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A defesa do presidente Michel Temer entregou na tarde desta quarta-feira (04/10), na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, a argumentação contrária à segunda denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Temer é acusado dos crimes de obstrução da Justiça e organização criminosa, ao lado dos ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha.
Os advogados de Moreira Franco e Padilha já tinham protocolado as respectivas defesas na CCJ. Para que o presidente e os dois ministros possam ser investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é preciso que a Câmara dos Deputados autorize o prosseguimento da denúncia, conforme prevê a Constituição.
PublicidadeO advogado Eduardo Carnelós argumentou que a denúncia é uma das "mais absurdas acusações que se tem notícia na história", com a apresentação de fatos que precedem o exercício do mandato de Temer. Para o advogado, o objetivo do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot era destituir Temer da Presidência.
"A denúncia não traz nenhuma prova daquilo que alega e o alega de forma inepta. Ela é toda amparada na palavra de delatores que fizeram um grande negócio atendendo os interesses do então procurador-geral da República, que conseguiu fazer com que os delatores falassem aquilo que ele queria e deucomo sacar do pixbettroca a imunidade", declarou Carnelós.
O advogado disse ainda que a acusação é inconsistente, sem suporte probatório e "fruto de uma indecente espécie de licitação" entre os integrantes da PGR e os delatores. Carnelós ressaltou também que as gravações usadas na acusação foram feitas inadvertidamente e os áudios divulgados recentemente, com diálogo entre os delatores, "apontam a indecência dos fatos".
O advogado está confiante que os deputados negarão mais uma vez a autorização para que o STF analise este processo. "Acreditamos que tanto a Comissão de Constituição e Justiça quanto o plenário novamente impedirão que essa tentativa de golpe se efetive", disse Carnelós.
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