casino online colombia de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
No caminho que leva à Reserva Natural Cape Point, perto da Cidade do Cabo, na África do Sul, as pessoas precisam enfrentar diariamente uma gangue que costuma abordar os carros que passam por ali.
Os indivíduos são conhecidos tanto por arrombarem os veículos de vezcasino online colombiaquando, quanto pelo seu potente mau hálito. Trata-se de babuínos.
Esses animais passaram a viver entre as pessoas com um entusiasmo surpreendente. Dentro da cidade, grupos de primatas saqueadores aprenderam a pilhar latas de lixo e até a invadir casas,casino online colombiabusca de comida.
Eles se tornaram tão frequentes que já existe um telefone de emergência exclusivo sobre babuínos, que funciona 24 horas por dia. Os moradores podem usar o serviço para relatar ataques e preocupações com o bem-estar dos primatas.
É claro que os babuínos não são a única espécie silvestre atraída pela expansão urbana.
Em todo o planeta, os habitantes originais das áreas que hoje formam as cidades reocuparam seu território e aprenderam a sobreviver ao lado de milhões de pessoas.
Publicidade
A seguir, conheça algumas das espécies que vêm causando extraordinárias transformações nas cidades humanas.
Raposas
Todas as noites, assim que escurececasino online colombiacidades de toda a Europa, raposas-vermelhas saem dos seus esconderijos e começam a andar pelas ruas.
Às vezes, elas passeiam confiantes pela cidade e se misturam com os pedestres humanos. E, de vezcasino online colombiaquando, é possível distinguir uma cauda felpuda saindo de um cesto de lixo.
As raposas são animais onívoros adaptáveis. Elas suplementamcasino online colombiaalimentação silvestre, composta de pequenas frutas e insetos, com pombos recém-caçados e restos encontrados no lixo.
Existem pelo menos 10 tipos diferentes de raposas "verdadeiras" espalhados pelo planeta. Elas variam desde a estranha raposa-do-deserto, com suas orelhas de morcego, até a carismática raposa-tibetana.
Publicidade
Esses animais vivem entre as pessoas há milênios. Em 1991, foram encontrados ossos antigos de um indivíduo na Argentina - e pesquisas recentes revelaram que ele pode ter sido um animal de estimação.
Hojecasino online colombiadia, as raposas estão se proliferando nas áreas urbanas. Sócasino online colombiaLondres, são 18 animais por quilômetro quadrado. Elas também são encontradascasino online colombiacidades americanas, principalmente no norte e no leste do país.
Coiotes
Os coiotes se tornaram onipresentescasino online colombiacidades americanas nas últimas décadas.
Esses caninos são animais oportunistas - eles comem o que estiver disponível, como ratos, coelhos, sapos, lagartos e restos de alimentos dos cestos de lixo das pessoas.
Em 2022, um estudo analisou a alimentação dos coiotes de Nova York e concluiu que eles consomem grandes mamíferos, como cervos e guaxinins, além de alimentos humanos como carne de frango, vaca e porco.
Publicidade
Sua alimentação flexível fez com que eles se adaptassem a viver nas cidades. Mas os cientistas alertam que o consumo de alimentos encontrados no lixo pelos coiotes pode representar risco para os seres humanos.
Os coiotes urbanos costumam ser portadores de mais parasitas e seus microbiomas podem não ser saudáveis - uma característica que já foi relacionada ao seu comportamento agressivo.
Gaivotas
Muitos passeioscasino online colombiacidades do litoral já foram marcados por ousadas gaivotas arrancando alimentos das nossas mãos.
Nas cidades costeiras, pode parecer que essas aves são oportunistas implacáveis, que invadem as zonas urbanas para pilhar os ricos alimentos disponíveis nos piqueniques, churrascos e até lanches de rua firmemente presos.
Mas, na verdade, fomos nós que invadimos o habitat das gaivotas. Acredita-se que a redução da quantidade de peixes e a perda do seu habitat natural fizeram com que as gaivotas urbanas procurassem alimentocasino online colombiaoutros lugares, como as cidades e os aterros sanitários.
Publicidade
"Ao longo do tempo, elas acumulam um repertório de comportamentos muito habilidosos que as permitem retirar alimentos dos cestos de lixo ou diretamente dos próprios seres humanos, declarou à BBC News Paul Graham, da Universidade de Sussex, no Reino Unido. "Acho que precisamos aprender a conviver com elas."
Por isso, na próxima vez que uma gaivota voraz roubar o seu lanche, lembre-se de que nós roubamos os peixes dela primeiro.
Javalis
Embora sejam animais reclusos por natureza, os atrativos da vida suburbana estão trazendo os porcos-selvagens para as cidades.
