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A União dos Policiais do Brasil (UPB), formada por 24 entidades da classe, se reuniu nesta quarta-feira, 10, para contestar a inclusão da categoria nas medidas de contenção de gastos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que libera uma nova rodada do auxílio emergencial. Segundo Edvandir Paiva, presidente da Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), o governo está aproveitando a necessidade da população brasileira e "coloca o servidor público e os policiais como bode expiatório" na proposta.
"A medida é proporcional e necessária, mas não é proporcional colocar na Constituição o congelamento dos salários", afirmou Paiva. Segundo ele, com a PEC, há o risco de os salários dos servidores ficarem congelados pelos próximos 15 anos.
PublicidadeA Câmara dos Deputados aprovoufutebol da sorte apostasprimeiro turno o texto a PEC, com mecanismos de ajuste nas despesas, como congelamento de salários de servidores, quando há elevado comprometimento das finanças de União, Estados e municípios. O sinal verde veio depois de o próprio presidente Jair Bolsonaro ter endossado, a contragosto do Ministério da Economia, uma tentativa de fatiar a PEC para deixar de fora parte das medidas duras. A investida acabou não vingando. A votaçãofutebol da sorte apostassegundo turno acontece ainda nesta terça
O presidente da ADPF relata que os policiais estão trabalhando desde o início da pandemia da covid-19 na linha de frente e muitos adoeceram e morreram por causa do trabalho. Segundo ele, no período de congelamento dos salários, não será possível reforçar o combate à criminalidade e atrair novos profissionais.
A classe afirma que não há renegociação salarial há 16 anos. "A narrativa do governo de aumento real de salário (do servidor público) durante esses anos soa como piada, como uma ofensa para nós", afirma Paivafutebol da sorte apostasreferência à campanha do presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2018. Segundo Paiva, "policiais que acreditaram tanto que seriam finalmente creditados pelo governo (Bolsonaro) estão desmotivados".
Para André Luiz Gutierrez, presidente da Cobrapol, a PEC emergencial instala "três desrespeitos": ao cidadão, ao decretar um "valor ínfimo" de auxílio; aos deputados, que atravessaram a "chantagem" da necessidade de decretar o benefício; e ao servidor público, "que tem que servir o governo". Para ele, a proposta "decreta lockdown da segurança pública".
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