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O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse hoje (28) que a quantidade de armas de fogo e objetos perfurantes encontradosf12 betpresídios brasileiros por militares das Forças Armadas -f12 betvistorias feitas ao longo do ano - sugerem que haja algum tipo de "acordo" entre agentes do sistema prisional e criminosos.
Segundo o ministro, cerca de 11 mil militares do Exército, Marinha e Aeronáutica inspecionaram 31 presídios de seis estados (Acre, Amazonas, Pará, Rio Grande do Norte, Rondônia e Roraima) durante 2017. Somadas, as seis unidades prisionais abrigavam 22.970 detentos. Considerando que foram encontradas 10.882 armas e objetos perfurantes, é como se houvesse quase uma arma à disposição de cada dois detentos cumprindo pena nos presídios inspecionados.
Publicidade"O fato de o sistema prisional brasileiro admitir que umf12 betcada dois detentos esteja armado é um escândalo. Como isto foi parar lá dentro? A gente chega a pensar se não há algum tipo de leniência, de acordo entre os [trabalhadores] do sistema prisional e aqueles que estão presos", disse Jungmann, ao fazer o balanço anual das atividades do ministério.
Segundo o ministro, durante a chamada Operação Varredura, deflagradaf12 betjaneiro, também foram apreendidos aparelhos de telefonia celular, drogas e outras substâncias e objetos ilícitos. No entanto, de acordo com Jungmann, as suspeitas se baseiamf12 betuma avaliação pessoal dos dados, e nãof12 betqualquer outra informação fornecida por serviços de inteligência do Estado.
"É uma conclusão pessoal. Porque tudo aquilo que vocês imaginarem pode ser encontrado no interior do sistema prisional. Televisor, freezer, churrasqueiras...Como tudo isso entraf12 betum sistema de isolamento? Parece haver uma espécie de acordo tácito [no qual os presos dizem] "você não aperta a gente aqui que a gente não cria problemas lá"", acrescentou o ministro, destacando que a situação contribui para que as organizações criminosas continuem crescendo e dominando as ruas, mesmo que de dentro dos presídios.
Para Jungmann, um fator que contribui para a manutenção destas circunstâncias é a facilidade legal com que presos mantém contatos além dos muros prisionais. Até mesmo com seus advogados.
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