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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid deve apresentar nas próximas semanas a primeira versão do relatório que trará as principais conclusões do colegiado. O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator do grupo, a quem cabe redigir o documento, afirmou que já existem provas da responsabilidade do governo federalbwin freebetepisódios que considera falhas no enfrentamento da pandemia no País, como no atraso para aquisição de vacinas e na crise de falta de oxigênio no Amazonas.
Desdebwin freebetinstalação, no dia 29 de abril, a CPI já ouviu sete depoimentos, incluindo todos os quatro titulares do Ministério da Saúde desde que a pandemia foi decretada,bwin freebetmarço passado. A comissão também já havia recebido até ontem mais de 300 documentos com informações de órgãos como o Ministério Público Federal, Tribunal de Contas da União, governos estaduais, além do próprio governo federal.
Publicidade"Tem coisa comprovada, de que o governo não queria comprar vacina nenhuma, que defendia imunização de rebanho, por isso os estímulos à aglomeração e ao não uso de máscara. Tratativas nesta direção (de atrasar compra de vacinas) com a Pfizer, com a Coronavac, com a Índia, isso tudo está provado", afirmou o emedebista ao Estadão.
A dúvida de Renan é se o relatório que ele vai redigir sobre os primeiros 30 dias de trabalho será um resumo ou também incluirá suas conclusões. O relator disse que vai conversar na quarta-feira com os demais integrantes do colegiado para decidir qual será o formato do texto. A partir deste primeiro documento, o próximo passo do grupo será tentar quantificar quantas mortes poderiam ser evitadas e quantas foram causadas pelas ações, ou a falta delas, do presidente Jair Bolsonaro. "Vamos ouvir a academia, a ciência e receber os estudos das mortes evitáveis", afirmou o emedebista.
O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), defende um relatório apenas de resumo. A estratégia de antecipar algumas conclusões da CPI desagrada também ao senador Humberto Costa (PE), representante do PT na comissão. "Fazer uma coisa antes de terminar a investigação vai abrir uma polêmica terrível antes de ter todos os dados, tudo efetivamente. No meio do relatório, se tiver qualquer imprecisão, esse relatório vai ser objeto de verdadeiro espancamento", argumentou Costa.
Para senador Rogério Carvalho (PT-SE), porém, os depoimentos até agora da CPI apontam para o que chama de uma série de "crimes sanitários" praticados por autoridades que deveriam conter a pandemia no País. Para Carvalho, o procurador-geral da República, Augusto Aras, terá de agir após o relatório final. "Com uma investigação bem feita, um relatório sem vícios, e isso encaminhado à PGR, não tenho dúvida de que o procurador vai agir", afirmou o petista, que é suplente na comissão.
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