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As tradicionais queimas de fogos das festas de final de ano são desconfortáveis para algumas crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), principalmente para aquelas que processam os estímulos do ambiente de maneira diferente -betesporte aviatorintensidade maior.
Alguns pequenos com esse padrão de sensibilidade podem descompensar o incômodo no comportamento, ficando mais agitados, com medo ou até agressivos durante a ocasião. "É possível que apresentem crises de choro intensas, se recusem a ser tocados e evitem a aproximação de certas pessoas", explica Alessandra Peres, coordenadora de Terapia Ocupacional da clínica multidisciplinar Genial Care.
Nem todas as pessoas com TEA terão a sensibilidade aumentada ao som. É uma manifestação comum, mas não uma regra dentro do espectro. " Estima-se que 80% das crianças com autismo apresentem hipo ou hiper reatividade a estímulos sensoriais. E isso pode acometer qualquer um dos sentidos", diz Luciane Baratelli, neuropediatra e autora do livro Antes que Você Cresça.
Normalmente, pessoas com autismo que apresentam hipersensibilidade sensorial manifestam comportamentos como evitar alguns tipos de roupa, reatividade, realizar movimentos para se regular e ter dificuldadebetesporte aviatorestarbetesporte aviatorambientes novos, acrescenta Alessandra.
Os sintomas de hiper-resposta se estendem desde o tato, o olfato, o paladar, a audição, a visão até o equilíbrio e a propriocepção do pequeno - a capacidade de posicionar o corpo no espaço. "Qualquer um desses sentidos é propenso a apresentar uma sensibilidade maior ou menor que o usual", completa Luciane.
Por exemplo: se pensarmosbetesporte aviatorum barulho que nos dá agonia (como o de uma pessoa arranhando uma lousa com a unha), sentimos uma aflição enorme, certo? Nas crianças hipersensíveis, desconfortos semelhantes podem ser gerados por estímulos toleráveis para a populaçãobetesporte aviatorgeral.
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Uma terapia de integração sensorial é uma grande aliada para trabalhar os sintomas de hiper-resposta a longo prazo nas crianças com autismo, ressalta Mariana Asseituno, coordenadora de Terapia Ocupacional da Genial Care. No entanto, estratégias preventivas e antecipatórias também podem ser empregadas para tornar os momentosbetesporte aviatorfamília mais confortáveis para o pequeno com TEA.
Com a ajuda das especialistas, reunimos algumas dicas para amenizar os desconfortos que a queima de fogos gera para a criança com TEA.
1. Analise o ambiente e a resposta da criança
Em primeiro lugar, quando falamos sobre hipersensibilidade sensorial, é importante entender que cada indivíduo tem experiências singulares, e os pais precisam reconhecer como o filho responde ao ambiente.
" O adulto deve estar atento aos sinais de desconforto da criança e como ela age no mundo para se organizar. Preste atenção se ela está se afastando de um ambiente ou de uma pessoa, bloqueando uma informação ao tampar os ouvidos ou buscando outras sensações, como produzir sons para reduzir o som externo", recomenda Alessandra.
Também é essencial perceber os limites do pequeno durante as festas de final de ano. Luciane explica que, crianças mais novas, por exemplo, podem não tolerar bem a privação de sono, ficando irritadas: "Nesse caso, é melhor tentar manter a rotina e comemorar a virada apenas entre os adultos". Mesmo os filhos mais velhos podem não aguentar permanecer na festa até o final, e os pais devem dar a tenção aos sinais de que o ambiente está difícil para eles.
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2. Converse e prepare a criança para a noite de fogos
Crianças dentro do espectro do autismo tendem a ter dificuldade com a quebra de rotina. Por isso, o ideal é conversar e explicar antes da noite da virada o que irá ocorrer. "Podemos contar com detalhes tudo que acontecerá no dia através de fotos, histórias e vídeos, preparando abetesporte aviatorcriança para o momento", completa Mariana.
3. Tente amenizar o som
Se os pais já sabem que os sons têm grande chance de trazer desconforto ao filho, a primeira medida é tentar amenizá-los. " Busque um local que seja menos barulhento para passar a virada", orienta Luciane.
Mariana acrescenta que protetores e abafadores de ouvido também podem ser usados como estratégia para diminuir a entrada de estímulos aversivos.
4. Acolha a criança
É fundamental que o adulto passe segurança à criança com autismo. "Se mantenha calmo, mesmo que ela se agite. Fique próximo, dê um abraço ou pegue no colo, caso ela aceite", ressalta Luciane.
5. Deixe a criança repousar após os fogos
Prepare uma sala do silêncio para ser utilizada depois da queima de fogos. "É importante ter um local que permita que a criança fique tranquila após os barulhos", afirma Luciane. Assim, ela poderá ter um tempo para se reorganizar.