Dos morros de Hong Kong até as praias mediterrâneas de Marbella, na Espanha - onde, certa vez, javalis se enterraram entre o solo e as folhas -, os porcos-selvagens podem agora ser observados inspecionando o lixo.
Em Berlim, na Alemanha, eles dormemcasino online colombiapiscinas infantis. Na Espanha, dois javalis arrancaram a bolsa da pop star colombiana Shakira. E, onde quer que eles apareçam, logo surgem conflitos com as autoridades locais ou equipes de abate.
Publicidade
Nos Estados Unidos, os javalis são considerados pragas invasoras, já que não são nativos da região. Sua população é avaliadacasino online colombiacerca de seis milhões de indivíduos e estácasino online colombiacrescimento, com grandes númeroscasino online colombiapelo menos 35 Estados.
O resultado é um prejuízo anual estimado de US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 12,8 bilhões)casino online colombiaprodutos agrícolas nos Estados Unidos, como milho e amendoim.
Mas, apenas porque os animais são invasivos, isso não significa necessariamente que eles só causem impactos ruins.
Na verdade, pesquisas recentes estão investigando como seus narizes compridos e os cascos das suas patas podem trazer benefícios para os ecossistemas locais, controlando o avanço das plantas dominantes e talvez imitando os efeitos da antiga megafauna do planeta.
Hienas
As hienas são infames vilões do mundo animal. Mas elas não são tão ruins assim.
Publicidade
Esses mamíferos fornecem benefícios significativos para a saúde e a economia das cidades africanas onde vivem, segundo um estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos,casino online colombia2021.
Coletivamente, as hienas removem 207 toneladas de carcaças de animais todos os anoscasino online colombiaMekelle, no norte da Etiópia.
Com isso, elas evitam cerca de cinco infecções por antraz e tuberculose bovina entre os moradores humanos e 140 infecçõescasino online colombiavacas, ovelhas e cabras, todos os anos.
Na cidade de Harar, no leste da Etiópia, esses animais chegam a se aventurar à noite dentro das muralhas da cidade.
Lá, as hienas se alimentam de restos e vísceras de animais deixados pelos açougueiros da cidade.
Pequenas aberturas nas muralhas de Harar, construídas no século 13, permitem que os animais passem livremente - são os chamados portões das hienas.
Comunidades próximas às cidades etíopes valorizam as hienas porque "compreendem os serviços sanitários que elas oferecem", declarou à BBC o biólogo Chinmay Sonawane, da Universidade de Stanford, na Califórnia (Estados Unidos).
Publicidade
Elefantes
Existem animais que podem ser frequentemente observados conferindo o mau cheiro de pilhas de lixo nos arredores da cidade de Kotdwar, no distrito de Uttarakhand (norte da Índia).
Eles examinam o lixo com o nariz, parando de vezcasino online colombiaquando para engolir algum bocado saboroso que encontraram.
Mas estas criaturas não são ratos, nem cães selvagens se banqueteando entre os resíduos descartados pelas habitações humanas. Na verdade, trata-se de um dos maiores animais terrestres do planeta: o elefante-asiático.
Kotdwar passa por rápido crescimento ecasino online colombiapopulação estimada é de 45 mil pessoas. Ela fica às margens dos habitats florestais onde os elefantes são normalmente encontrados.
À medida que a população urbana se aproximou da floresta, ela trouxe consigo novas e surpreendentes fontes de alimentos para os elefantes.
Um estudo das fezes de elefantes encontradas nas florestas de Uttarakhand e regiões próximas encontrou sinais evidentes de que os animais buscam alimento entre os resíduos descartados pelo ser humano. Aparentemente, os elefantes que vivem perto de Kotdwar foram particularmente atraídos por essa vida mergulhada no lixo.
Publicidade
Mas, infelizmente, todas as amostras das suas fezes encontradas perto de Kotdwar continham embalagens plásticas, sacos, recipientes de alimentos e até talheres descartáveis que eles haviam comido enquanto procuravam por restos de comida, segundo os pesquisadores da Universidade Jawaharlal Nehru, na capital indiana, Nova Déli.
Estes hábitos também foram observados entre os elefantes-asiáticos no Sri Lanka. Lá, os aterros sanitários fornecem uma fonte de alimento acessível para os animais.
Um estudo dos elefantes que se alimentam do lixo de um aterro no sul do Sri Lanka concluiu que os animais estavamcasino online colombia"melhores condições corporais" do que os que não se alimentavam do lixo humano. Mas também existem relatos de mortes de elefantes depois de comerem grandes quantidades de lixo plástico nos aterros.
Existe também o temor de que o risco de encontros perigosos entre as duas espécies aumente, à medida que as populações urbanas crescemcasino online colombiaregiões normalmente ocupadas por elefantes selvagens. E os conflitos entre seres humanos e elefantes costumam trazer consequências fatais para ambos os lados.
