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Antes de deixar o Ministério da Cidadania, Osmar Terra (MDB-RS) vinha incomodando o presidente Jair Bolsonaro por usar a imagem da primeira-dama Michelle Bolsonaro para se promover politicamente, segundo avaliação do governo. Bolsonaro via indícios de que Terra, que vai retornar o mandato na Câmara dos Deputados, usava o cargo com fins eleitorais.
O estopim para a demissão, no entanto, foram suspeitas de irregularidades no ministério. No sábado, o Estadão revelou que contratou uma empresa de informática que, segundo a Polícia Federal, foi usada para desviar R$ 50 milhões entre 2016 e 2018.
PublicidadeO ministro vinha se aproximando da primeira-dama. Em abril do ano passado, por exemplo, ele a acompanhouaplicativode apostasvisita oficial a Campina Grande, na Paraíba. Na ocasião, visitou crianças com microcefalia e outras deficiências. Lançadoaplicativode apostas9 de julho de 2019, o Pátria Voluntária - Programa Nacional do Voluntariado, que tem Michelle como presidente do conselho, estava sob coordenação de Terra.
Michelle tem como bandeira a promoção da Linguagem Brasileira dos Sinais (Libras) e também esteve ao lado de Terraaplicativode apostasPará de Minas (MG),aplicativode apostasjulho do ano passado, na abertura da 2ª Surdolimpíadas. Na ocasião, ela anunciou a liberação de verbas para a construção da sede da Confederação Brasileira de Desportos de Surdos (CBDS),aplicativode apostasBrasília.
O Estadão apurou que Terra havia sido alertado para que não repetisse com Michelle o excesso de exposição, como fez com a primeira-dama Marcela Temer. A mulher do ex-presidente Michel Temer coordenava o programa Criança Feliz, subordinado ao antigo Ministério do Desenvolvimento Social, que era comandado por Terra.
No atual governo, o programa de assistência social voltado à infância ganhou o apoio de Michelle. A primeira-dama chegou a participar de eventos do Criança Feliz ao lado do então ministro. A última agenda conjunta ocorreu no dia 7, durante entrega de 237 veículosaplicativode apostasCuritiba, no Paraná.
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