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A vacina Coronavac chegou nesta terça-feira, 19, à aldeia Umariaçu I, a mais próxima do centro de Tabatinga, no Amazonas, na tríplice fronteira do Brasil com Peru e Colômbia. Foram quase dois dias de viagem até o Território Ticuna, maior etnia indígena do País. As 1.100 doses foram levadasmt esporte betdois aviões: o cargueiro C-130 Hércules e o turbo-hélice C-97 Brasília, ambos da FAB.
As ampolasmt esporte betcaixas de isopor climatizadas passaram, nos porões dessas aeronaves, por Guarulhos, Brasília e Manaus, ao longo da segunda-feira. A expectativa era grande, mas o cacique da comunidade, Dikicinei Ticuna, não apareceu para recebê-las. Nem ele nem uma parcela dos ticunas. A desinformação também chegou à aldeia, agora desconfiada pelos "efeitos colaterais" falsos da vacina.
PublicidadeA campanha do Exército de levar as ampolas a uma região isolada da Amazônia enfrentou os efeitos do discurso antivacina propagado especialmente pelo Palácio do Planalto. "Até agora ele não apareceu aqui, né? Então ele ainda está com pensamento duvidoso", disse o técnico de enfermagem Tarcis Marques Mendes, de 34 anos, sobre a ausência do cacique. "Meu povo ticuna aqui estámt esporte betpânico, porque falaram que a vacina mata, que quem toma vai ficar doido na hora. Uma pessoa que fale um boato ou mentira, eles acreditam".
Terceiro indígena aldeado a receber a vacina contra o novo coronavírus na região do Alto Solimões, Marques afirmou que o cacique rechaçou apelos para conversar e tranquilizar a comunidade. O chefe da tribo ecoou o discurso do Planalto de que a vacinação não poderia ser obrigatória. "Ele estava esperando chegar a vacina, achava bom, mas depois falou que estava com dúvida de tomar. Disse que quem quiser toma, mas quem não quiser não pode (ser obrigado a) tomar", contou o técnico de enfermagem.
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Redes sociaisA desinformação circula nas aldeias por meios digitais e físicos. São as redes sociais, como Facebook, e aplicativos como WhatAspp, usados pelos indígenasmt esporte betlan houses ou no celular. Isso quando conseguem conexão ao intermitente sinal das operadoras de telefonia. Até as unidades militares da região sofrem com a precariedade do sinal.
O cacique usou uma forma mais rudimentar de comunicação nas aldeias, um sistema de rádio com alto-falantes espalhados entre as casas e ocas, apelidado de "boca de ferro". A recado dele afastou indígenas da Coronavac.
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