pix da hora casa de aposta-Quais países apoiam e quais condenam a resposta militar de Israel aos ataques do Hamas

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O prolongamento da guerra contra o Hamas, e especialmente o aumento do número de vítimas civis, está afetando o apoio internacional que Israel recebeu após os ataques de 7 de Outubro.
6 nov 2023 - 18h42
(atualizado às 20h24)
O presidente dos EUA, Joe Biden, foi firme no seu apoio ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu
O presidente dos EUA, Joe Biden, foi firme no seu apoio ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

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O cenário internacional está mais uma vez abalado por um conflito armado.

Quase dois anos após o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, o mundo está há um mês divididopix da hora casa de apostaoutro conflito, de Israel contra o Hamas, depois dos ataques do grupo islâmico no território israelensepix da hora casa de aposta7 de outubro, que deixaram 1.400 mortos, segundo o governo israelense, e mais de 240 pessoas sequestradas.

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À medida que bombardeios e ataques israelenses na Faixa de Gaza se ampliam e o número de vítimas civis cresce - já são mais de 10 mil, segundo autoridades palestinas -,pix da hora casa de apostadiferentes partes do globo algumas nuances começaram a aparecerpix da hora casa de apostarelação às posições assumidas no início do conflito, que consistiam principalmente na condenação dos atos do Hamas e no apoio a Israel.

Isso é o que revelam decisões tomadas no fim de outubro e início de novembro por governos de vários países.

A Bolívia rompeu relações diplomáticas com Israelpix da hora casa de aposta31 de outubro ao criticar a "ofensiva militar agressiva e desproporcional" contra Gaza, tornando-se assim o primeiro país a fazer isso.

A Colômbia e o Chile, porpix da hora casa de apostavez, convocaram os seus embaixadorespix da hora casa de apostaIsrael para consultas devido ao "massacre do povo palestino" e às "violações inaceitáveis do Direito Internacional Humanitário que ocorreram na Faixa de Gaza".

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Dois países muçulmanos - Jordânia e Bahrein - também retiraram os seus embaixadores de Israel.

Entretanto, vozes que pedem um cessar-fogo ou uma pausa nos bombardeios por razões humanitárias começam a ser ouvidaspix da hora casa de apostapaíses que são aliados tradicionais do governo israelense, à medida que se espalham protestos de cidadãos sobre a situação desesperada vivida pelos habitantes de Gaza.

Washington enviou dois porta-aviões dapix da hora casa de apostafrota à costa de Israel para proteger o seu aliado
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Fortes aliados de Israel

"Os EUA estão com o povo de Israel, nunca deixaremos de apoiá-los (…) O apoio do meu governo à segurança de Israel é sólido como uma rocha e inabalável."

Com estas palavras, após os ataques de 7 de outubro, o presidente dos EUA, Joe Biden, confirmou o lugar da superpotência como principal aliado político, econômico e militar de Israel.

Desde os ataques do Hamas, a Casa Branca tem demonstrado apoio inabalável ao governo de Benjamin Netanyahu. Primeiro, o secretário de Estado, Antony Blinken, visitou Israel e, mais tarde, o próprio Biden fez uma visita.

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Além disso, Washington enviou dois porta-aviões dapix da hora casa de apostafrota à costa de Israel para proteger o seu aliado no Oriente Médio.

O presidente americano - que tem resistido a pedir um cessar-fogopix da hora casa de apostaGaza - pressiona o Congresso do seu país para aprovar um pacote de ajuda de mais de US$ 14 bilhões para a defesa militar de Israel.

Para Mariano Aguirre, membro associado do think tank de política externa Chatham House, no Reino Unido, o apoio dos EUA é "fundamental" para a segurança de Israel.

Em segundo lugar na lista dos aliados de Israel, Aguirre coloca o Reino Unido e alguns membros da União Europeia (UE), como a Alemanha, França ou Itália, e países do leste da Europa, como a Hungria ou a República Checa.

"A UE apoia Israel sem nuances sobre o Hamas, mas não sobre os palestinos (…) Apix da hora casa de apostaposição não é tão definida como a dos EUA", diz Alfredo Rodríguez Gómez, diretor do mestradopix da hora casa de apostaSegurança Internacional da Universidad Internacional de La Rioja, na Espanha, à BBC News Mundo, serviçopix da hora casa de apostaespanhol da BBC.

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Rodríguez refere-se ao fato de países europeus considerarem o Hamas uma organização terrorista, mas defender o direito do povo palestino a ter o seu próprio Estado.

