apostas em celulares-MST invade Incra de Alagoas e tenta impor nome de simpatizante no lugar de primo de Arthur Lira

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Movimento dos sem-terra afirma que César Lira, superintendente do órgão, é 'bolsonarista raiz'; quatro andares do prédio foram ocupados
10 abr 2023 - 18h42
(atualizado às 19h38)
Foto: Reprodução/Instagram

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Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram nesta segunda-feira, 10, a superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)apostas em celularesMaceió, no Alagoas, para exigir a exoneração do superintendente do órgão, César Lira. Eles alegam que Lira, primo do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), é "bolsonarista raiz" e queremapostas em celularesseu lugar o engenheiro José Ubiratan Rezende Santana, simpatizante do movimento. Os quatro andares do prédio foram ocupados. Os funcionários foram dispensados.

A ação, que faz parte do "Abril Vermelho", jornada nacional do movimento, mobilizou mais de mil militantes organizados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), incluindo outros grupos, como a Frente Nacional de Luta (FNL), Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) e Movimento Terra Livre (MTL), entre outros. "É inaceitável a continuidade de uma gestão bolsonarista. Por que o governo Lula mantém por tanto tempo (mais de cem dias de governo) um superintendente inimigo da reforma agrária e com um histórico de violência junto a lideranças e comunidades?", questiona nota publicada no site do MST.

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Desde a retomada das invasões,apostas em celularesfevereiro deste ano, com a ocupação de três fazendas da Suzano, o movimento vem pressionando o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por mais influênciaapostas em celularesórgãos ligados à questão agrária. Na época, a demora do presidenteapostas em celularespreencher os cargos levou o coordenador nacional do MST, João Paulo Rodrigues, a afirmar que a indefinição acendia "a luz amarela". Passados 100 dias do governo Lula, há superintendências do Incra com cargos de comando vagosapostas em celulares17 estados.

Além da mudançaapostas em celularesAlagoas, o MST quer a troca no comando das superintendências de Santa Catarina, atualmente ocupada por Nilton Tadeu Garcia, e do Amapá, exercida por Fábio da Silva Muniz. Como Lira, eles foram nomeados no governo Temer e mantidos por Bolsonaro. "Desde janeiro buscamos junto ao deputado Paulo Fernandes (PT) e ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, a nomeação do servidor do Incra SR22-AL, José Ubiratan Rezende Santana, como o novo superintendente do Incraapostas em celularesAlagoas", diz a nota.

O texto relata que,apostas em celulares26 de janeiro, enviou nota ao diretório do PTapostas em celularesAlagoas solicitando a "imediata exoneração" de Lira e a nomeação de Ubiratan. Correspondência com o mesmo teor foi enviada no dia 2 de fevereiro ao ministro Teixeira. A pressão continuou: "Diante da morosidade do governo Lula", segundo a nota, novo pedido foi encaminhado ao Incra no dia 29 de março. "Ocupamos e exigimos que o ministro Paulo Teixeira tome as providências administrativas, retome a pauta da reforma agrária, assuma a melhoria das estruturas das áreas reformadas e apoie a produção de alimentos sadios", acrescenta.

Liderança do MST no Estado, Margarida da Silva, a Magal, disse que as ações não se resumem ao Incra de Alagoas. "Estamos abrindo o Abril Vermelho aqui com essa ocupação, mas há pendênciasapostas em celularesoutras superintendências. Não dá para ter bolsonaristaapostas em celularesórgão que cuida da reforma agrária. O governo Lula precisa demonstrar que tem compromisso com os assentados e deve começar nomeando para o lugar do atual superintendente um servidor comprometido com a reforma agrária", disse.

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'Abril vermelho'

Nesta terça-feira, 11, o MST anunciaapostas em celularescoletiva de imprensa,apostas em celularesBrasília, as novas ações do "Abril Vermelho" - a 26.a Jornada Nacional de Lutasapostas em celularesDefesa da Reforma Agrária. As ações lembram a morte de 19 sem-terra pela Polícia Militar no dia 17 de abril de 1996, no sudeste do Pará, no que ficou conhecido como o "Massacre de Eldorado de Carajás". Além do Incra de Alagoas, uma fazenda de cana-de-açúcar foi invadidaapostas em celularesTimbaúba, no estado de Pernambuco. O movimento retomou uma área já ocupadaapostas em celularesItabela, sul da Bahia.

O que diz o governo

O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) informouapostas em celularesnota que todas as nomeações para as superintendências regionais do Incra e para os escritórios estaduais da pasta estão sendo tratadas na Casa Civil da Presidência da República e na Secretaria de Relações Institucionais. "O MDA tem trabalhado pela retomada do programa de reforma agrária no Brasil, paralisado nos últimos anos, e está aberto ao diálogo com toda a sociedade", disse. A pasta informou que se reunirá com lideranças dos movimentos sociais do campo de Alagoas para receber a pauta de reivindicações.


Fontes de referência

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