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A delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro, da Polícia Federal, se opôs à realização de uma operação de busca e apreensão, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que mirou um senador e dez deputados bolsonaristas.
Em ofício encaminhado ao STF, a delegada apontou que a realização da operação no início das investigações representaria um "risco desnecessário" à "estabilidade das instituições". A resistência de Denisse às medidas levou a Procuradoria-Geral da República a pedir o seu afastamento do caso.
PublicidadeO pedido da delegada da PF foi visto como o motivo do atraso na realização da operação, que estava prevista para a primeira semana de junho. Moraes, relator do inquérito que investiga a organização e o financiamento de atos antidemocráticos, autorizou a realização da operação de busca e apreensão no fim do mês passado.
"Pela postergação do cumprimento ou pelo recolhimento das ordens já emanadas, a fim de que o direcionamento dos recursos da Polícia Federal seja inicialmente empregado na obtenção de dados de interesse e no preenchimento das diversas lacunas das hipóteses criminais aqui apresentadas", solicitou Denisse a Moraes.
Em 2017, a mesma delegada já havia feito uma série de observações sobre problemas enfrentados pelos investigadores da Operação Zelotes - entre eles, a falta de foco de órgãos parceiros na investigação que, segundo ela, resultavacassino online betbryuma apuração "genérica e difusa".
Procurada, a PF informou que não vai se manifestar.
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