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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará, nesta terça-feira, 19, de duas confraternizações de fim de ano que, após todas as crises vividas nos últimos tempos, se revestem de um simbolismo especial. O primeiro compromisso será um almoço com a cúpula das Forças Armadas e o segundo, um jantar com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e oficiais-generais promovidos no período de julho a novembro estarão presentes no almoço com Lula, ao lado dos comandantes do Exército, Tomás Paiva; da Marinha, Marcos Olsen; e da Aeronáutica, Marcelo Damasceno. O encontro ocorrerá no Clube da Aeronáutica,aposta 12Brasília.
PublicidadeMúcio disse ao Estadão que termina o ano de 2023 com a certeza de que a relação do Palácio do Planalto com as Forças Armadas está "pacificada". Mesmo assim, o ministro ainda cobra do STF a identificação dos militares envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro, quando foram invadidas as sedes do Planalto, do Congresso e da Corte, para que todos possam ser punidos.
Em depoimento à Polícia Federal, o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o então presidente Jair Bolsonaro tentou convencer a cúpula das Forças Armadas a dar um golpe de Estado, após ser derrotado nas eleições do ano passado. Cid era ajudante de ordens de Bolsonaro e, no âmbito de um acordo de colaboração premiada, disse que seu ex-chefe se reuniu com militares de alta patente, a fim de discutir os termos de uma minuta para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Bolsonaro negou a acusação.
"Não podemos viver sob esse manto de desconfiança. O golpe não interessouaposta 12momento nenhum às Forças Armadas", insistiu o ministro da Defesa.
Múcio também pediu ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que paute o mais rápido possível a chamada "PEC dos Militares". Articulada pelo governo Lula, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) proíbe que oficiais da ativa disputem eleições ou ocupem cargos no primeiro escalão do Executivo. Depois de muitas negociações, a proposta prevê que apenas militares da reserva possam ser ministros ou concorrer a cargos eletivos.
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