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O Ministério Público Eleitoral de São Paulo vai apurar as suspeitas de irregularidades envolvendo cerca de cinco mil candidaturas femininaszebet ownertodo o País. Os indícios foram apontadoszebet ownerlevantamento, publicado no Estadão, feito pela equipe dos deputados Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES) e do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) no Congresso. O estudo se baseouzebet ownercaracterísticas comuns a candidaturas lançadas para fraudar o processo eleitoral.
"Nos termos do art. 77 da LC nº 75/1993 (lei complementar 75, de 1993, que trata sobre a organização e as atribuições do Ministério Público da União), oriento V. Exa. a promover a apuração desses fatos, eventualmente mediante prévio PPE (procedimento preparatório eleitoral), visando à propositura de ações eleitorais típicas, com ou sem a requisição de inquérito policial, consoante se vos afigure adequado, ou necessário", escreveu o procurador regional eleitoral Sérgio Monteiro Medeiros.
PublicidadeNo documento, endereçado à Promotoria Eleitoral do Estado de São Paulo, Medeiros diz que a reportagem do Estadão demonstra que as "candidaturas laranja" "continuam a ser um fenômeno, lamentavelmente, presente entre nós". O procurador também informa no ofício que tentará obter o estudo feito pela equipe dos parlamentares para subsidiar no "enfrentamento da questão".
Desde 2009, os partidos são obrigados a ter ao menos três mulheres para cada sete homens concorrendo às eleições. Além disso, a partir de 2018, as siglas precisam destinar, no mínimo, 30% do que recebem do fundo eleitoral - dinheiro público usado para bancar as campanhas - às candidatas. Quem não cumpre essa regra pode ter suas contas rejeitadas e ser obrigado a devolver todos os recursos, além de ver suspensos repasses de verba pela Justiça Eleitoral.
Para chegar ao número de 5 mil potenciais "laranjas" nestas eleições, a equipe do gabinete compartilhado dos parlamentares usou inteligência artificial para cruzar registros eleitorais de 2004 para cá e os comparou com as informações prestadas pelas candidatas neste ano, entre outros dados.
Ao todo, o levantamento considerou 35 aspectos que indicam a possibilidade de uma candidata ser "laranja", como ausência de declaração de renda, escolaridade baixa, nenhum gasto de campanha declarado e baixo número de mulheres filiadas ao partido na cidadezebet ownerque ela disputa.
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