apostas ufc 268-Prisão de Braga Netto: Veja quem mais já foi preso na investigação da tentativa de golpe
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Investigações da Polícia Federal miram ataques golpistas de 8 de Janeiro e aliados de Bolsonaro; prisões incluem militares, ex-assessores e extremistas
Zeca Ferreira, Rayanderson Guerra e Henrique Sampaio
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Na manhã deste sábado, 14, a Polícia Federal prendeu o general da reserva Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL), sob a acusação de obstrução da Justiça. A prisão está relacionada às investigações sobre uma tentativa de golpe de Estado ocorrida após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República,apostas ufc 2682022.
Desde 2023, a PF conduz duas frentes de investigação sobre o caso. A primeira foca na participação de militantes extremistas, apoiadores e financiadores dos ataques aos prédios dos Três Poderes,apostas ufc 268Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023. A segunda linha de apuração mira políticos e aliados do ex-presidente Bolsonaro. Até o momento, os trabalhos resultaram na prisão de ex-assessores do ex-presidente, além de integrantes das Forças Armadas.
Antes da prisão de tenente-coronel Mauro Cid e de Braga Netto, outro general do Exército, três membros das Forças Especiais - conhecidos como "kids pretos" - e um policial federal foram detidosapostas ufc 268novembro, sob a acusação de planejarem um golpe para impedir a posse de Lula e restringir o funcionamento do Poder Judiciário. A operação que levou a essas prisões recebeu o nome de Operação Contragolpe e revelou o plano Punhal Verde e Amarelo, que previa assassinato do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Confira abaixo as principais operações realizadas pela PF e as prisões efetuadas até o momento:
Presos na Operação Contragolpe
Tentene-coronel do Exército Hélio Ferreira Lima: Ex-comandante da 3ª Companhia de Forças Especiaisapostas ufc 268Manaus, Hélio Ferreira Lima foi destituído deapostas ufc 268posiçãoapostas ufc 268fevereiro de 2024, durante investigações sobre planos antidemocráticos relacionados a Bolsonaro. Quando convocado a depor à PF sobreapostas ufc 268suposta ligação com o golpe de Estado, optou por permanecerapostas ufc 268silêncio. Com formaçãoapostas ufc 268Operações Especiais, é membro do grupo de elite do Exército conhecido como "kids pretos", especializadoapostas ufc 268missões sigilosas de alto risco.
Segundo a PF, Ferreira Lima é integrante de dois núcleos da organização criminosa: desinformação e ataques ao sistema eleitoral e núcleo operacional de apoio às ações golpistas.
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General de brigada reformado do Exército Mário Fernandes: General reformado, Mário Fernandes foi assessor do deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ) e ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência da República no governo de Jair Bolsonaro. Após deixar o governo, assumiu, entre 2023 e o início de 2024, um cargo na liderança do PL na Câmara dos Deputados, lotado como assessor de Pazuello, com um salário de R$ 15,6 mil. Ele foi desligado da funçãoapostas ufc 2684 de março deste ano, após o ministro Alexandre de Moraes determinar seu afastamento das funções públicas.
Quando foi chamado a depor pela PFapostas ufc 26822 de fevereiro de 2024, Mário Fernandes, contudo, optou por ficarapostas ufc 268silêncio, alegando não ter tido acesso ao inteiro teor dos conteúdos a investigação e,apostas ufc 268especial, à delação do tenente-coronel Mauro Cid. Segundo a PF, o general teria promovido ações de planejamento, coordenação e execução de atos antidemocráticos, "inclusive com registros de frequência ao acampamento montado nas adjacências do QG do Exército,apostas ufc 268Brasília, e, até mesmo, de relação direta com manifestantes radicais que atuaram no período pós-eleições de 2022?.
Ele teria sido responsável ainda por elaborar um detalhado planejamento operacional que tinha como objetivo executar o ministro Alexandre de Moraes e os então candidatos eleitos Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin.
Major das Forças Especiais do Exército Rafael Martins de Oliveira: Major das Forças Especiais, Rafael Martins é acusado de negociar com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o financiamento de R$ 100 mil para levar manifestantes a Brasília, como parte de um plano golpista. Em mensagens de novembro de 2022, ele discutiu custos de logística com Cid, incluindo hospedagem e alimentação para grupos vindos do Rio de Janeiro.
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Rafael Martins de Oliveira foi preso pela Polícia Federalapostas ufc 268fevereiro de 2024 durante investigações sobreapostas ufc 268participação na organização de movimentos antidemocráticos. Ele havia sido solto e usava tornozeleira eletrônica. Segundo a apuração, ele teria atuado, com outros militares, no financiamento e direcionamento das manifestações golpistasapostas ufc 268curso naquele momento. O militar ainda teria participado do monitoramento de Alexandre de Moraes,apostas ufc 268Brasília,apostas ufc 268novembro daquele ano.