Imagens de vítimas civis deixadas pela ofensiva militar de Israelpix da hora casa de apostaGaza chocam a opinião públicapix da hora casa de apostamuitos países
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Aguirre diz que o apoio de dois países europeus está condicionado pela exigência de que Israel realize as suas operações contra o Hamas dentro do respeito ao Direito Internacional Humanitário, ou seja, que "a população civil não seja atacada".

Isso explicaria as mudançaspix da hora casa de apostapaíses como a Espanha, cujo presidente, Pedro Sánchez, passou de condenar os ataques do Hamas e reafirmar os direitos de Israel a defender-se "dentro do Direito Internacional" para pedir um cessar-fogo urgente e expressar dúvidas sobre a legalidade das ações militares israelenses.

Entretanto, no Reino Unido, o primeiro-ministro Rishi Sunak e membros do seu gabinete têm sido firmes napix da hora casa de apostadefesa de Israel e dapix da hora casa de apostacampanha militarpix da hora casa de apostaGaza.

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Na verdade, o deputado conservador Paul Bristow perdeu o cargo no governo por pedir a Sunak que apoiasse um cessar-fogo por razões humanitárias.

À medida que a campanha militar israelense avança e o número de mortespix da hora casa de apostaGaza aumenta, líderes europeus e americanos começam a introduzir nuances nas suas posições, como demonstra o fato de Biden ter pedido a Israel uma "pausa"pix da hora casa de apostasuas açõespix da hora casa de apostaoperaçõespix da hora casa de apostaGaza para facilitar a entrega de ajuda aos civis.

Edifícios destruídospix da hora casa de apostaGaza após ataque de Israel
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Com os palestinos, mas não com o Hamas

"A causa palestina tem muito apoio internacional. Isto foi vistopix da hora casa de aposta2012, quando a Assembleia Geral da ONU aceitou a Palestina como Estado observador", diz Aguirre, que afirma que este apoio não inclui o Hamas ou outros grupos, como a Jihad Islâmica.

Porpix da hora casa de apostavez, Rodríguez Gómez afirma que entre os principais aliados dos palestinos estão "os países muçulmanos, mesmo aqueles que assinaram os Acordos de Abrahampix da hora casa de aposta2020 e estabeleceram relações com Israel [Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Bahrein e Sudão]".

Por isso, a decisão da Jordânia e do Bahrein de retirarem os seus embaixadores de Israel é considerada significativa.

A Jordânia normalizou as relações com Israel com a assinatura de um acordo de pazpix da hora casa de aposta1994, enquanto o Estado do Golfo Pérsico o fezpix da hora casa de aposta2020 com os acordos promovidos pelos EUA.

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Os países muçulmanos manifestaram o seu apoio nas Nações Unidas a um cessar-fogopix da hora casa de apostaGaza epix da hora casa de apostalocais como o Egito, o Líbano e Marrocos têm havido manifestaçõespix da hora casa de apostaapoio aos palestinos.

O regime teocrático iraniano é considerado o principal apoiador do Hamas, mas não é o único
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

E quem está com o Hamas?

O principal aliado do Hamas é o Irã, de onde o grupo recebe recursos financeiros, armas e formação para seus membros, segundo autoridades israelenses e ocidentais.

Ter o apoio do regime dos aiatolás significa, segundo os especialistas, ter também o apoio de países como o Iraque ou a Síria, que estão na órbita de Teerã.

Mas não só o Irã está por trás do Hamas - o Catar também. O Estado do Golfo é considerado outro dos principais apoiadores do ponto de vista financeiro e diplomático do grupo palestino.

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"O principal líder do Hamas (Ismail Haniyeh) estápix da hora casa de apostaDoha, embora o Catar seja aliado dos EUA", lembra Aguirre.

Um caso peculiar é o da Turquia. Apesar do seu país ser membro da Otan, o presidente, Recep Tayip Erdogan, disse que "o Hamas não é um grupo terrorista", mas sim "um grupo de libertadores", e acusou Israel de cometer crimes de guerrapix da hora casa de apostaGaza.

Embora a China e a Rússia estejampix da hora casa de apostadesacordo com os EUA, as suas posições no atual conflito no Médio Oriente estão mais guiadas pelos seus interesses estratégicos
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Rússia e China

A posição de outras duas potências nucleares nesta questão é guiada pelas suas rivalidades e interesses econômicos.

"O caso da Rússia é peculiar, poispix da hora casa de apostaposição responde ao seu confronto geoestratégico com os Estados Unidos", afirma Ignacio Gutiérrez de Terán, professor de Estudos Árabes e Islâmicos da Universidade Autônoma de Madri (Espanha), que lembra que Moscou não condenou o ataque do Hamas, mas culpou Washington pelo conflito.

