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O deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), relator da denúncia contra o presidente Michel Temer que tramita na Câmara, criticou duramente hoje (13) as manobras da base aliada do governo para derrotar o parecer apresentado por ele na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Em seu relatório, Zveiter apresentou voto favorável ao prosseguimento no Supremo Tribunal Federal (STF) da acusação apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Temer pelo crime de corrupção passiva. Seu parecer deverá passar por votação ainda hoje e, se for derrotado, será substituído por outro com mérito divergente, ou seja, contra a admissibilidade da denúncia.
PublicidadeO relator se manifestou logo após o encerramento dos debates na CCJ,bet 45 comque mais de 90 deputados discursaram com argumentos favoráveis ou contrários ao parecer. Em 20 minutos, destoando da postura mais discreta que vinha adotando até o momento, Zveiter fez declarações de forma enfática e reafirmou seus argumentos a favor da autorização para que a denúncia seja investigada pelo STF. O relator reiterou,bet 45 comboa parte do discurso, que a denúncia da PGR apresenta indícios "seríssimos" contra o presidente e que, por isso, deveria ser investigada para esclarecimento dos fatos à sociedade.
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Troca na CCJO relator criticou a estratégia governista de trocar mais de 20 membros da comissão para garantir a maioria dos votos que possam derrubar o parecer. "A derrota que se afigura hoje aqui é uma derrota que foi montada artificialmente. Uma derrota aqui não vai ser do parecer, vai ser a derrota do povo brasileiro que quer uma política limpa, honesta, correta, que repudia que deputados eleitos livremente pelo voto se submetam as manobras de oferecimento de emendas parlamentares e cargos", declarou.
Zveiter defendeu a autonomia do Poder Legislativo e afirmou que governo não deveria usar dinheiro público,bet 45 comreferência às emendas parlamentares, para comprar o voto dos deputados.
O relator disse ainda que a possível derrota do parecer pela admissibilidade na CCJ, no entanto, pode não se repetir no plenário, onde são necessários pelo menos 342 votos para autorizar ou arquivar a denúncia. "Aqui [ a CCJ] é apenas o começo da discussão da matéria. No plenário da casa, que é soberano, aqueles que foram retirados a força daqui, poderão exercer seu direito de voto", disse.
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