palpites grátis vai de bet-Coronavírus: afinal, dá para pegar covid-19 mais de uma vez? Entenda o que a ciência sabe até agora
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Cinco casos de reinfecção foram confirmadospalpites grátis vai de betuma semana; cientistas já desconfiavam que isso era possível, mas ainda não se sabe como isso afeta chances de vencer a pandemia.
Rafael Barifouse - Da BBC News Brasilpalpites grátis vai de betSão Paulo
A primeira prova veio, há uma semana, de Hong Kong, onde um caso foi confirmado. Outros quatro foram anunciados desde entãopalpites grátis vai de betquatro países diferentes — Bélgica, Estados Unidos, Equador e Holanda.
Não é exatamente uma surpresa que o Sars-Cov-2 infecte uma pessoa de novo. Definitivamente, não é uma boa notícia no âmbito do combate à pandemia (ou para quem acha que está seguro porque já pegou covid-19).
Mas também não é motivo para pânico. Entenda a seguir por quê.
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O que se sabe sobre o paciente de Hong Kong?
Em 24 de agosto, pesquisadores da faculdade de Medicina da Universidade de Hong Kong anunciaram um caso de reinfecção. Foram as primeiras evidências científicas de que isso é possível.
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O paciente, que está na casa dos 30 anos, teve covid-19 quase cinco meses depois da primeira vez, quando ficou duas semanas internado. Agora, ele nem teve sintomas: testou positivo ao fazer um examepalpites grátis vai de betuma triagem de aeroporto.
A análise genética do vírus envolvidos nos dois episódios mostram que eles são de linhagens diferentes, disseram os cientistaspalpites grátis vai de betum artigo publicado no periódico Clinical Infectious Diseases.
"As análises epidemiológicas, clínicas, sorológicas e genômicas confirmaram que o paciente teve reinfecçãopalpites grátis vai de betvez de disseminação viral persistente desde a primeira infecção", afirmaram os autores.
Quais foram os outros casos de reinfecção?
O paciente de Hong Kong não foi o único caso. No dia seguinte, a imprensa holandesa informou que outros dois casos, um na Bélgica e outro na Holanda, haviam sido confirmados.
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O paciente holandês é idoso e tem um sistema imunológico enfraquecido, noticiou a emissora NOS. Não há relatos de que o caso tenha sido grave.
O paciente belga também teve sintomas leves na segunda vezpalpites grátis vai de betque ficou doente,palpites grátis vai de betjunho — a primeira havia sidopalpites grátis vai de betmarço.
O quarto caso foi confirmadopalpites grátis vai de bet29 de agosto no Equador. Um homem de 46 anos teve covid-19palpites grátis vai de betmaio e voltou a ser infectadopalpites grátis vai de betagosto. Os sintomas foram mais intensos desta vez, mas o paciente não chegou a ficarpalpites grátis vai de betestado grave.
Também no dia 29, foi anunciada uma possível reinfecção nos Estados Unidos. Um homem de 25 anos do Estado de Nevada adoeceu de novo um mês depois de se curar da covid-19.
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Na segunda vez, ele teve de hospitalizado e precisou de ajuda para respirar.
O caso foi descritopalpites grátis vai de betum artigo publicado no Social Science Research Network, que ainda não foi revisado por pares, o que significa que seu resultados não foram verificados por outros cientistas.
De acordo com seus autores, testes genéticos confirmam que os episódios foram causados por duas variedades diferentes do novo coronavírus.
"Concluímos que é possível que humanos se infectem múltiplas vezes pelo Sars-Cov-2."
O que significam esses casos de reinfecção?
Já era esperado que uma pessoa pudesse ser infectada pelo coronavírus mais de uma vez.
"Isso é comum com vírus, ainda mais aqueles que causam uma doença aguda (como a covid-19)", diz Fernando Spilki, presidente da Sociedade Brasileira de Virologia.
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É algo que vale especialmente para os vírus respiratórios, como o Sars-Cov-2. "São uma característica desses vírus, que têm uma capacidade maior de sofrer mutações", diz a infectologista Raquel Stucchi, professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O novo coronavírus pode sofrer mutações facilmente. Até agora, há cerca de 500 cepas diferentes, afirma Stucchi. A dúvida é como nosso corpo reage a cada uma delas.
"O que parece é que, se uma pessoa desenvolve imunidade, isso acontece contra uma variedade específica do coronavírus e não contra outras", diz a infectologista.
Isso é um alerta para quem achava que estava a salvo por já ter contraído covid-19 e que poderia relaxar medidas como uso de máscaras e distanciamento social.
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Também vai contra algo que muita gente já ouviu (ou falou) por aí. "Há quem ache melhor se infectar logo para ficar livre do vírus. Infelizmente, essas pessoas podem se reinfectar", diz Spilki.
O que ainda precisamos descobrir?
Os cientistas confirmaram que é possível ter covid-19 mais de uma vez, mas ainda não sabemos muito além disso.
Não podemos dizer, por exemplo, se a reinfecção é comum ou frequente. Há só cinco episódios confirmados no mundo entre mais de 25 milhões de casos de covid-19 até agora.
São necessários mais estudos para entender também qual costuma ser a carga viral do paciente na segunda infecção.
Só assim será possível saber como isso afeta nossas chances de vencer a pandemia com uma vacina ou a imunidade de rebanho.
A quantidade de vírus que temos no corpo influencia na facilidade com que transmitimos a doença. "Se a carga viral for mais alta, é motivo de preocupação", diz Spilki.
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Também ainda não sabemos qual será a proporção de casos graves entre quem pegar covid-19 de novo.
"Por enquanto, não há motivo para alarde. Tivemos só um paciente grave", diz Stucchi.
"O placar está quatro a um a favor dos quadros leves. Mas ainda temos que descobrir o que é mais comum na segunda vezpalpites grátis vai de betque uma pessoa é infectada pelo coronavírus."
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