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Em entrevista ao O Globo, Iolanda Rodrigues disse que trabalhou por 30 anos com o médico, e que ele nunca atuou na clínica citada no documento publicado por Marçal. José Roberto já faleceu, e a ex-funcionária mostrou que a assinatura do patrão era diferente da que consta no suposto laudo, assim como o registro no CRM não é o mesmo.
O suposto laudo compartilhado por Marçal diz que Boulos foi encaminhado para a emergência psiquiátrica de uma clínicasabetesporte2021, indicando que o deputado teria testado positivo para cocaína durante o episódio. Boulos disse que o documento é falso, e que pediria a prisão de Marçal e do proprietário da clínica por falsificação.
Segundo a ex-secretária do médico, a assinatura que aparece na imagem não é dele.
"Ele sempre falava: 'Faço a assinatura desse jeito, porque nunca ninguém vai conseguir falsificar'. Quando vi aquela assinatura (no laudo), isso veio na minha cabeça e decidi zelar pelo nome dele", contou Iolanda Rodrigues ao OGlobo.
José Roberto era hematologista e patologista, e morreusabetesporte2022, vítima de câncer. Iolanda afirmou que seu patrão por mais de três décadas nunca trabalhou na clínica Mais Consultas, cujo nome consta no suposto laudo.
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Entenda o caso
Pablo Marçal (PRTB) publicou na noite desta sexta-feira, 4, um suposto prontuário médico da clínica Mais Consultas, que dizia que Guilherme Castro Boulos teria sido atendido na unidade do Jabaquara,sabetesporteSão Paulo, com um quadro de surto psicótico. Ainda segundo o suposto documento, um acompanhante teria levado um exame toxicológico que apontava a presença de cocaína no sangue do deputado.
O RG que aparece no prontuário é incorreto, e há um número a mais. O médico que assina o suposto prontuário, José Roberto de Souza, já morreu e não tem especialidade cadastrada no site do Conselho Federal de Medicina.
Em nota à Folha de S.Paulo, a campanha de Boulos disse que o documento publicado por Pablo Marçal é "falso e criminoso".
"Ele responderá e arcará com as consequênciassabetesportetodas as instâncias da Justiça – eleitoral, cível e criminal", disse a equipe do candidato. "Marçal mostra mais uma vez ser um criminoso recorrente, que usa de mentiras absurdas para atacar a honra e a reputação e tentar promover uma manipulação sem precedentes no processo eleitoral", completa.
Na ação apresentada à Justiça Eleitoral às 3h51 deste sábado, os advogados de Boulos afirmaram que o documento publicado por Marçal é falso e uma "invenção criminosa". A petição é assinada pelos advogados Francisco Prado Filho e Danilo de Morais.
As informações são do Estadão, quenão conseguiu contato com o acusado. Segundo a publicação, não houve retornosabetesportenenhum dos telefones celulares ou fixos do réus. Em um deles, a ligação foi atendida, mas a pessoa permaneceu muda mesmo após a reportagem se identificar.
Durante o processo, a defesa do acusado sustentou que o réu foi representado por advogado "não constituído" e no mérito, pediu a absolvição do acusado, que fora denunciado com base nos artigos 297 (falsificação de documento público) e 304 (uso de documento falso)) do Código Penal.
Para o juiz do caso: "a materialidade do delito restou comprovada por meio do requerimento de inscrição do réu no CRM, do uso do diploma falso de graduação de medicina".
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Em função de tudo o que foi exposto, o acusado foi condenado a 2 anos e 4 meses de prisãosabetesporteregime semiaberto. A sentença do juiz Adel Americo Dias de Oliveira é de 23 de agosto de 2023.