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A crise militar aberta pelo presidente Jair Bolsonaro com a abrupta troca de comando no Ministério da Defesa e na cúpula das três Forças Armadas foi recebida com silêncio nos meios diplomáticos. Estados Unidos, União Europeia e Argentina, antigos parceiros de quem o atual governo se afastou (no caso dos EUA, recentemente, após a posse de Joe Biden), evitaram se manifestar sobre o episódio.
O jornal O Estado de S. Paulo procurou ouvir representantes dos governos e parlamentares dos EUA, da França e da Argentina sobre a crise. A reação mais comum foi a de evitar envolvimento com o tema. No governo americano, a avaliação é de que se trata de um tema de repercussão doméstica, sobre o qual não se deve tirar conclusões precipitadas.
PublicidadeNo Congresso dos EUA, os Democratas aliados do presidente Joe Biden se dividembr betano apkduas alas. Os expoentes da esquerda do partido veem com preocupação os gestos de Bolsonaro e temem uma ruptura antidemocrática. Já os parlamentares centristas, mais próximos ao presidente, defendem que a tentativa de politização das Forças Armadas deve ser acompanhada sem sobressaltos por parte de Washington, e com a consciência de que a resistência da própria cúpula militar a esses esforços é um sinal positivo.
No Conselho de Segurança Nacional e no Departamento de Estado, assessores se limitam a dizer que "estão cientes dos acontecimentos no Brasil" e "apoiam as instituições democráticas". Mesmo porque, segundo um experiente assessor parlamentar do Capitólio, Washington não tem tempo para lidar de perto com duas crises simultâneas no Hemisfério Ocidental.
E, apesar de as questões brasileiras repercutirem nos EUA, todos os olhares de quem acompanha a política externa na América Latina estão voltados ao impasse com o fluxo de imigrantes da América Central na fronteira americana com o México.
O governo argentino, que se manifestou prontamente quando houve crises militaresbr betano apkpaíses como Bolívia e Equador, desta vez se resguardou. Em uma reuniãobr betano apkque o Brasil foi mencionado, o ministro das Relações Exteriores, Felipe Solá, disse que não há motivo para alarme e que se trata de uma questão interna. No Ministério do Interior, a preocupação maior não é com os militares brasileiros, mas com a crise sanitária relacionada à pandemia de covid-19.
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