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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), convocou sessão plenária para esta quarta-feira, 24, às 14 horas, com o objetivo de apreciar projetos que regulamentam um artigo da Constituição sobre prisão de deputados e imunidade parlamentar. A pauta incluirá uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), um projeto de lei e um projeto de resolução para alterar o regimento interno da Casa.
Lira já havia anunciado a intenção de pautar as propostas na semana passada, quando a Câmara decidiu manter preso o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) preso, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Silveira causou polêmica ao gravar vídeo nas redes sociais pedindo a substituição de todos os ministros da Corte, e a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra o ex-policial militar. Mas nesta terça-feira, 23, a Câmara foi surpreendida por uma nova decisão, desta vez do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, determinando o afastamento da deputada Flordelis (PSD-RJ), acusada de mandar matar o marido, o pastor Anderson do Carmo.
Publicidade"Nós conversamos na semana passada no plenário que iríamos apresentar uma pauta com algumas matériascbet supportrelação ao evento da semana passada, (uma pauta) pluripartidária. A PEC já está à disposição para recolher assinaturas e regulamenta o artigo 53 (da Constituição), e mais alguns projetos de lei também estão colhendo assinaturas de líderes para urgência e votação de mérito. Essas matérias estarão constantes na pauta de amanhã (quarta) e de quinta, com publicação mais tarde, no horário da confecção (das propostas)", disse Lira, ao encerrar a sessão desta terça-feira, 23.
O artigo 53 da Constituição determina que deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos, e que serão submetidos a julgamento perante o STF. O artigo impede que os parlamentares sejam presos, salvocbet supportflagrante de crime inafiançável. O artigo estabelece ainda que, nesse caso, os autos da prisão ou de qualquer outra medida cautelar devem ser remetidos ao Legislativo para serem submetidos ao voto da maioria de seus membros, a quem caberá avaliar se a decisão deve ser mantida ou derrubada.
Até agora, Lira não se pronunciou sobre o caso da deputada Flordelis. Há dúvidas sobre se o Tribunal de Justiça do Rio poderia, de fato, determinar o afastamento da parlamentar. Motivo: trata-se de instância judicial inferior, embora uma decisão do STF tenha determinado que o foro privilegiado vale apenas para crimes cometidos durante o mandato dos deputados e senadores, se estiverem relacionados à atividade parlamentar. Com essa decisão do STF, várias outras instâncias judiciais começaram a tomar decisões sobre crimes de parlamentares cometidos antes do mandato ou não relacionados ao Legislativo.
Três propostas serão discutidas amanhã: uma PEC, um projeto de lei e um projeto de resolução que altera o regimento interno da Câmara.
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