Rodríguez Gómez falapix da hora casa de apostatermos semelhantes, assegurando que "o ataque do Hamas é muito bom para a Rússia, porque serve para dispersar as forças dos Estados Unidos e da Europa, e desviar a atenção do que faz na Ucrânia".

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"Se a Rússia tivesse que ser colocada num equilíbrio entre o Ocidente e o Hamas, estaria mais próxima do Hamas", afirma o especialista.

O governo de Netanyahu recentemente convocou o embaixador russopix da hora casa de apostaIsraelpix da hora casa de apostaprotesto contra a presença de líderes da organização islâmica na capital russa.

Quanto à China, Rodríguez Gómez afirma que se trata de um caso "diferente".

"A China precisa de um mundo estável. Os grandes projetos econômicos precisam de estabilidade e a China quer levar a cabo o seu grande projeto da Rota da Seda e uma desestabilização como a da Ucrânia ja basta", explica.

O presidente boliviano, Luis Arce, rompeu relações com Israel
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

A posição dos países da América Latina

Assim que ocorreram os ataques do Hamas, a maioria dos governos da América Latina expressaram solidariedade a Israel. Isto ocorreu apesar das simpatias que muitos deles têm pela causa palestina.

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Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Luis Lacalle Pou (Uruguai), Gabriel Boric (Chile), Nayib Bukele (El Salvador), Luis Abinader (República Dominicana) e Alberto Fernández (Argentina) condenaram veementemente a morte e o sequestro de israelenses civis. Bolívia, Costa Rica e Honduras, por meio de seus ministérios das Relações Exteriores, também condenaram o ocorrido.

O México, porpix da hora casa de apostavez, optou pela equidistância. Por um lado, o seu presidente, Andrés Manuel López Obrador, afirmou no dia 9 de outubro que o seu país "não tomava partido" e que "mais do que condenações, era necessária uma solução pacífica".

Por outro lado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros repudiou os fatos e afirmou que Israel tinha "direito à legítima defesa".

Os governos da Venezuela, Cuba e Nicarágua, por outro lado, atribuíram os ataques do Hamas à ocupação israelense dos territórios palestinos.

À medida que aumenta o número de vítimas civispix da hora casa de apostaGaza, alguns líderes da região endureceram seus discursos.

No fim de outubro, Lula chamou os ataques do Hamas de "terrorismo" e "ato de loucura" e a reação de Israel de "insana".

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"Não é porque o Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel que Israel tem que matar milhões de inocentes", disse ele.

Lula também destacou que o conflito deixa crianças, mulheres e idosos como vítimas.

"Não é possível tanta irracionalidade, tanta insanidade, que as pessoas façam uma guerra tendopix da hora casa de apostaconta de que as pessoas que estão morrendo são mulheres, são pessoas idosas, são crianças que não estão tendo sequer o direito de viver", disse o presidente brasileiro.

Outros países foram mais longe, como demonstram as decisões tomadas nos últimos dias de outubro por Bolívia, Colômbia e Chile, cujos líderes expressaram repetidamente o seu descontentamento com a resposta de Israel aos ataques dos quais foi vítima.

O presidente colombiano, Gustavo Petro, foi quem se mostrou mais duro desde o início com Israel epix da hora casa de apostaofensiva contra Gaza, o que levou o governo Netanyahu a acusá-lo de ser "hostil" e "antissemita" e a anunciar a suspensão de certas exportações israelenses para o país da América do Sul.

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Protesto pró-Palestina no México
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Nas Nações Unidas, as posições críticas dos governos latino-americanospix da hora casa de apostarelação à resposta de Israel também foram claras.

No fim de outubro, uma resolução não vinculante que pedia ao exército de Israel para cessar os seus ataques a Gaza por "razões humanitárias" foi apoiada por 120 países, 20 deles latino-americanos e caribenhos.

"Israel venceu a guerra de forma dramática e dura na opinião pública no início, mas essa simpatia inicial tem se deteriorado devido ao tipo de retaliação que tem aplicado (…) E é possível que perca apoiopix da hora casa de apostaalguns países do sul", diz Mariano Aguirre.

A opinião é compartilhada pelo professor da Escola de Estudos Internacionais da Universidade Central da Venezuela (UCV), Carlos Romero.

"Na medidapix da hora casa de apostaque Israel aplica uma solução militar ao problema de Gaza, na mesma medida alguns governospix da hora casa de apostatodo o mundo, incluindo os da América Latina e do Caribe, exercerão ações diplomáticas, e poderá surgir uma crise entre Israel e a região", diz.

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Fontes de referência

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