aposta grátis 5 reais-“Vai enchendo e derramando igual copo de chope”, diz passageiro de ônibusaposta grátis 5 reaisSP

aposta grátis 5 reais

O tempo médio de deslocamento no transporte público na capital paulista chegou a 2h47, com aumentoaposta grátis 5 reaisrelação ao ano passado
3 out 2024 - 05h03
(atualizadoaposta grátis 5 reais15/10/2024 às 14h28)

aposta grátis 5 reais de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar

A praça Marcos Santos Silva fica na Cohab Raposo Tavares, extremo oeste de São Paulo. A cidade de Osasco e o Rodoanel Mario Covas são vizinhos. Às cinco horas da manhã, cerca de cem pessoas se dividemaposta grátis 5 reaisfilas das linhas que vão para a Lapa, Terminal Princesa Isabel e Barra Funda. Galos ainda cantam, mas o clima não é nada bucólico.

Tatiane Pedroso na praça da Cohab Raposo Tavares. Número de pessoas que utilizam transporte público aumentou de 45%,aposta grátis 5 reais2021, para 61% neste ano.
Tatiane Pedroso na praça da Cohab Raposo Tavares. Número de pessoas que utilizam transporte público aumentou de 45%,aposta grátis 5 reais2021, para 61% neste ano.
Foto: Marcos Zibordi
  • • Esta é a segunda matéria da série de reportagem Votos Invisíveis, que dá voz aos eleitores paulistanos que vivem longe dos grandes centros e sem acesso a direitos básicos, como saneamento, educação de qualidade e transporte. 

Vemos caras fechadas, de quem acordou cedo e vai enfrentar uma longa viagem, que sai lotada. Nem todas as pessoas que embarcam conseguem sentar, embora tenham chegado cedo para evitar a viagemaposta grátis 5 reaispé.

Publicidade

Alguns ônibus dão uma volta no bairro Santa Maria, de Osasco, e passam novamente pela praça, ainda mais cheios. "Vai igual sardinhaaposta grátis 5 reaislata, você não vê nem o motorista", diz Pedro Alcântara Nunes dos Santos, segurança.

O tempo de espera nos ônibus e terminais vem aumentando. Na zona oeste é de 21 minutos, segundo pesquisa publicadaaposta grátis 5 reaisagosto pela Rede Nossa São Paulo. O tempo médio de deslocamento aumentou 20 minutos na região, enquanto diminuiu 42 na zona leste.

Tatiane Pedroso, 38 anos, tem que embarcar até 6h30 para conseguir chegar no trabalho às 8 horas. “Ninguém vem aqui ver, mas tem que falar. O ônibus que eu pego para a Lapa não tem ar-condicionado. Falei para o motorista, vai ter gente se matando”, diz a passageira.

Embarcando para a Barra Funda

Pela manhã, 32 ônibus saem da praça na Cohab Raposo Tavares. São veículos para 37 pessoas sentadas. A placa informa que cabe mais genteaposta grátis 5 reaispé, 39. Serão muitos mais, conforme constatou a reportagem, que embarcou às 6h20 na linha que leva ao terminal Barra Funda (778J-41).

Publicidade

Ivanilda Soares da Costa, 51 anos, costureira, consegue sentar. “Eu chegava sempre antes no trabalho, agora só chegoaposta grátis 5 reaiscima da hora”. No terceiro ponto, não cabe mais ninguém, nemaposta grátis 5 reaispé.

A costureira utiliza os ônibus que saem da Cohab Raposo há mais de 30 anos. Ela observa que “vai todo mundo calado. Ninguém reclama mais, o povo está anestesiado”.

Segundo a pesquisa da Rede Nossa São Paulo, na zona oeste o principal problema apontado por 42% dos usuários é a baixa frequência de ônibus. Outros 17% reclamam da pontualidade e,aposta grátis 5 reaisterceiro lugar, estão as reclamações sobre a lotação, com 15%.

Principais problemas no transporte de ônibusaposta grátis 5 reaiscada região de São Paulo. Em 2024, cresceu o percentual de pessoas que esperam de 15 a 30 minutos e de 30 a 45 minutos.
Foto: Pesquisa Viveraposta grátis 5 reaisSP 2024: Mobilidade Urbana

Meia hora na rodovia Raposo Tavares

O ônibus leva vinte minutos para chegar à rodovia Raposo Tavares e encontrar mais um problema, o trânsito. A costureira desembarca pela frente, impossível atravessar o ônibus. Só na parte da frente, antes da catraca, dezesseis pessoas se esprememaposta grátis 5 reaispé.

Publicidade
Ivanilda Soares da Costa, costureira. Os principais problemas relatados pelos usuários são pouca frequência dos ônibus (27%), lotação (24%) e pontualidade (16%).
Foto: Marcos Zibordi

Rejane Maria da Conceição Silva, diarista, senta no lugar da costureira que desembarcou. Ela vem de Cotia e está pegando seu segundo ônibus. Vai levar mais de três horas para chegar ao trabalho, o mesmo tempo para voltar.

“Pego ônibus desde os quatorze anos de idade. Cada dia, vai piorando”, diz a diarista. Ela acorda às quatro da manhã. “Queria que tivesse mais ônibus articulado, cabe mais gente e tem ar-condicionado”. São 7 horas e o relógio da rodovia informa 26 graus de temperatura. Entram duas mulheres, pedem para abrir a janela.

