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O reforço no uso dos equipamentos de proteção individual e o cuidado redobrado com a higienização constante tornaram-se parte da rotina dos profissionais de saúdecasa de aposta gremiomeio à pandemia, mas para alguns outras novidades foram acrescentadas ao dia a dia: aferição da temperatura, consultas médicas periódicas e preenchimento de um diário sobre o estado de saúde.
Essas são algumas das novas responsabilidades de médicos do Hospital São Paulo, ligado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que participam como voluntários nos testes de uma potencial vacina contra a Covid-19 e que também tiveram de se adaptar ao "novo normal" que a pandemia tem imposto aos hospitais.
"As cirurgias eletivas foram quase todas canceladas. Então a gente está trabalhando com urgências", disse à Reuters o residentecasa de aposta gremiocirurgia pediátrica do Hospital São Paulo Luiz Augusto Rizzo, de 29 anos, um dos 2 mil voluntários que participam do teste com a potencial vacina, desenvolvidacasa de aposta gremioconjunto entre a Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca,casa de aposta gremioSão Paulo.
"Em termos pessoais, é de casa para o hospital, do hospital para casa, não tenho feito mais nada além disso, estou sem ver os meus pais, mas essa parte acho que está igual para todo mundo", afirmou.
Rizzo conta que, como um dos primeiros voluntários a receber a injeção --que pode ser da potencial vacina contra a covid ou de uma imunização similar no modelo de ensaio clínico conhecido como duplo cego-- ele tem de medircasa de aposta gremiotemperatura ao menos uma vez por dia, preencher online um diário sobre seu estado, estar à disposição dos pesquisadores para consultas periódicas e informá-los sobre quaisquer alterações.
Além disso, a pandemia também fez com que tivesse de fazer uma mudança no apartamentocasa de aposta gremioque mora, na zona sul de São Paulo próximo ao hospital, criando um novo ambiente no local.
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"Quando chegocasa de aposta gremiocasa, já tiro a roupa, deixo no cantinho do covid aqui, o tênis também, sapato. E aí já higienizo celular, carteira, tudo com álcool 70, deixo no cantinho um tempinho e vou para o banho. Saindo do banho, vida normal", disse.
A candidata a vacina de Oxford começou a ser testada no Brasil na semana do dia 22 de junho. Além dos 2 mil voluntárioscasa de aposta gremioSão Paulo, onde o ensaio é financiado pela Fundação Lemann, do empresário Jorge Paulo Lemann, também participarão voluntários no Rio de Janeiro, onde os testes serão bancadas pela Rede D'Or de hospitais, ecasa de aposta gremioum local a ser definido na Região Nordeste. Todo o estudo no Brasil será liderado pela Unifesp.
A candidata a vacina já passou pelas Fases 1 e 2 de testescasa de aposta gremioseres humanos --que visam indicar se representam riscos-- e os testescasa de aposta gremioandamento na Unifesp estão na Fase 3 --que busca determinarcasa de aposta gremioeficácia para permitir seu registro junto às autoridades e consequente aplicação na população.
Caso a vacina se mostre eficaz contra a Covid-19, doença na qual o Brasil só fica atrás dos Estadoscasa de aposta gremionúmero de infectados e mortos, o Ministério da Saúde já firmou acordo para que seja produzida localmente.
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ESPERA DE UM ANO
Os voluntários serão acompanhados por um ano, mas resultados preliminares podem sair antes desse prazo e indicar que a vacina é eficiente, como explicoucasa de aposta gremioentrevista recente à Reuters a reitora da Unifesp, Soraya Smaili. [nL1N2E12YL]
Mas, para os profissionais que participaram dos testes, mesmo um resultado antecipado sobre a eficácia da vacina não abreviará a resposta ao que hoje é um mistério: eles tomaram a vacina contra Covid-19 ou receberam a similar?
"Não necessariamente para sair a vacina vai demorar um ano, mas para eu saber se eu fui vacinado para o covid ou não, vou demorar um ano para saber", explicou Rizzo.
Assim como o residentecasa de aposta gremiocirurgia pediátrica, o hematologista Vinicius Molla, 33 anos, ficou sabendo dos testes pelos colegas infectologistas. Molla, que além de trabalhar no Hospital São Paulo atua no Hospital Sírio-Libanês, principalmente na área de transplantes de medula, teve um motivo bastante especial para decidir participar.
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"Primeiro a vontade de ajudar o estudo clínico. Eu faço estudo clínico, sei da dificuldade de conseguir voluntários para participar", contou ele, cuja esposa também é médica e também voluntária no estudo clínico da potencial vacina de Oxford.
"A qualidade do estudo é muito boa. É muito bem desenhado", elogiou Molla, quecasa de aposta gremiobreve deixará temporariamente o setor de hematologia para atuar na enfermaria que atende os pacientes com Covid-19 no Hospital São Paulo.
O fato de a vacina de Oxford --apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a mais avançadacasa de aposta gremioestudo contra a Covid-19 no mundo-- ter se mostrado segura nos testes anteriores também foi um atrativo para participar dos testes e é um indicador de que ela pode ser bem-sucedida, disse o hematologista.
Caso isso aconteça, os voluntários que ficaram no chamado grupo controle, ou seja, não receberam a vacina contra Covid-19, mas uma similar, receberão a vacina contra a doença respiratória causada pelo novo coronavírus.
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Até lá, termômetro na mão, diário preenchido e olho no calendário para não perder o prazo das consultas com os pesquisadores.
"Minha próxima visita é daqui a um mês", conta Molla que, assim como Rizzo, e num provável sinal positivo para o estudo, até agora não apresentou nenhuma reação ou alteração ou sintoma.
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