robo palpites de futebol-Novo Ensino Médio: 'O jovem quer uma experiência antenada com suas vocações', defende Priscila Cruz

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Presidente do Todos Pela Educação explica por que, apesar da necessidade de 'melhoras substanciais', revogar o modelo proposto não seria o melhor caminho para alunos e professores
5 abr 2023 - 05h11
(atualizado às 07h48)
Reforma aumentou a proporção de carga horária flexível no ensino médio
Reforma aumentou a proporção de carga horária flexível no ensino médio
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

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Especialistarobo palpites de futeboleducação pública e presidente do Todos Pela Educação, Priscila Cruz diz que o Brasil precisa "mudar a forma como enxerga política educacional" e lidar com os problemas apontados no modelo do Novo Ensino Médio. Contrária à revogação da proposta como um todo, ela diz que é hora de "parar a bola no campo, reorganizar o jogo e depois continuar".

"Quando a gente analisa as experiências que dão certo no exterior, nunca vemos o modelo anterior que tinha no Brasil, com 12 disciplinas esmagadasrobo palpites de futebolquatro horas", afirma Priscila. Apesar de defender "a essência" do Novo Ensino Médio, ela diz que a proposta atual precisa de "melhoras substanciais"robo palpites de futebolquatro pontos fundamentais, dentre eles a remuneração e o plano de carreira dos professores, para que eles sejam exclusivos de uma única escola e criem vínculos com aquela comunidade.

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O Estadão ouviu dois especialistas sobre o tema. Doutorrobo palpites de futebolCiências pela USP e professor da UFABC, Fernando Cássio acredita que o modelo proposto do Novo Ensino Médio "não tem salvação". Já para Priscila, ajustes são necessários. Veja abaixo a entrevista com ela.

Quais foram os principais erros e dificuldades na implementação do novo modelo?

São quatro pontos principais. O primeiro é retirar o teto de 1.800 horas para formação geral básica. A lei coloca esse limite, mas se estamos falando da base, a solidez dela é importante e fundamental para o aprofundamentorobo palpites de futeboláreas.

O segundo ponto é justamente os itinerários. Do jeito que a abertura da legislação deixou, essa oferta tende ao infinito. Temos visto uma dispersão muito grande de ofertas. Precisamos definir muito mais para alinhar como isso entrarobo palpites de futebollivros didáticos, como é avaliado pelo Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica), pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e até a formação de professores.

Terceiro, precisamos retirar a possibilidade de até 20% da carga total ser feita por ensino à distância. Isso é uma falha da legislação com a qual nunca concordamos e que, agora, ficou muito mais forte, porque passamos pela pandemia que mostrou como o EAD não funcionou. É muito importante o espaço escolar, a convivência com alunos e professores.

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Por fim, precisamos reforçar a educação integral dos alunos e dos professores. Parte da dificuldade que professores têm com o Novo Ensino Médio é ter que aumentar o número de escolas que precisam atender. Precisamos levar a sério a grande experiência internacional, que mostra que a grande virada na educação acontece quando o professor é "daquela escola",robo palpites de futeboltempo integral, e não trabalhandorobo palpites de futebolmais de uma. Essa realidade de que o professor no Brasil precisa ir para várias escolas é ruim para eles e para os alunos.

Quais são os maiores méritos do modelo proposto?

A essência do Novo Ensino Médio a gente defende desde 2012. Precisamos ampliar o seu alcance e fazer com que ela chegue nos alunos, com uma formação geral básica sólida e a possibilidade de dar aos estudantes aprofundamentorobo palpites de futeboldeterminadas áreas.

Do jeito que está, a gente não pode dar o nome de Novo Ensino Médio, porque tem chegado de forma incompleta e insuficiente nas escolas. Por isso também somos contra revogar, porque é voltar a uma discussão que já tínhamos superado. O ensino médio antigo era fordista, como linha de produção. O jovem hoje quer uma experiência mais antenada com as suas vocações, nem que seja apenas para experimentá-las.

Acho muito importante construir o verdadeiro Novo Ensino Médio junto com os governos estaduais, que deveriam ser os principais parceiros do Ministério da Educação. São eles os responsáveis pela implementação e gestão, qualquer mudança ou alinhamento precisa ser feito com eles.

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Um passo importante seria o MEC chamar os governadores para uma conversa sobre ensino médio. Claro, tem que ouvir professores e alunos, tendo uma escuta ampla. Eles precisam ter espaço para relatar os problemas que vivem nas escolas e, assim, termos um diagnóstico preciso. Esse governo, com a bandeira da reconstrução, precisa reconstruir essas pontes com os governos estaduais.


Fontes de referência

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