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O futuro ministro das Relações Exteriores brasileiro, Ernesto Araújo, ao contrário de seus antecessores no Itamaraty, é defensor declarado de posições político-ideológicas, o que sinaliza um rompimento na tradição de neutralidade na condução da política internacional do país.
"Sou Ernesto Araújo. Tenho 28 anos de serviço público e sou também escritor. Quero ajudar o Brasil e o mundo a se libertarem da ideologia globalista. Globalismo é a globalização econômica que passou a ser pilotada pelo marxismo cultural. Essencialmente é um sistema anti-humano e anti-cristão. A féarbety oficialCristo significa, hoje, lutar contra o globalismo, cujo objetivo último é romper a conexão entre Deus e o homem, tornando o homem escravo e Deus irrelevante. O projeto metapolítico significa, essencialmente, abrir-se para a presença de Deus na política e na história.", escreve Araújo no texto de apresentação de seu blog, o Metapolítica 17.
PublicidadeO diplomata é diretor do departamento de Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos do Itamaraty e é declaradamente um admirador do presidente norte-americano, Donald Trump. "O presidente Donald Trump propõe uma visão do Ocidente não baseada no capitalismo e na democracia liberal, mas na recuperação do passado simbólico, da história e da cultura das nações ocidentais", defende.
Ele chama de "climatismo" uma suposta tática globalista para instilar o medo e obter mais poder. "Você aí, você vai destruir o planeta. Sua única opção é me entregar tudo, me entregar a condução dearbety oficialvida e do seu pensamento,arbety oficialliberdade e seus direitos individuais. Eu direi se você pode andar de carro, se você pode acender a luz, se você pode ter filhos,arbety oficialquem você pode votar, o que pode ser ensinado nas escolas. Somente assim salvaremos o planeta. Se você vier com questionamentos, com dados diferentes dos dados oficiais que eu controlo, eu te chamarei de 'climate denier' e te jogarei na masmorra intelectual. Valeu?", escreve Araújo.
O futuro ministro usa o blog para atacar a esquerda e o Partido dos Trabalhadores (PT), além de defender explicitamente a campanha de Jair Bolsonaroarbety oficialalguns posts. Ele acusa o PT de concentrar-se nas questões do aborto, de gênero, da laicidade, da 'racialização' da sociedade, da criminalização do desejo do homem pela mulher, a contestação do patriarcado e a diferenciação entre os sexos, a sexualização das crianças, demonização da defesa da família para defender que pessoas "não nasçam".
Araújo também vê o Brasil como "apenas um bom aluno na escola do globalismo" e atribui a essa postura uma suposta perda da grandiosidade do país. A aplicação dessa ideologia à diplomacia produz a obsessãoarbety oficialseguir os "regimes internacionais". Produz uma política externaarbety oficialque não há " amor à pátria" mas apenas apego à "ordem internacional baseadaarbety oficialregras".
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