As informações foram divulgadasbwin 216.netuma entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, 10. “Hoje eu posso dizer com certeza que ela pesquisou, comprou, recebeu e usou o veneno para matar essas vítimas”, afirmou o chefe do Departamento de Polícia do Interior (DPI) da Polícia Civil, Cleber Lima.
Deise foi presa temporariamente no último domingo, 5, sob a acusação de triplo homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e com emprego de veneno, além de tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada. Ela teria comprado a substância e colocado na farinha usada pela sogra, de 60 anos, que preparou o bolo. A mulher continua internada devido à ingestão do alimento contaminado,bwin 216.netdezembro do ano passado.
Combinação para matar
De acordo com a delegada Sabrina Deffente, a suspeita pesquisou na internet uma receita de veneno que fosse inodora e sem gosto. Usou termos como ‘veneno’, 'veneno para matar humano’ e foi evoluindo. “Ela chega, então, numa composição química que tenta montar”, esclarece.
A pesquisa segue até ela descobrir o arsênio, fato comprovado pela polícia ao verificar as compras feitas por Deise na internet. “A partir dessa combinação de elementos, ela começa a tentar, então, envenenar familiares”, explica.
Isso ocorre, conforme as autoridades, até que ela consegue chegar à morte do sogro,bwin 216.netsetembro do ano passado, inicialmente tratada como intoxicação alimentar. No entanto, após a morte de três familiares que consumiram o bolo, foi constatada a presença de arsênio também no corpo do pai de seu companheiro, exumado para perícia. Inclusive, Deise tentou evitar a exumação.
Publicidade
Bolo envenenado: suspeita presa pesquisou pelo termo arsênio na internet, diz Justiça
Video Player
“Ela tenta, de todas as formas junto dos familiares, a cremação desse corpo. Não conseguindo isso, ela constrói outros relatos para tentar encobrir a verdadeira causa da morte do sogro. Ela consegue, num primeiro momento, até que ocorre esse envenenamento lábwin 216.netTorres”, reforça a delegada.
Sabrina ainda explica que cada dado extraído do celular da acusada era uma surpresa para a equipe de investigação. Para a polícia, fica claro que Deise “praticava homicídios e tentativas de homicídiosbwin 216.netsérie” e que, durante “muito tempo”, não foi descoberta, pois ela tentava apagar provas que pudessem levar a ela. No entanto, com as mortes ocorridasbwin 216.netTorres, a situação “fugiu de seu controle”.
“Na verdade, o bolo era para ter sido consumido por só três pessoas: a dona Zeli [dos Anjos, sogra dela], a irmã e o Jefferson, que estariam presentes naquela comemoração. Ocorre que outros parentes se juntaram e acabou acontecendo essa série de mortes de hospitalizações, o que levou a gente a começar essa investigação. Com a investigação, a gente descobriu não só essas mortes, mas também a morte do sogro que teria ocorrido três meses antes”, explica a delegada.
Postura fria
Durante a entrevista, o delegado de Torres, Marcos Vinicius Veloso, afirmou que, durante seus depoimentos, Deise apresentava uma “postura fria” e com respostas sempre na “ponta da língua”. A autoridade também afirma que, pelo entendimento da polícia, o principal alvo da mulher era Zeli, já que estava presente nos dois envenenamentos.
Publicidade
“A Zeli estava no dia 2 de setembro, quando ela fez o café com leite, óleo e tudo mais com o seu marido. Ela também foi para o hospital junto com o seu marido, e ele faleceu. A nora, investigada, se referia à Zeli como ‘Naja’. Um detalhe que me chamou a atenção: todo momentobwin 216.netque ela chamava a sogra de Naja, ela ria”, informou Veloso.
Amostras
Em uma coletiva de imprensa realizada na segunda-feira, 6, a diretora-geral do Instituto-Geral de Perícias (IGP), Marguet Inês Hoffmann, afirmou que o arsênio responsável pelas mortes estava presente na farinha utilizada para fazer o bolo, encontrada na residência da sogra da suspeita,bwin 216.netArroio do Sal.
De acordo com Marguet, foram coletadas 89 amostras na casa da mulher que preparou o bolo, e uma delas, de farinha, apresentou níveis elevados da substância, que também foi detectada no sangue das vítimas.
Bolo envenenado: briga familiar que pode ter motivado crime se intensificou após enchentes no RS
Video Player
"Foram identificadas concentrações altíssimas de arsênio nas três vítimas. Tão elevadas que são tóxicas e letais. Para se ter ideia, 35 microgramas já são suficientes para causar a morte de uma pessoa. Em uma das vítimas, havia concentração 350 vezes maior", explicou Marguet.
Publicidade
As três vítimas fatais, que consumiram o bolo, são as irmãs Neuza Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva, além da filha de Neuza, Tatiana Denize Silva dos Anjos.
Zeli dos Anjos, a mulher que preparou o bolo, permanece hospitalizadabwin 216.netestado estável. A criança de 10 anos que também ingeriu o bolo recebeu alta do hospital no último dia 3, conforme informações da Polícia Civil. O marido de Maida também comeu o doce, foi hospitalizado, mas já recebeu alta.
O Terra tenta localizar a defesa de Deise Moura dos Anjos. O espaço segue aberto para manifestações.