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Desde 2016, o Operação Maus Caminhos, do Ministério Público Federal (MPF), investiga o mau uso de verbas. Atualmente, dois ex-secretários usam tornozeleira eletrônica e ex-gestores e empresários já foram presos. Atrasosbet favorita appsalários, que já são baixos, número reduzido de médicos e falta de investimentos completam o cenário que culminou com o desastre sanitário pelo qual passa o Estado. "Digo que é uma tragédia anunciada já há muito tempo. Há má gestão e subtração de recursos", afirmou Bernardes Sobrinho.
As investigações de procuradores da República apontam o médico e empresário Mouhamad Moustafa, sócio e administrador da Salvare Serviços Médicos, como chefe de um esquema criminoso que desviou mais de R$ 100 milhõesbet favorita apprecursos públicos. Até o início de março, Moustafa acumulava sete condenações criminais, que somavam 81 anos de cadeia.
PublicidadeNa mesma investigação também apareceram dois ex-secretários de Saúde - Pedro Elias e Wilson Alecrim -, além de funcionários públicos e políticos. Os desvios ocorreram, conforme as apurações, no Instituto Novos Caminhos, organização social que geria unidades de saúde. As fraudes envolveriam pelo menos quatro empresas e contratos superfaturados. O MPF ajuizou dezenas de ações penais e de improbidade administrativa. Na época das denúncias, os acusados alegaram inocência.
A corrupção tornou críticas às condições de trabalho dos profissionais de saúde. Quase 2 mil dos infectados pela doença no Estado - mais de 10% do total - são trabalhadores do setor. Quinze morreram e, desses, cinco eram médicos, afirmou Bernardes Sobrinho. A contaminação massiva teria sido consequência de um erro: pacientes com suspeita da covid-19 não usavam máscaras ao serem atendidos. "Em locais bem estruturados, a mortalidade é pequena. Curitiba tem 1 mil UTIs. A ocupação até recentemente era de 31%", disse.
Segundo o Conselho Regional de Medicina local,bet favorita appjaneiro de 2019, o órgão contava com 5.114 médicos ativos inscritos. Em janeiro de 2020, o número caiu para menos de 4.865. "Tem uma evasão muito grande. Os médicos estão indo embora de Manaus. Por quê? Primeiro, condições de trabalho ruins. Segundo, o governo paga com três, quatro meses de atraso. Eles vão fazer pós-graduaçãobet favorita appSão Paulo e Rio e ficam."
Bernardes Sobrinho disse ainda que a falta de UTIs agrava o problema. "Tem uma Sala Rosa no Hospital e Pronto Socorro 28 de Agostobet favorita appque todos estão esperando por uma vaga na UTI. Só que desses que estão na Sala Rosa, grande parte morre, não chegam lá. Há uma fila de sete, oito esperando lugar", afirmou.
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