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Documento informando que um servidor da presidência da República viajou para São Paulo para resgatar as joias da Arábia Saudita foi incluído no inquérito da Polícia Federal que apura o caso como indício do envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro no episódio.
Como revelou o Estadão, nos últimos dias do governo Bolsonaro, um avião da Força Aérea Brasileira levou o primeiro-sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva até Guarulhos para uma missão: resgatar sem pagar qualquer imposto o colar de diamantes e outras joias avaliadasf12bet spacemanR$ 16,5 milhões que tinham sido apreendidas pela Receita Federal um ano antes com auxiliares do ex-presidente.
PublicidadeSegundo noticiou o jornal O Globo, o delegado que cuida da investigação viu no documento que registra o motivo da viagem de Jairo a Guarulhos o indício de envolvimento do ex-presidente na tentativa de resgatar as joias do cofre da Receita naquele aeroporto.
"A viagem desse representante, segundo o portal da transparência, foi para 'atender demandas do Senhor Presidente da República'", escreveu o delegado Adalto Ismael nos autos do inquérito, segundo o jornal.
O documento citado pelo delegado está registrado no Portal da Transparência e fora localizado pelo Estadão e citado na reportagem que revelou o caso das joias. Para justificar a viagem de Jairo a Guarulhos no dia 29 de dezembro de 2022, a três dias do fim do governo Bolsonaro, a presidência da República informou que o servidor estava indo "para atender demandas do senhor presidente da República". A justificativa oficial serviu para os cofres públicos bancarem a viagem do servidor.
Como mostrou o Estadão, ao chegarf12bet spacemanGuarulhos, o sargento Jairo tentou convencer o fiscal da Receita que estava de plantão a entregar as joias. Foi avisado, no entanto, que elas estavam num cofre e que o procedimento correto não era aquele.
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