telegram vaidebet-Covid-19: Propagação no interior é semelhante ao de capitais

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Cidades-polo, como Ribeirão Preto,telegram vaidebetSão Paulo, e Campina Grande, na Paraíba, podem contribuir para acelerar a interiorização da doença
3 jun 2020 - 10h41
(atualizado às 10h53)

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O potencial de propagação da covid-19telegram vaidebetcidades como Ribeirão Preto, no Estado de São Paulo, Campina Grande, na Paraíba, e Caruaru,telegram vaidebetPernambuco, equivale ao das capitais de alguns Estados do País. Os três municípios são cidades-polo, com grande concentração de indústrias, comércio e serviços, e têm importância estratégica na dinâmica de mobilidade regional, medida pelas fortes conexões que possuem com diversos outros municípiostelegram vaidebettermos de fluxo de pessoas.

Ribeirão Preto tentou flexibilizar o isolamento na Justiça
Ribeirão Preto tentou flexibilizar o isolamento na Justiça
Foto: Fernando Calzzani/PhotoPress / Estadão Conteúdo

Por isso, desempenham um papel central no processo de interiorização de casos de covid-19 no País, aponta um estudo feito por pesquisadores das universidades Federal de Ouro Preto (Ufop) e Estadual Paulista (Unesp), campus de São José dos Campos,telegram vaidebetcolaboração com colegas do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

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Resultado de um Projeto Temático apoiado pela Fapesp, o estudo foi publicado na plataforma medRxiv, ainda sem revisão por pares.

"Essas cidades podem ajudar a acelerar e amplificar a interiorização da epidemia de covid-19 ao servir de atalho para a propagação da doença para diversos outros municípios com os quais têm conexões", diz à Agência Fapesp Leonardo Bacelar Lima Santos, pesquisador do Cemaden.

Para identificar as cidades brasileiras mais vulneráveis à disseminação do SARS-CoV-2, os pesquisadores analisaram a mobilidade entre municípios das regiões Sudeste, Sul, Nordeste e Centro-Oeste, baseadatelegram vaidebetuma abordagem de redes.

As redes de conexão entre municípios foram construídas a partir de dados de mobilidade terrestre obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que fornece informações sobre os fluxos de pessoas entre as cidades por diversos modais.

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As cidades foram representadas nas redes por nós e as conexões entre elas como arestas (segmentos de encontro dos nós). Por meio de ferramentas matemáticas foram medidos o número de municípios aos quais uma cidade está conectada - para avaliar o número de destinos possíveis de novos casos da doença -, a força da conexão,telegram vaidebettermos de fluxo de pessoas, e a centralidade delas na rede.

Os resultados indicaram que cidades como Campina Grande, na Paraíba, Feira de Santana, na Bahia, e Caruaru,telegram vaidebetPernambuco, têm forças de conexão mais altas do que as capitais de alguns Estados do país.

Algumas cidades do Estado de São Paulo, como Ribeirão Preto, Jundiaí, Sorocaba, Piracicaba e Presidente Prudente, também figuraramtelegram vaidebetposições mais altastelegram vaidebettodas as medidas analisadas.

Ao comparar os resultados das medidas com os casos confirmados de covid-19 no Brasil até 1.º de maio, os pesquisadores constataram que a força da conexão é a métrica que apresenta a melhor correspondência com a disseminação da doença no país. As cidades com maior força de conexão também são,telegram vaidebetmédia, as que primeiro registraram casos de infecção pelo SARS-CoV-2.

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"Dados de mobilidade são fundamentais para pesquisastelegram vaidebetdesastres etelegram vaidebetestudos de disseminação de doenças. As pessoas impactadas por um alagamento, por exemplo, não só moram na região alagada, mas também transitam por aquelas áreastelegram vaidebetseus deslocamentos para o trabalho", afirma o pesquisador, que atualmente faz estágio de pesquisa na Humboldt University, na Alemanha, com bolsa da Fapesp.

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Interiorização da doença

Os pesquisadores também conseguiram quantificar o limiar de conexão das cidades que as torna mais suscetíveis a registrar casos de covid-19 no País ou influenciar na disseminação da doença.

No início da pandemia no País,telegram vaidebetmarço, eles observaram que esse limiar era bastante alto - na média, as cidades precisavam ter um alto fluxo de pessoas para registrar casos de covid-19. A partir de meados de abril, o limiar passou a ser menor.

"Essa é uma possível assinatura do processo de interiorização da covid-19 no país. Hoje, cidades que têm menor fluxo de pessoas já correm um risco significativo de registrar casos da doença porque têm conexões com cidades que são polos regionais", avalia Santos.

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Os pesquisadores pretendem analisar futuramente também os dados de mobilidade aérea e fluvial para avaliar a dinâmica de mobilidade entre cidades da região Norte do país, especialmente na Amazônia.

A expectativa é que os resultados do estudo possam apoiar decisões de intervenção na mobilidade entre cidades durante a atual pandemia da covid-19 etelegram vaidebetfuturas epidemias.

"Como, infelizmente, estima-se que poderão ocorrer novas ondas da epidemia no país, os dados do estudo podem ser um recurso para predizer quais cidades têm alta probabilidade de registrar novos casos e orientar ações preventivas", afirma Santos.


Fontes de referência

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