiu por intermédio de Cláudio Marcos de Almeida, conhecido como Django, líder do PCC,google betano2019.
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“O colaborador atua no mercado imobiliário de alto padrão desde o ano de 2011 e conheceu Claudio Marcos de Almeida apenas no ano de 2019. Seu patrimônio anteriormente construído não poderia ser genericamente apontado como espúrio”, alegaram os advogados durante a negociação.
O primeiro pedido da defesa de Gritzbach foi formalizadogoogle betanodezembro de 2023 ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaec), do Ministério Público. Na ocasião, ele pediu a liberação e concessão dos seguintes itens:
15 imóveis,google betanonome de Gritzbach e de suas cinco empresas;
Uma lancha Cimitarra, de 64 pés, ano 2017;
Uma lancha Motorboat, de 39 pés, ano 2011;
Um helicóptero, ano 2001;
Dois veículos da marca Volvo;
Perdão integralgoogle betanofuturas penas;
Concessão de visto permanente para o delator e familiares nos Estados Unidos;
Segundo a documentação, a defesa do delator solicitou, ainda, 'fomento' para custear segurança e proteção. Ele sugeriu, também, a liberação de apenas um de seus imóveis, avaliadogoogle betanoR$ 2,5 milhões, para o pagamento de ressarcimentos ao Estadogoogle betanofunção de condenações por lavagem de dinheiro.
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Os pedidos foram prontamente negados sob despacho do promotor Luiz Fernando Rebellatto, aindagoogle betanodezembro passado, que argumentou que os termos da negociação 'apartam da razoabilidade'.
“Os termos sugeridos se apartam completamente de qualquer razoabilidade e das condições subjetivas previstas no artigo 4º, § 1º, da Lei n.º 12.850/2013, especialmentegoogle betanorelação à perda patrimonial de parcela ínfima do patrimônio, bem como da pretensão de isenção absoluta de responsabilidade penal”, decidiu Rebellatto.
Outra negociação foi homologada na Justiçagoogle betano2024, com os promotores concordandogoogle betanoliberar parcialmente o patrimônio que, comprovadamente, tivesse sido adquirido no começo da carreira de Gritzbach como corretor de imóveis. Também foi imposta uma indenização de R$ 15 milhões.
O Ministério Público também se dispôs a colocar o delator egoogle betanofamília no Programa Estadual de Proteção a Vítimas e Testemunhas (PROVITA/SP), o que foi negado por Gritzbach. A promotoria concordougoogle betanoperdoar 1/3 de futuras penas por lavagem de dinheiro, permitindo que ele recorressegoogle betanoparte dos processosgoogle betanoregime inicialmente aberto ou semiaberto. A concessão do visto não foi inserida no documento final de homologação.
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Como foi a execução do empresário
O empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach foi morto na área de desembarque do Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos. Ele era delator de uma investigação sobre lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). Entre os bandidos, dizia-se que havia um prêmio de R$ 3 milhões pela cabeça do delator.
O ataque ocorreu por volta das 16 horas e os atiradores estavam com o carro estacionado, à espera da vítima. Uma dupla de criminosos realizou pelo menos 27 disparos, conforme a perícia. Gritzbach foi atingido por dez tiros de fuzil, que transfixaram seu corpo.
O delator voltava de viagem com a quando foi atacado a tiros. As imagens das câmeras de segurança do Aeroporto Internacional de Guarulhos mostram Gritzbach levando uma mala de rodinhas quando é surpreendido pelos atiradores. Ele tenta fugir, é atingido pelos disparos e cai perto da faixa de pedestres. É possível ver outras pessoas correndo por causa do tiroteio.