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Após mais uma assembleia, realizada na tarde deste sábado (29), alunos do Colégio Estadual do Paraná (CEP) voltaram atrás da decisão de desocupar a escola e optaram por permanecer no prédio. Já quase no início da madrugada de hoje, os adolescentes e jovens tinham convocado a imprensa para anunciar que deixariam o estabelecimento, rejeitando um acordo costurado no Ministério Público (MP-PR) na véspera, pois ele desrespeitava a "horizontalidade do movimento". A expectativa inicial, que acabou não se confirmando, era de que eles saíssem até as 16h30, horáriosport copinhaque vencia a primeira liminar de reintegração de posse.
O grupo de aproximadamente 25 secundaristas, do CEP e de outras instituições, fez o novo anúncio por meio de um jogral, na porta da escola. "Nós, estudantes, gostaríamos de informar que continuamos ocupando e resistindo. Ontem não aceitamos negociar com a arma da reintegração apontada para o movimento. Hoje indicamos para todas as escolas do Paraná e do Brasil que se mantenham e resistam; e ocupem suas escolas e ruas", disseram. Os meninos e meninas marcaram uma reunião com representantes de colégios da região metropolitana para segunda-feira (31), a partir das 10 horas, no CEP, com o objetivo de discutir estratégias de fortalecimento das ocupações.
PublicidadeNa tarde de sexta-feira, durante encontro na sede do MP-PR, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) aceitou adiar a reintegração no Estadual por dez dias,sport copinhatroca da desocupação das outras 24 escolas da capital paranaense com pedidos expedidos pela Justiça. Estavam presentes estudantes e membros da Defensoria Pública. Uma das ideias ventiladas era de que neste período os demais estudantes migrassem para o CEP, fazendo do colégio uma espécie de fortaleza da resistência.
Mais tarde, contudo, os próprios alunos do CEP disseram que a proposta ofendia o protagonismo dos outros estabelecimentos de ensino. “Não podemos concordarsport copinhamanter a nossa ocupaçãosport copinhadetrimento das de nossos companheiros”, afirmaram. Os jovens preferem não divulgar os nomes de quem se pronuncia, tanto para se preservar como porque dizem que as decisões tomada são coletivas.
Maior colégio do Estado, com mais de cinco mil estudantes, o CEP está tomado desde o dia 7 de outubro. Logo após o término da coletiva de ontem, representantes da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR) receberam uma cópia da ata e se comprometeram a levá-la ao plantão judiciário na mesma hora. Além deles, estavam na escola conselheiros tutelares e alguns pais que apoiam a “Primavera Secundarista”.
"Estávamos acompanhando para que prevalecesse o diálogo e para que não houvesse força policial nem nada. Agora eles vão permanecer e o Conselho Tutelar exigiu que apresentem novas autorizações dos pais, não apenas dizendo que estão na ocupação, como também que estão desrespeitando uma ordem judicial", contou o presidente da comissão, Alexandre Salomão. Segundo ele, muitos familiares não estão permitindo mais e alguns jovens já deixaram o colégio. "Não se sabe qual vai ser o saldo", completou. A comissão continuará acompanhando a situação, para garantir a integridade física dos adolescentes.
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