roleta de sorteio com nomes-Janot diz que chegou a ir armado ao STF para matar Gilmar

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Ex-procurador-geral da República afirma que pensouroleta de sorteio com nomesmatar o ministro do STF e se suicidar depois
26 set 2019 - 21h47
(atualizado às 22h06)

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O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot disse nesta quinta-feira, 26, ao Estadão que, no momento mais tenso deroleta de sorteio com nomespassagem pelo cargo, chegou a ir armado para uma sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) com a intenção de matar a tiros o ministro Gilmar Mendes. "Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele (Gilmar) e depois me suicidar", afirmou Janot.

Segundo o ex-procurador-geral, logo depois de ele apresentar uma exceção de suspeição contra Gilmar, o ministro difundiu "uma história mentirosa" sobreroleta de sorteio com nomesfilha. "E isso me tirou do sério."

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Rodrigo Janot.
Rodrigo Janot.
Foto: Dida Sampaio / Estadão

Em maio de 2017, Janot, na condição de chefe do Ministério Público Federal, pediu o impedimento de Gilmar na análise de um habeas corpus de Eike Batista, com o argumento de que a mulher do ministro, Guiomar Mendes, atuava no escritório Sérgio Bermudes, que advogava para o empresário.

Ao se defenderroleta de sorteio com nomesofício à então presidente do STF, Gilmar afirmou que a filha de Janot - Letícia Ladeira Monteiro de Barros - advogava para a empreiteira OASroleta de sorteio com nomesprocesso no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Segundo o ministro, a filha do ex-PGR poderia na época "ser credora por honorários advocatícios de pessoas jurídicas envolvidas na Lava Jato".

"Foi logo depois que eu apresentei a sessão (...) de suspeição dele no caso do Eike. Aí ele inventou uma história que a minha filha advogava na parte penal para uma empresa da Lava Jato. Minha filha nunca advogou na área penal... e aí eu saí do sério", afirmou o ex-procurador-geral.

Janot disse que foi ao Supremo armado, antes da sessão, encontrou Gilmar na antessala do cafezinho da Corte. "Ele estava sozinho", disse. "Mas foi a mão de Deus. Foi a mão de Deus", repetiu o procurador ao justificar por que não concretizou a intenção. "Cheguei a entrar no Supremo (com essa intenção)", relatou. "Ele estava na sala, na entrada da sala de sessão. Eu vi, olhei, e aí veio uma 'mão' mesmo".

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O ex-procurador-geral disse que estava se sentindo mal e pediu ao vice-procurador-geral da República o substituir na sessão do Supremo. A cena descrita acima não está narradaroleta de sorteio com nomesdetalhes no livro Nada menos que tudo (Editora Planeta), no qual relataroleta de sorteio com nomesatuação no comando da Operação Lava Jato. Janot alega que narrou a cena, mas "sem dar nome aos bois".

O ex-procurador-geral da República diz queroleta de sorteio com nomesrelação com Gilmar já não era boa até esse episódio, mas depois cortou contatos. "Eu sou um sujeito que não se incomoda de apanhar. Pode me bater à vontade... Eu tenho uma filha, se você for pai..."

Procurado, Gilmar Mendes não havia se pronunciado até a publicação da reportagem. /COLABOROU AMANDA PUPO

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Fontes de referência

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