apostas em equipes online-Suspeito de coagir funcionárias para filmar voto com celular no sutiã diz que 'era brincadeira'

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Segundo Ministério Público do Trabalho, empresário também disseapostas em equipes onlineáudios para empregadores demitirem quem não votarapostas em equipes onlineBolsonaro
19 out 2022 - 22h01
(atualizado às 22h56)
Adelar Eloi Lutz afirma que tudo que disse foi "uma brincadeira" e que nunca demitiu nenhum funcionário por conta de voto.
Adelar Eloi Lutz afirma que tudo que disse foi "uma brincadeira" e que nunca demitiu nenhum funcionário por conta de voto.
Foto: Reprodução/Instagram: @adelareloi

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O empresário Adelar Eloi Lutz está sendo investigado pelo Ministério Público do Trabalho da Bahia (MPT-BA) por suposto assédio eleitoral, após ter ditoapostas em equipes onlineáudios que orientou funcionárias a colocar “o celular no sutiã” para filmar o voto na urna e comprovar que votaram conformeapostasapostas em equipes onlineequipes onlineimposição. Ele afirmou nesta quarta-feira, 19, que tudo que disse foi uma "brincadeira" e que "nunca pressionou nenhum funcionário"apostas em equipes onlinerelação à escolha de voto. 

Adelar trabalha no setor do agronegócio da região oeste da Bahia. O Ministério Público do Trabalho passou a investigá-lo por suposto assédio eleitoral através de inquérito instaurado na segunda-feira, 17, e deu dois dias para manifestação da defesa do ruralista. Também foi expedida recomendação para que ele imediatamente se abstenha de manter ou reiterar as práticas ilegais.

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Segundo o MPT, o empresário é apontado como autor de áudio compartilhadoapostas em equipes onlineredes sociais no qual convoca empregadores a “pôr para fora” quem não votarapostas em equipes onlineJair Bolsonaro (PL), prática que é ilegal. Nas mensagens, ele também orienta funcionárias a colocar “o celular no sutiã” para filmar o voto na urna eletrônica e comprovar, posteriormente, que votaram seguindoapostasapostas em equipes onlineequipes onlineorientação. 

No áudio que circulaapostas em equipes onlineaplicativos de mensagem, o empresário diz: "Tinham cinco [funcionários que não concordavam], dois voltaram atrás. Das outras dez que estavam ajudando na rua, todos tiveram que provar, filmaram na eleições. Se vira, entrem com o celular no sutiã, que seja, vai filmar, se não, rua". Em seguida, afirma que demitiu quem não acatouapostasapostas em equipes onlineequipes onlineimposição. "Filmaram e provaram que votaram. Duas não queriam e estão para fora, hoje já estão falando ‘eu vou votar no Bolsonaro agora’. Então vota, primeiro prova que nós contratamos de novo”, acrescentou. 

'Tom de brincadeira'

Após a repercussão do caso, ele postou vídeosapostas em equipes onlineseu perfil no Instagram, nesta quarta-feira, falando sobre o ocorrido e alegou que as mensagens foramapostas em equipes online"tom de brincadeira" com amigos. O empresário gravou o vídeo com uma bandeira do Brasil - estendida atrás dele - com a foto de Bolsonaro estampada no centro. "Esses dias, brincando com o pessoal, mandei [esse áudio] para várias pessoas, mas não sei como foi pararapostas em equipes onlineoutros lugares. Jamais ia fazer isso [demitir alguém]", afirmou.

"Veja a outra eleição, eu tinha oito funcionários contínuos na fazenda. Só dois falaram que iriam pensarapostas em equipes onlinevotar [em Bolsonaro], os outros seis não e usavam até [adesivos] colados na cama, na moto deles, do partido adversário [PT]. E a gente brincava, sem problema nenhum. Não tirei um funcionário, não prejudiquei nenhum. Eu tenho gente que trabalha aqui e a família toda é PT e coloquei pra fora? Botei não. Só disse que tem que analisar [em quem vota], mas sem pressão nenhuma", acrescentou. 

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De acordo com o MPT, a procuradora Carolina Ribeiro, que atua no caso, encaminhou ofício ao Ministério Público eleitoral com o relato dos fatos para que a instituição possa também adotar as medidas cabíveis. "Apesar de ter que ser concedido o prazo, o MPT já prepara modelo de termo de ajuste de conduta a ser apresentado ao autor das declarações ilegais para que seja negociado logo na primeira audiência", informou o órgão.

Casos na Bahia

Segundo o MPT, este é o segundo caso com provas que o órgão investiga nestas eleições no Oeste Baiano, região conhecida pela forte atividade de produção de commodities agrícolas e que concentra grandes propriedades rurais e alta produção de grãos.

Outros seis casos também estão sob análise do órgão, que contabiliza, somente na Bahia, nove denúncias de assédio eleitoral. No País, esse número atingiu nesta terça-feira a marca de 419 casos, quase o dobro do registrado na última eleição presidencial (212 casos).

Fonte: Redação Terra

Fontes de referência

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