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Os jovens brasileiros não confiam nas informações sobre a covid-19 divulgadas pelo governo federal, segundo levantamento do projeto Youth Vaccine Trust, da Unesco, feitouefa conference league palpites83 países. Diferentemente de outros lugares, no Brasil as pessoas de 18 a 30 anos não apontam a autoridade nacional entre as fontes mais confiáveis de informação na pandemia. Meios de comunicação, ONGs e até a indústria farmacêutica são mais citadas que o governo. Além disso, 87% dos brasileiros dessa idade querem tomar a vacina "o mais rapidamente possível", ante média mundial de 56%.
Em todo o mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Unicef e as autoridades internacionais da área são citadas como as fontes de informação mais confiáveis. Na maioria dos outros países, o governo nacional aparece logo depois ou, pelo menos, entre as cinco fontes mais confiáveis. No Reino Unido, o Ministério da Saúde apareceuefa conference league palpites1º lugar. No Brasil, o governo federal só surge na 7ª colocação.
PublicidadeAinda segundo o levantamento, realizadouefa conference league palpitesjulho, o jovem brasileiro confia mais na vacina (85%) do que a média global (75%). "Essas descobertas podem ser explicadas pela recorrente falta de competência demonstrada pelos líderes políticos do País, que minimizaram a gravidade da covid-19, comparando-a a uma 'gripezinha'' ', sustenta o relatório da pesquisa. "Cientistas e médicos renomados parecem ser as únicas fontes confiáveis de informação no País. Por sorte, diferentes mídias e canais de TV estão constantemente dando voz a eles."
Ao longo da crise sanitária, o presidente Jair Bolsonaro minimizou os riscos do novo coronavírus, comparando a doença a uma "gripezinha" e se manifestou diversas vezes contra o isolamento social, considerada uma das estratégias mais efetivas contra o avanço da transmissão. Ele ainda questionou a segurança das vacinas e espalhou informações falsas, como a suposta eficácia da cloroquina, remédio comprovadamente ineficaz contra a covid.
O relatório diz ainda que outros "importantes atores na luta contra a desinformação sobre a covid e as vacinas são as ONGs e os coletivos de comunicação. Popularizaram a linguagem científica e as campanhas de fact-checking". E conclui: "a combinação desses fatores ajuda a explicar a tendência dos jovens brasileiros de confiar nas vacinas". O levantamento aqui foi conduzidouefa conference league palpitesparceria com o Instituto Vero, de educação e pesquisa. Envolveu mais de quatro mil entrevistados.
"A aceitação dos jovens brasileiros (em relação à vacina) é muito boa. Eles querem se vacinar o mais rápido possível", avalia a coordenadora de educação do Instituto Vero, Beatrice Bonami. "Mas não confiam no governo como fonte de informação; quem quer saber sobre a doença ou a vacinação não vai no portal do Ministério da Saúde, por exemplo. Busca outras fontes. É triste pensar que os canais oficiais de comunicação do governo não estão sendo levadosuefa conference league palpitesconsideração, mas essa é a situação", acrescenta.
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