Major de Infantaria do Exército Rodrigo Bezerra de Azevedo: Considerado um militar altamente qualificado, Rodrigo Bezerra de Azevedo é doutorandoapostas ufc 268Ciências Militares pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme) e possui especializaçõesapostas ufc 268operações de guerra não convencional. Formado pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman)apostas ufc 2682003, já serviu como instrutor no Western Hemisphere Institute for Security Cooperation, nos EUA, e participou de missões no exterior, como na Costa do Marfim. Além disso, comandou a Companhia de Comando do Comando Militar da Amazônia e tem expertise acadêmicaapostas ufc 268terrorismo e relações internacionais. Ele também integra o grupo "kids pretos", treinado para operações estratégicas.
Major de Infantaria, Rodrigo Bezerra servia no Comando de Operações Especiais do Exército. Segundo a PF, o militar era um dos integrantes da organização criminosa mais próximo do major Rafael Martins de Oliveira.
Policial federal Wladimir Matos Soares: Agente da Polícia Federal, Wladimir Matos Soares atuou como auxiliar do núcleo vinculado à tentativa de golpe de Estado. O policial teria fornecido, segundo a PF, informações relativas à segurança do então candidato eleito Luiz Inácio Lula da Silva. O Estadão busca contato com os investigados e seus advogados. O espaço está aberto para manifestações.
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Presos na Operação Tempus Veritatis
Em fevereiro deste ano, a PF já havia deflagrado a Operação Tempus Veritatis, que cumpriu 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro na investigação da suspeita de um golpe de Estado após as eleições de 2022. Entre eles, o major das Forças Especiais do Exército Rafael Martins de Oliveira, já citado.
Coronel do Exército Bernardo Romão Correa Neto: O coronel Bernardo Romão Corrêa Neto foi acusado de integrar um núcleo que incitava outros militares a aderirem a um golpe de Estado. O grupo realizava ataques pessoais contra comandantes que se opunham às investidas contra o Estado Democrático de Direito, de acordo com as investigações.
Corrêa Neto também é apontado pela PF como membro do "núcleo de apoio operacional". Ele seria responsável pela manutenção de acampamentos golpistasapostas ufc 268frente a quartéis-generais do Exército no País. Para manter os protestos, agiaapostas ufc 268interlocução direta com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, do qual era um "homem de confiança", segundo a investigação. O coronel é apontado como o responsável pela articulação dos "Kids Pretos" no planejamento da tentativa de golpe de Estado.
O militar foi presoapostas ufc 26811 de fevereiro deste ano e liberado no dia 8 de marçoapostas ufc 268liberdade provisória, concedida pelo ministro Alexandre de Moraes. A defesa do coronel não se manifestou sobre o caso.
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Ex-assessor especial de Assuntos Internacionais Filipe Garcia Martins: Filipe Garcia Martins foi um dos alvos da Operação Tempus Veritatis, que apura suposta tentativa de golpe de Estado gestada no governo Bolsonaro. O tenente-coronel Mauro Cid citou Martins emapostas ufc 268delação. Afirmou que o então assessor foi o responsável por entregar a Bolsonaro uma minuta golpista, que previa a prisão de autoridades como o ministro Alexandre de Moraes e a anulação do resultado da eleição. Martins nega.
Em agosto deste ano, Moraes acolheu parecer da Procuradoria-Geral da República e mandou soltar Filipe Martins. "Graças a Deus vencemos mais esse obstáculo", disse o advogado Ricardo Fernandes, que defende Martins, ao Estadão à época.
Coronel do Exército Marcelo Câmara: Marcelo Costa Câmara era assessor especial da Presidência e é apontado como integrante do núcleo que alimentava Bolsonaro com informações que o ajudariam a consumar o suposto golpe de Estado. A investigação indica que o ex-assessor é integrante do "núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral", um dos seis para planejar o golpe, segundo a PF.
Em maio deste ano, Câmara teve a liberdade provisória decretada por Moraes. A defesa já tinha solicitado a revogação da prisãoapostas ufc 268fevereiro, mas o pedido foi negado por Moraes. Ao Estadão, o advogado Eduardo Kuntz disse comemorar o que considera uma "vitória parcial". "Assim como se demonstrou a desnecessidade da prisão, vai ficar demonstrada a desnecessidade da permanecia do cliente nessa investigação", afirmou.