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As oportunidades de desenvolvimento econômico da Amazônia não vão se concretizar enquanto o desmatamento não for reduzido drasticamente - zerado, no médio prazo - e os problemas fundiários não forem resolvidos, segundo os pesquisadores Beto Veríssimo e Juliano Assunção, co-coordenadores do projeto Amazônia 2030. As políticas públicas para promover esse desenvolvimento, porém, precisam ser pensadas de forma distinta para os diferentes territórios da região, que hoje é responsável por apenas 8% do PIB brasileiro, mas por quase metade das emissões de carbono do País.
Segundo os pesquisadores, bons investidores e boas empresas não vão investir na Amazônia que se tem hoje - desmatada e sem regularização fundiária - porque o risco reputacional é muito grande. "Em grande parte, o desmatamento é uma atividade ilegal associada ao roubo de terras. É difícil para uma empresa que tenha estrutura de governança e compliance exigente se associar à região. A falta de controle do desmatamento gera uma consequência econômica, além do custo social e ambiental", disse Assunção,caca níqueis liberadoevento realizadocaca níqueis liberadoparceria com o Estadão para lançamento do livro "Amazônia 2030 - Bases para o desenvolvimento sustentável".
PublicidadeA boa notícia é que o País sabe como reduzir o desmatamento. Entre 2004 e 2012, o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) diminuiu o desmatamentocaca níqueis liberado80%, lembrou Veríssimo. Agora, o Brasil conta com novas ferramentas, como satélites mais baratos, para fazer um trabalho semelhante. "Podemos fazer o que fizemos no passado, mas com uma agenda de desenvolvimento mais estruturada", disse Veríssimo, que também é fundador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Por outro lado, há novos desafios, como índices maiores de violência na região e a chegada do crime organizado - um cenário que demandará políticas públicas inovadoras
No debate promovido pelo Estadão, os pesquisadores destacaram que o simples fato de o governo Lula se mostrar comprometido com a defesa da Amazônia pode ajudar a reduzir o desmatamento. Isso porque a expectativa que os desmatadores têmcaca níqueis liberadorelação à punição pode impulsionar - ou não - a grilagem, de acordo com Assunção. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados na quinta-feira, 9, já indicaram que a área desmatada na Amazônia entre agosto de 2022 e julho de 2023 foi 22,3% menor que a dos 12 meses anteriores.
Além de iniciativas que reduzam o desmatamento, o governo também precisa adotar políticas que sejam pensadas para cada região amazônica. Em zonas que já foram desmatadas, por exemplo, é preciso regularização fundiária. São áreas ocupadas há décadas -caca níqueis liberadogrande parte por incentivo do governo -,caca níqueis liberadoque empresários não têm os títulos adequados de propriedade de terra para operar seus negócios corretamente, o que gera insegurança.
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