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Conteúdo investigado: Post afirma que a Europa está barrando importações do Brasil provenientes de áreas de desmatamento. O embaixador do Brasil na Europa, Pedro Miguel da Costa e Silva, teria respondido que “os dados de desmatamento estão errados”. A publicação diz ainda que esses mesmos dados eram usados para acusar o governo Bolsonaro de desmatar a Amazônia.
Conclusão do Comprova: Não é verdade que a Europa “está barrando importações do Brasil”. A nova regulamentação de produtos livres de desmatamento será aplicada a partir de 30 de dezembro deste ano. A publicação distorce matéria do Financial Times, publicadanovibet help16 de julho de 2024, que relata o pedido de países como Brasil, Austrália e Colômbia para que o novo regime seja adiado. Os governos alegam que a União Europeia (UE) está utilizando dados imprecisos para identificar áreas desmatadas. Para eles, a decisão pode levar ao banimento injusto de produtos a partir do ano que vem.
O post cita que o governo brasileiro “mandou um: ‘espera, os dados de desmatamento estão errados. Não foi desflorestado tanto assim, muita coisa que era identificado como floresta na verdade não era floresta’”. Esse trecho distorce a fala de Pedro Miguel da Costa e Silva, embaixador do Brasil junto à União Europeia, publicada pelo Financial Times. A declaração do diplomata à UE diz que “o nosso setor privado tem documentado múltiplos casos de plantações de cacau e café, bem como de plantações de árvores cultivadas comercialmente, que são erradamente identificadas como florestas”.
Diferente da fala original, o tuíte desinforma ao sugerir que o embaixador teria minimizado o desmatamento na Amazônia, a fim de contornar a possível proibição dos produtos. O trecho dá a entender que o governo brasileiro decidiu rever os próprios dados, quando, na realidade, contestou o compilado apresentado pela UE, assim como outros países. No caso da Austrália, a reportagem do Financial Times explica que há divergência na definição de área florestada adotada pelo país e pela UE, o que pode ser observadonovibet helpdois mapas sobrepostos.
O tuíte também acusa o governo de usar “esses mesmos dados para afirmar que o governo Bolsonaro estava desmatando toda a Amazônia”. De acordo com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), durante a gestão de Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2022, o desmatamento da Amazônia teve a pior marca já registrada e chegou aos 35.193 km² devastados – área que supera o tamanho de estados como Sergipe e Alagoas. Segundo o Instituto, o primeiro bimestre de 2024 fechou com a menor derrubada da floresta dos últimos seis anos, desde 2018.
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O conflito com a UE giranovibet helptorno da definição do que é considerado área de desmatamento. Os países membros do bloco possuem diferentes critérios para definir essas áreas, o que dificulta a aplicação da lei. A UE adota a definição da Food and Agriculture Organization (FAO), uma agência da ONU que atua no combate à fome. Para ela, desmatamento é “a conversão de florestasnovibet helpoutro uso da terra, independentemente de ser induzida pelo homem ou não”. Estão inclusas as áreas de floresta convertidasnovibet helpagricultura, pastagem, reservatórios de água, mineração e áreas urbanas.
O Regulamento sobre Produtos Livres de Desmatamento da UE (EUDR) visa proibir a importação de produtos produzidos ilegalmente,novibet helpterras desmatadas após 31 de dezembro de 2020 ou que não são rastreáveis. Países como Áustria, Grécia e Finlândia pediram para a UE reconsiderar o cronograma de aplicação da nova regulamentação. Brasil, Austrália e Colômbia se juntaram aos EUA para pedir à UE que adie a legislação. Outros três países, incluindo o Canadá, reclamaram dos mapas de desmatamento adotados.
Para o Comprova, enganoso é todo conteúdo retirado do contexto original e usadonovibet helpoutro de modo que seu significado sofra alterações, que usa dados imprecisos ou que induz a uma interpretação diferente da intenção de seu autor; conteúdo que confunde, com ou sem a intenção deliberada de causar dano.
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O que diz o responsável pela publicação: O Comprova entrounovibet helpcontato com o autor do tuíte através do e-mail, mas não houve retorno até a conclusão deste conteúdo.
Alcance da publicação: O Comprova investiga os conteúdos suspeitos com maior alcance nas redes sociais. Até o dia (19), o post somava mais de 253 mil visualizações e cerca de 7 mil curtidas.
Fontes que consultamos: Procuramos a reportagem original do Financial Times, cujo print aparece no tuíte verificado aqui. Dados da União Europeia foram consultados no site Observatório da UE sobre desflorestação e degradação florestal. Dados do Brasil constamnovibet helpreportagens do Imazon.
Por que o Comprova investigou essa publicação: O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicadosnovibet helpredes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições no âmbito federal e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo WhatsApp +55 11 97045-4984.
* Projeto Comprova é uma iniciativa colaborativa e sem fins lucrativos liderada e mantida pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), que reúne jornalistas de 42 veículos de comunicação brasileiros para descobrir, investigar e desmascarar conteúdos suspeitos sobre políticas públicas, eleições, saúde e mudanças climáticas que foram compartilhadas nas redes sociais.