baixar app brabet-O homem condenado por venda de bebês reveladabaixar app brabetinvestigação da BBC

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Uma investigação sobre a venda de bebês conseguiu levar à Justiça dois funcionários de um hospital no Quênia, que receberam condenações.
7 set 2023 - 14h52
Fred Leparan (à esquerda) foi condenado após tentar vender um bebê a uma jornalista disfarçada da BBC
Fred Leparan (à esquerda) foi condenado após tentar vender um bebê a uma jornalista disfarçada da BBC
Foto: BRIAN INGANGA/ BBC / BBC News Brasil

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Um funcionário de um hospital no Quênia flagrado pela BBC tentando vender um bebê foi condenado por tráfico de crianças.

Fred Leparan, que trabalhava no hospital Mama Lucy Kibaki, na capital Nairóbi, foi filmado recebendo US$ 2.050 (R$ 10,2 mil) por um bebê que estava sob tutela do hospital.

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O homem havia sido presobaixar app brabet2020 após uma reportagem do BBC Africa Eye, programa investigativo do serviço africano da BBC.

Leparan foi acusado junto com outra funcionária do hospital, Selina Awour, de roubo de crianças. Awour foi condenada por três acusações de negligência infantil, mas absolvida por tráfico de crianças.

Os dois receberão a sentençabaixar app brabet26 de setembro.

Uma repórter da BBC Africa Eye contatou Leparan se passando por um potencial comprador depois de ouvir de uma fonte que o assistente social estava envolvido no tráfico ilegal de crianças no hospital administrado pelo governo.

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Ambas as partes concordarambaixar app brabetrealizar uma reunião. A jornalista disfarçada disse que ela e o marido estavam com dificuldadesbaixar app brabetengravidar. Leparan fez apenas algumas perguntas superficiais antes de concordarbaixar app brabetvender o bebê.

No diabaixar app brabetque a criança deveria ser transferida do hospital para um lar infantil administrado pelo governo, junto com outras duas crianças, Leparan foi filmado falsificando a documentação da transferência informando que o lar aguardasse duas criançasbaixar app brabetvez de três.

A equipe da BBC garantiu que as três crianças fossem levadas diretamente ao orfanato e reuniu provas de que Leparan havia alterado a documentação.

Selina Awour, que também trabalhava no hospital, foi condenada por negligência infantil
Foto: BRIAN INGANGA/ BBC / BBC News Brasil

Apesar das provas contra ele, o caso se arrastou por mais de dois anos. Leparan conseguiu contratar um dos melhores advogados do Quênia, mas o seu depoimento durante o julgamento foi considerado inconsistente e evasivo.

Ele reconheceu que aparecia nas imagens gravadas pela jornalista, mas deu a entender que a voz ouvida no vídeo pertencia a outra pessoa — mesmo com indicações de que a voz era sua. Posteriormente, ele admitiu que alguns trechos da conversa eram de fato seus.

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Leparan alegou ainda que não reconhecia várias partes do hospital onde trabalhou durante três anos, apesar de terem sido mostradas ao tribunal imagens suas organizando secretamente o roubo e a transferência do bebê.

Um antigo funcionário disse à BBC Africa Eye, sob condição de anonimato, ter conhecimento de 12 crianças que desapareceram num período de apenas dois meses do mesmo hospital.

"Há muitas pessoas corruptas. Assim que lhes pagamos uma pequena quantiabaixar app brabetdinheiro, elas ficambaixar app brabetsilêncio e nunca falam", disse ele, referindo-se aos subornos dados aos funcionários.

Milhares de outros casos

A compra de crianças roubadas é um problema sério no Quênia. O fenômeno é impulsionado pelo estigma culturalbaixar app brabettorno da infertilidade e da adoção, e também pela dificuldade burocrática para adotar crianças.

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A fraude hospitalar operada por Leparan representa apenas um aspecto deste problema complexo. O BBC Africa Eye filmou traficantes organizando a compra e venda de bebêsbaixar app brabetclínicas ilegais, bem como o roubo e venda de bebês de mães vulneráveis que vivem nas ruas da cidade.

Mary Auma — que dirigia uma clínica onde mães vulneráveis davam à luz e vendiam seus bebês — desapareceu após ser filmada pela equipe da BBC.

Após uma investigação mais aprofundadabaixar app brabetNairóbi, não foi encontrado nenhum sinal de Auma — e abaixar app brabetclínica foi fechada.

Masbaixar app brabetNairóbi bebês e crianças continuam sendo sequestrados.

Perto da escadaria da clínica agora fechada, uma mulher se aproximou da equipe segurando um panfleto com a foto debaixar app brabetneta de 5 anos, Chelsea Akinye.

Rosemary procurabaixar app brabetneta de 5 anos, Chelsea.
Foto: BRIAN INGANGA/ BBC / BBC News Brasil

A criança foi sequestrada há um ano e seis dias, dissebaixar app brabetavó Rosemary, que disse ter procurado Chelsea sem parar desde então, distribuindo panfletosbaixar app brabetseu bairro ebaixar app brabetoutros lugares.

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Ele descreveu a menor como uma menina feliz e com um futuro promissor.

"Quando ela voltava da escola, ela pedia a alguém próximo para ajudá-la com o dever de casa antes de sair para brincar", disse Rosemary.

Tal como outros pais ou avós que foram submetidos à provação de ter um filho sequestrado, Rosemary por vezes anseia por um fim do seu ciclo do sofrimento.

"Imagino que alguém a abandonoubaixar app brabetalgum lugar, ou que a mataram e a deixarambaixar app brabetalgum lugar. E que vou enterrá-la, e meu coração se parte", disse ela.

O que as autoridades estão fazendo?

Há poucas estatísticas confiáveis sobre a extensão do tráfico de crianças no Quênia. Segundo a secretária do Gabinete do Trabalho e Proteção Social, Florence Bore, entre julho de 2022 e maio de 2023, foi relatado o desaparecimento de 6.841 crianças. Apenas 1.296 regressaram às suas famílias.

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Mueni Mutisya, da unidade especializadabaixar app brabettráfico de crianças da Direção de Investigações Criminais, disse à BBC que a unidade recebe atualmente,baixar app brabetmédia, cerca de cinco novos casos de sequestro de crianças por semana. A maioria afeta famílias de baixa renda, disse Mueni.

“Emma” ajudou a expor uma mulher que roubava bebês de mulheres na rua
Foto: BBC News Brasil

No dia seguinte à publicação da investigação inicial da BBCbaixar app brabet2020, o então Ministro do Trabalho e Proteção Social do Quênia, Simon Chelugui, prometeu medidas governamentais duras para combater o comércio de crianças.

No ano passado entrarambaixar app brabetvigor novas leis que reforçaram a proteção das crianças no país, mas segundo Mueni ainda há muito a fazer. Ele pede a criação de leis que exijam que o públicobaixar app brabetgeral denuncie suspeitas de que uma criança possa ter sido abusada ou raptada.

"O objetivo comum é proteger as crianças", disse ele.

A instituição de caridade Missing Child Kenya opera uma linha direta gratuita para as pessoas denunciarem sequestros.

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"Em Nairóbi, ainda recebemos muitos casos nos bairros mais pobres", diz Maryana Munyendo, diretora da instituição.

Abaixar app brabetlinha direta recebe uma média de três denúncias de crianças desaparecidas por dia.

* Com colaboração de Peter Murimi.

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Fontes de referência

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