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O conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, prestou depoimento nesta terça-feira, 22, ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O conselheiro, que está preso na Penitenciária Federal de Boa Vista, falou por videoconferência. Durante a oitiva, Brazão chorou ao falar de familiares e, fazendo coro ao depoimento prestado pelo irmão um dia antes, afirmou nunca ter tido contato com Marielle e negou qualquer ligação com Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, apontados pela Polícia Federal (PF) como executores do crime.
Publicidade"Nunca vi esse senhor. A primeira vez que vi a imagem do Ronnie Lessa, me parece que foi no IML, no dia que ele foi preso", declarou o conselheiro.
Segundo Brazão, Lessa teria se sentido encurralado e buscado incriminá-lo após ter seu nome associado ao caso.
"Ele só decide falar após a delação de Élcio de Queiroz. Ele se sentiu acuado, encurralado. E decidiu falar. Foi a oportunidade que o Lessa teve de defender, proteger o seu comparsa, Cristiano Girão (ex-vereador, preso acusado de chefiar uma milícia na Zona Oeste do Rio). É a única explicação que vejo", afirmou.
Questionado pelo desembargador Airton Vieira, do gabinete de Moraes, sobre o motivo de seu irmão ter sido incriminado por alguém que ele não conhecia, Brazão sugeriu que Lessa utilizou essa estratégia para transferir o caso para o Supremo.
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