Publicidade
Abutres
Desde os tempos antigos, os abutres são considerados símbolos de azar e prenúncios da morte.
Mas essas aves necrófagas, que se alimentam exclusivamente da carcaça de animais mortos, desempenham papel fundamental na prevenção da difusão de patógenos para os seres humanos e animais selvagens, além de evitarem que os contaminantes se espalhem para o meio ambiente.
Os abutres estão desaparecendocasino online colombiavelocidade alarmante no sul da Ásia e na África. O envenenamento generalizado pelo analgésico veterinário diclofenaco nos anos 1990 e 2000 levou a uma redução de 99% da população das três espécies de abutres mais comuns da Índia. Esta mortandade só foi interrompida com a proibição do uso do medicamento.
Mas, na África, muitos abutres são mortos devido a crenças religiosas. Suas cabeças são vendidas como amuletos de boa sorte ou moídas e usadascasino online colombiaremédios tradicionais.
Ursos
Nos Estados Unidos, é mais fácil ser morto por uma abelha do que por um urso. Mas os incidentes com ursos invadindo áreas habitadas por seres humanos são cada vez mais comuns.
Publicidade
Mas os ursos são os invasores ou será o contrário?
O urso-pardo costumava habitar a maior parte do oeste dos Estados Unidos. Já o urso-negro era comum nas áreas florestais de todo o país.
Mas, atualmente, 2 mil ursos-pardos ocupam apenas 6% do seu habitat histórico, enquanto 300 mil ursos-negros vivemcasino online colombia50% da região que eles ocupavam anteriormente.
Os ursos são criaturas curiosas e muito inteligentes. Seu poderoso olfato e apetite voraz os levam a viajar por grandes distânciascasino online colombiabusca de alimento.
A maioria dos conflitos com ursos acontece quando o alimento de origem humana - como lixo, ração de cachorro ou árvores frutíferas - está disponível facilmente. Imagens de ursos invadindo residências para roubar comida já foram capturadas por câmeras de vigilância.
Publicidade
Um dos animais pesava 226 kg e ganhou o apelido de "Hank, o Tanque".
A caça ao urso ainda é permitidacasino online colombiaalguns Estados americanos, mas as agências governamentais responsáveis pela vida selvagem estão educando o público a coexistir pacificamente com esses animais.
Íbis
Com seu enorme corpo branco, longas patas e grosso pescoço, o íbis-branco-australiano, às vezes, é descrito como gracioso e elegante - pelo menos, no seu habitat natural nos pântanos. Mas, nas cidades australianas, seu comportamento é diferente.
A "galinha do lixo" ou "peru de patas compridas" - como a ave costuma ser chamada, de forma não muito afetuosa - pode ser frequentemente encontrada perambulando pelas estações de tratamento de esgoto ou ciscando no lixo.
As comunidades urbanas dessas aves costumam ser consideradas mais como pragas do que como tesouros nacionais. Mas pesquisas indicam que elas podem oferecer um reservatório vital de diversidade genética, que pode ajudar a reabastecer populações selvagenscasino online colombiaoutros lugares.
Publicidade
Vespas
As vespas são conhecidas como os eternos estraga-prazeres dos piqueniques. Elas chegam voando para devorar sanduíches de geleia, saladas de frutas e outras guloseimas.
Mas o seu gosto pelos doces talvez seja superestimado. Em ambientes selvagens, elas se alimentam de carniça com o mesmo prazer com que consomem frutas maduras demais.
Há relativamente pouco tempo, a vespa-europeia chegou a algumas regiões que ela não ocupava, como a Austrália e a Nova Zelândia. E os cientistas conseguiram observar seu profundo impacto sobre outras espécies necrófagas.
Um estudo realizado na Austráliacasino online colombia2020 demonstrou que as vespas chegam rapidamente às carcaças frescas para se alimentar e atacam suas concorrentes, as moscas-varejeiras.
Publicidade
Os ataques das vespas são tão agressivos que as moscas não conseguem depositar ovos. E espécies necrófagas vertebradas maiores também sofrem ataques, como os dingos.
Existem ainda evidências de que as vespas estão se adaptando à vida na cidadecasino online colombianível genético, à medida que as mudanças climáticas causam aumento das temperaturas.
Um estudo recente concluiu que as áreas urbanas mais quentes e com menos vegetação costumam abrigar vespas menores. Esse fato pode fornecer uma vantagem evolutiva, pois seus corpos mais leves consomem menos energia para permanecer voando.
* Com colaboração de Zaria Gorvett, Isabelle Gerretsen, Richard Gray, Lucy Sherriff, Stephen Dowling, India Bourke e Martha Henriques.
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Earth.
Publicidade
BBC News Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC News Brasil.