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À revelia do Executivo, o Senado aprovou um projeto que permite a quebra de patentes de vacinas e medicamentosbola na rede site de apostassituações de emergência de saúde como a do novo coronavírus. Como já havia sido aprovada na Câmara, a proposta seguiu para sanção, e caberá agora ao presidente Jair Bolsonaro dar aval ou vetar o texto.
Relator do projeto, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) admite que um veto presidencial é o cenário mais provável, mas afirma que ele terá grande chance de ser derrubado na Câmara e no Senado, onde o projeto teve apoio expressivo. Inicialmente, o projeto, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), suspendia as obrigações do governo de respeitar as regras de propriedade intelectual da Organização Mundial do Comércio (OMC) durante a pandemia de covid-19. Quando o texto foi protocolado, no início de fevereiro, o Brasil contabilizava 215 mil mortes, e a vacinação havia começado há duas semanas. Até esta quinta-feira, 19, já eram mais de 570 mil vidas perdidas.
PublicidadeTrad, porbola na rede site de apostasvez, trouxe um parecer mais brando, que permitia a quebra de licençasbola na rede site de apostasqualquer situação de emergência de saúde e alterava a Lei de Propriedade Intelectual, conhecida como Lei das Patentes. O texto estabelece garantias sobre o caráter temporário de quebra de patente, protege o titular contra exploração indevida e fixa parâmetros mínimos para remuneração.
A licença para a produção será concedida a empresas com capacidade técnica e econômica comprovada para a fabricação de vacinas e medicamentos. O titular receberá o equivalente a 1,5% sobre o preço líquido de venda do produto associado à patente. Também é possível negociar outros termos com o governo caso o detentor da patente aceite ceder a licença de forma voluntária.
Antes da aprovação do texto, Trad participou de reuniões com as embaixadas da Índia, África do Sul, China e Rússia, além dos Estados Unidos - os únicos que tentaram convencê-lo a não dar andamento à proposta. Também procurou os ministérios da Saúde, Economia, de Relações Exteriores e a Secretaria de Governo para discutir o assunto. Segundo o senador, a maior resistência veio do Itamaraty, e as outras pastas "digeriram" a alternativa proposta pelo senador.
Mesmo assim, a divergência do governo ficou clara na votação do Senado. Foram 61 votos favoráveis ao texto e 13 contrários, entre eles os de Flavio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho 01 do presidente; Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Congresso; e Luiz Carlos Heinze (PP-RS), um dos integrantes da tropa de choque da CPI da Covid. O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), não compareceu à sessão, e nenhum senador orientou a base aliada a votar contrabola na rede site de apostasseu lugar, estratégia para não atrair mais críticas ao governo, cuja atuação no combate à pandemia é questionada.
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