Uma delas é Maria Clenilda de Souza, que traz, dormindo, a filha de cinco anos. Ela mostra o condomínio que está sendo construído do outro lado da Raposo Tavares, onde viverão seis mil pessoas, que precisarão de ônibus.

Segundo a pesquisa da Rede Nossa São Paulo, o ônibus municipal é o meio de transporte usado com maior frequência pela população paulistana, e vem aumentando. Quase todos os usuários são das classes D e E.

Publicidade

Será que vão colocar mais ônibus? Porque na volta é pior, isso quando não tem jogo no Morumbi, aí fica impossível -- Maria Clenilda de Souza, diarista

Linha transporta mais de 5 mil pessoas diariamente

O tempo de deslocamento aumentou para os moradores do Centro (+ 13min) e das zonas Sul (+ 22min) e Oeste (+ 14min); e caiu nas zonas Leste (- 21min) e Norte (- 15min).
Foto: Marcos Zibordi

Com todo mundo espremido, é inevitável: quem está ao redor, acaba participando da reportagem. É difícil mover os braços para anotar. Mas ouvimos relatos de brigas, roubos, assédio. Ao que parece, os cobradores e, principalmente, os motoristas, são peças-chave no agravamento ou na resolução de conflitos.

Os funcionários podem ter boa vontade de girar a catraca e abrir a porta da frente, facilitando o desembarque. Podem interviraposta grátis 5 reaisbrigas ou assédios, pedir para cederem lugar a idosos e gestantes. Também podem manter a porta fechada, não se envolveraposta grátis 5 reaisproblemas e,aposta grátis 5 reaisalguns casos, passar sem parar nos pontos.

Solange Lopes de Oliveira conta que, dias atrás, pediu para alguém seguraraposta grátis 5 reaisbolsa, gesto comum no transporte público de São Paulo. Quando saiu do ônibus, percebeu que seu Bilhete Único havia sido roubado. “Só não roubou o celular porque não ando com ele no ônibus”, explica.

Segundo o último dado disponível na SPTrans, esta linha transportou 5.271 pessoas no dia 9 de agosto. A empresa responsável, Transppass, foi contactada por telefone e e-mail, mas não respondeu à reportagem.

Publicidade

No metrô Butantã descem passageiros, mas sobem outros

À direita, Solange Lopes de Oliveira e Maria Clenilda de Souza. Vizinhas, pegam o ônibus juntas. À esquerda, Rejane Maria da Conceição Silva.
Foto: Marcos Zibordi

Às 7h25, o ônibus chega ao metrô Butantã. Muita gente desce, parece que vai aliviar, mas outros passageiros embarcam. Diminui a lotação, mas todos os assentos estão ocupados e ainda tem genteaposta grátis 5 reaispé.

Enquanto o ônibus atravessa o bairro de Pinheiros, pergunto à diarista Maria Clenilda de Souza se, fora do horário de pico, a viagem é mais rápida. “Que nada, menino, tem um monte de caminhão descarregando carga no corredor de ônibus da rua Teodoro Sampaio, tem muito comércio”.

Foto: Pesquisa Viveraposta grátis 5 reaisSP 2024: Mobilidade Urbana

Ela faz uma reclamação que ouvimos de várias pessoas: depois da pandemia, o transporte piorou. Reclamam que linhas retiradas não voltaram. Sua filha ainda dorme. Maria a deixará na creche, pegará outro ônibus para chegar ao trabalho e, no final tarde, perderá mais tempo no caminho de volta. “Se eu for falar tudo, saio daqui presa”, brinca.

A concessionária Transppass foi notificada pela SPTrans sobre a operação das linhas citadas nesta reportagem. Houve descumprimento de partidas nas últimas duas semanas. A SPTrans diz também que irá intensificar o acompanhamento presencial da operação.

Publicidade

Região da Barra Funda

Na chegada ao terminal Barra Funda, quase duas horas após a saída, e com mais de 30 graus de temperatura, ainda tem gente que dorme.
Foto: Marcos Zibordi

Chegando perto do terminal Barra Funda, o termômetro marca 30 graus. Mesmo no calor, vários passageiros dormem. Acordaram cedo e aproveitam o tempo de viagem para completar o sono.

Estamos passando perto do estádio Allianz Parque. Quem está acordado diz que,aposta grátis 5 reaisdias de jogos e shows, o trânsito atrasa ainda mais a viagem de volta para casa. Segundo relatos, show é pior do que jogo. Citam as apresentações de RBD e Shakira.

Às 18h12, o ônibus chega ao terminal Barra Funda. Sem ar-condicionado e com o ventilador do motorista quebrado, o termômetro do relógio de trânsito marca 32 graus. A viagem demorou 110 minutos, quase duas horas.

Faço a última pergunta à diarista e à babá com quem viemos conversando: quem for eleito para a Prefeitura de São Paulo pode melhorar a situação do transporte de ônibus? Elas não acreditam. A babá só vota porqueaposta grátis 5 reaisfilha mora no exterior e ela precisa da documentaçãoaposta grátis 5 reaisdia para tirar passaporte.

Publicidade

Conta que seu marido “não vota de jeito nenhum”. A diarista Maria Clenilda de Souza vota, mas por obrigação, para não ter que ir ao cartório regularizar o título eleitoral. “Teria que ir de ônibus”, ironiza.

Fonte: Visão do Corre

Fontes de referência

  1. app bet7
  2. como funciona o casa de apostas
  3. o site esporte da sorte é confiável

Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se