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"Bom dia, boa tarde e boa noite, onde quer que você esteja". Com serenidade e um sorriso sutil no rosto, é assim que Tedros Adhanom Ghebreyesus, o líder da Organização Mundial da Saúde (OMS), começa todas as suas entrevistas transmitidas virtualmente desde que a crise do coronavírus irrompeu, chegou a mais de 170 países e colocoucaçaniquelconfinamento um terço da humanidade.
Etíope de 55 anos, ele é conhecido como Dr. Tedros, apesar de não ser médico. É formadocaçaniquelbiologia, fez mestradocaçaniquelimunologia de doenças infecciosas da Universidade de Londres e concluiu doutoradocaçaniquelsaúde comunitária na Universidade de Nottingham, também no Reino Unido. Tedros nasceucaçaniquelAsmarra, hoje capital da Eritreia, país que antes da independência,caçaniquel1991, era parte da Etiópia.
PublicidadeTedros Adhanom é o primeiro africano eleito para chefiar a agência de saúde criadacaçaniquel1948. Na época,caçaniquelmarço de 2017, ele teve votos do governo brasileiro e dos países emergentes. Foram 133 apoios para seu mandato de cinco anos. O etíope prometeu mais atenção e recursos para paísescaçaniqueldesenvolvimento e fez da chamada "cobertura universal de saúde" acaçaniquelprioridade. O termo se refere a sistemas que atendam todos os cidadãos do país, como o caso do SUS, no Brasil.
A perda de um irmão mais novo, aos 7 anos de idade, o marcou profundamente. Tedros costuma lembrar suas origens humildes e diz que não pode aceitar que "as pessoas morram porque são pobres". Ele costuma dizer que para metade do planeta, o acesso à saúde ou a tratamentos significam empobrecimento, devido aos custos elevados.
"Existe um valor realcaçaniqueleleger um líder que trabalhoucaçaniquelum dos ambientes mais difíceis e trazer um ângulo que o mundo nunca viu antes", dissecaçaniquelseu discurso após ter sido eleito. Antes de assumir a chefia da OMS, foi ministro das Relações Exteriores da Etiópia - de 2012 a 2016 - e ministro da Saúde entre 2005 e 2012. Integrando o governo do segundo país mais populoso do continente africano, com 105 milhões de habitantes, foi alvo de críticas e elogios.
Opositores afirmaram que ele teria trabalhado para encobrir três epidemias de cólera na Etiópia. Tedros sempre negou essas acusações, que vieram à tona durante a campanha para o comando da OMS. Críticos também lembram que ele trabalhou para um governo autoritário que desrespeita os direitos humanos. No dia decaçaniqueleleição, cerca de 200 manifestantes foram à frente da OMS,caçaniquelGenebra, na Suíça, protestar. Ele ressalta que durante seu mandato foram criados 3.500 centros de saúde no país e que a mortalidade infantil foi reduzidacaçaniqueldois terços.
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